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23/07/2020 - 08:51

SBC Certificações é o mais novo membro da associação do RTRS


Matheus Modolo Witzler, gerente de certificações do SBC

O protocolo da soja responsável. A Round Table on Responsible Soy (RTRS) garante que a soja, na forma de matéria-prima ou subproduto, seja originária de um processo ambientalmente correto, socialmente adequado e economicamente viável.

O Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), empresa brasileira com quase vinte anos de atuação em auditoria de protocolos que trazem mais segurança e comprometimento do setor produtivo com o consumidor, é o mais novo membro da associação responsável pelo protocolo Round Table on Responsible Soy (RTRS), que garante o plantio da soja dentro de um processo ambientalmente correto, socialmente adequado e economicamente viável.

A organização civil responsável pelo padrão RTRS tem sede na Suíça, congrega mais de duzentos integrantes da cadeia de valor do grão no mundo e usa a ferramenta para que os produtores rurais cumpram os requisitos legais e as boas práticas empresariais, apresentando condições de trabalho e relações comunitárias responsáveis, preservando o meio ambiente e realizando práticas agrícolas adequadas. Foram 4,5 milhões de toneladas certificadas em 2019, em uma área de 1,2 milhão de hectares. — A associação é pioneira na introdução de novas maneiras para melhorar a qualidade e o alcance de seu padrão de certificação de soja, garantindo que tenha impactos sociais tangíveis e impactos ambientais mínimos — explica Cid Sanches, Consultor Externo da RTRS no Brasil.

E o papel do Brasil nessa empreitada é absolutamente imprescindível. O País assumiu a liderança mundial na produção de soja nesta última safra, com mais de 120 milhões de toneladas, ultrapassando os Estados Unidos. E, no primeiro semestre deste ano, já exportou 63,8 milhões de toneladas do grão, crescimento de 43,69% sobre o mesmo período do ano passado. Por isso, o Brasil também é o maior produtor de soja RTRS no mundo, com mais de 85% do volume. São 230 agricultores certificados, um milhão de hectares de área cultivada, o equivalente a 3,3% da produção nacional, quase quatro milhões de toneladas. O estado de Mato Grosso tem o maior volume, com 1,7 milhão de toneladas.

— O foco do SBC é oferecer certificações a todos os setores agropecuários e, também, a todos os setores da cadeia produtiva complementar à carteira de grãos. Como já fazemos com o Globalg.A.P., o RTRS tem mercado no Brasil e os principais produtores do grão são também pecuaristas e clientes da nossa empresa, já que somos líderes na certificação SISBOV no País. Caso de Mato Grosso, estado que mais produz soja e carne bovina no Brasil, onde temos inúmeros parceiros. Assim, ser membro do RTRS é uma excelente oportunidade para iniciar a diversificação dos protocolos que podemos oferecer aos empresários rurais. É uma norma que possui boas métricas, gera créditos e possibilita ao produtor agregar valor por saca de soja — explica Matheus Modolo Witzler, gerente de certificações do SBC.

O executivo faz questão de reforçar que o RTRS é um dos únicos protocolos do mundo que consegue agregar valor ao produto cultivado dentro da norma, comercializar os créditos internacionalmente, fomentar a sustentabilidade e conseguir o apoio de trades e fornecedores. — Eles são muito ousados, comunicam bem, vendem RTRS nos grandes mercados, incluindo os mais exigentes, conseguem gerar créditos e remuneram o elo mais significativo, que é o agricultor. Um investimento que promove a cadeia, um subsídio mesmo, em nome da sustentabilidade. E qualquer produtor pode entrar no jogo. Basta entrar na plataforma do protocolo, ser certificado e comercializar os créditos — acrescenta Matheus Witzler.

A certificação RTRS tem validade de cinco anos. E, também, garante a crescente produtividade nas fazendas certificadas. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção média nacional é de 56 sacas por hectare. Nas fazendas com o protocolo, o número chega a 63 sacas por hectare, o que representa um aumento de 11,5%. Isto significa que pelo menos 120 mil hectares de área não precisaram ser convertidos para a produção agrícola. A RTRS também possui o compromisso de apoiar a preservação ambiental. Para cada hectare de área produtiva, 0,59 hectares são de áreas nativas preservadas. O que significa mais de 600 milhões de árvores preservadas e 64 milhões de toneladas de carbono estocado. Portanto, quando uma empresa compra uma tonelada de soja RTRS, isso inclui 157 árvores preservadas ou 16 toneladas de carbono armazenadas. Além dos benefícios em produção e preservação do meio ambiente, a certificação também fomenta resultados positivos no âmbito social. No último ano, foram mais de dez mil empregos diretos e mais de 25 mil indiretos oferecidos nas fazendas certificadas pela RTRS.

Agora, o SBC aguarda a finalização dos procedimentos e documentos para concluir a solicitação de acreditação e para oferecer a certificação RTRS aos produtores de soja do Brasil inteiro. — Os processos de acreditação de novos protocolos estão um pouco mais lentos devido às dificuldades causadas pela Covid-19. Mas estamos muito otimistas. É um protocolo em que acreditamos muito, tecnicamente e comercialmente, para ajudar o produtor brasileiro. Está exatamente na área em que o SBC atua. É o que falta para atender o agropecuarista na sua produção. Hoje, nosso auditor praticamente passa pelos campos de soja do fazendeiro até chegar ao curral onde ele cuida da produção de bovinos. Faz todo sentido para o nosso negócio — finaliza Matheus Witzler.

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