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13/05/2008 - 15:09

Gerentes no Brasil ganham 7,3 vezes mais que auxiliares administrativos, aponta Hay Group

Nove países da América Latina estão entre os 21 primeiros colocados do ranking com as maiores variações na remuneração.

São Paulo – A diferença entre o salário de gerentes e auxiliares administrativos no Brasil aumentou em 4,2% de 2006 para 2007. É o que aponta o relatório global Pay Gaps, realizado pelo Hay Group a partir de dados de mais de 12 milhões de colaboradores de empresas de 61 países, no qual foi analisada a variação média dos salários de diferentes cargos de cada uma delas.

O resultado mostra que nove dos 12 países latino-americanos estudados estão entre as 21 primeiras nações com maior gap - o primeiro lugar corresponde aos países com maiores diferenças entre os salários dos cargos de gerentes para os auxiliares. A Guatemala, por exemplo, tem a maior porcentagem de mudança, aumentando o “abismo” na remuneração em 21,4%.

A Argentina é uma exceção no grupo, já que manteve-se na 28ª posição, com diminuição de 0,5% na variação, mantendo-se estável no nível de pagamento entre os níveis gerenciais e administrativos devido a recuperação de sua economia. “Se o cenário continuar positivo, essa diferença tende a diminuir mais ainda”, ressalta Francisco Peró, consultor sênior do Hay Group na Argentina.

O Brasil ocupa a 17ª posição do ranking, subindo uma posição em relação a 2006. Os gerentes brasileiros recebem, em média, 7.3 vezes mais que os auxiliares administrativos. Segundo Peró, esse aumento na remuneração dos gerentes se deve aos excelentes resultados da economia, fazendo com que as companhias nacionais se preocupem mais com a retenção de seus talentos. “Quando o mercado se torna mais estável, é possível notar o desenvolvimento dos talentos locais, o que facilita esse aumento no gap entre salários.”

BRICs - Segundo a pesquisa, a diferença entre gerentes e auxiliares administrativos é mais visível em países emergentes, nos quais a grande demanda por talentos está inflacionando o salário sênior em comparação com cargos mais baixos. Essa tendência é claramente visível nos BRICs, tendo a China no topo da lista com uma diferença de 11,8%, seguida pela Rússia, na 10ª posição, e Índia, na 14ª.

De acordo com Peró, os resultados refletem o crescimento globalizado do mercado de talentos seniores, que passou a exigir, mesmo das empresas locais, um salário “internacional” para atrair os gerentes top. “Os auxiliares administrativos, no entanto, não precisam ser remunerados de acordo com patamares globais e tendem a receber salários mais na linha dos custos de vida”, conclui.

Ranking dos países com maior gap de salários:

Posição | País | 2007

1 | China | 11,8

2 | Tailândia | 10,7

3 | Vietnã | 9,8

4 | Romênia | 9,8

5 | El Salvador | 9,6

6 | Guatemala | 9,4

7 | Republica Dominicana | 9,1

8 | Indonésia | 9,1

9 | Polônia | 9,1

10 | Rússia | 8,7

11 | Costa Rica | 8,6

12 | Peru | 8.0

13 | Egito | 7,9

14 | Índia | 7,7

15 | Chile | 7,3

16 | Venezuela | 7,3

17 | Brasil | 7,3

21 | México | 6,4

28 | Argentina | 5,6

43 | Estados Unidos | 3,7

61 | Noruega | 2,3

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