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09/07/2020 - 07:36

“É a nossa missão”, conta gerente de enfermagem


Sobre estar na linha de frente contra Covid-19. Apesar de grandes desafios, especialista afirma que a pandemia trouxe novos olhares sobre a Enfermagem.

— Estamos aqui por você. Fique em casa por nós— . Este é um dos slogans mais compartilhados entre profissionais diferentes da saúde, que têm trabalhado em conjunto para conter a pandemia do novo coronavírus. Na linha de frente contra a pandemia, os esforços constantes de equipes de enfermagem tem sido destaque, reafirmando o cuidado humanizado como um dos principais pilares da área.

Noângela Nascimento, gerente de enfermagem do Hospital São Lucas Copacabana, foi infectada no final de março e precisou ficar alguns dias internada. Ela conta que, apesar de já ter passado por outras internações na vida, a experiência foi incomparável principalmente pela restrição de acompanhantes e visitantes, que eleva a vulnerabilidade. “Dependemos totalmente do cuidado da equipa multidisciplinar do hospital”, comenta.

Conduzir os profissionais que estão trabalhando ativamente para cuidar dos pacientes infectados não é uma tarefa nada fácil. No entanto, gerenciar essas equipes pode ser ainda mais desafiador, segundo Noângela. —É uma doença ainda pouco conhecida, então não sabemos o desfecho formal. As incertezas aumentam o desafio. É preciso exercer uma liderança muito presente e próxima da equipe assistencial a beira-leito. O contato mais direto, além de facilitar comunicações e alinhamentos, desenvolve a confiança do time — explica.

— Outro ponto extremamente desafiador é a gestão emocional da equipe. Por causa do cenário atípico, as pessoas sentem medo. Somos seres humanos, logo, a vulnerabilidade se aflora. Então cabe à liderança ter esse equilíbrio necessário para dar o suporte psicológico e emocional aos colaboradores. E, claro, este apoio ocorre de forma estruturada, com base na atuação do time de psicólogos e gestão de recursos humanos—.

Apesar dos obstáculos e das incertezas, Noângela afirma que os últimos meses têm sido uma experiência marcante e motivadora no âmbito profissional. — Me impulsiona pensar na missão da nossa profissão. Nos formamos exatamente para fazermos a diferença na vida do ser humano. Especialmente neste momento em que o paciente não tem acesso à própria família durante a internação, fica evidente a nossa importância. Todos os dias cuidamos, prestamos assistência e, muitas vezes, somos o único apoio pessoal para aquele paciente. Esse papel agrega muito valor. É nobre —.

Noângela também ressalta o protagonismo técnico do corpo de enfermagem. — Neste fatídico ano bicentenário de Florence Nightingale — precursora da área –e movimento pró-enfermagem Nursing Now, evidencio a oportunidade de mostrar que enfermagem não é só a arte do cuidar, mas também é ciência, técnica, garra, representatividade e resiliência. Espero que possamos tirar boas lições e bons proveitos deste ano marcante —.

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