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28/07/2020 - 07:48

Indústria brasileira do aço espera recuperação no 2S20, diz IABr


Setor propõe medidas para a retomada sustentada da indústria e manutenção de empregos.

A produção brasileira de aço bruto caiu 17,9% no primeiro semestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019, enquanto as vendas internas sofreram queda de 10,5% de janeiro a junho, mesmo percentual de decréscimo do consumo aparente (-10,5%). As exportações diminuíram 8,1% e as importações, 17,0%. O desempenho negativo do setor no primeiro semestre deveu-se aos impactos provocados pela pandemia de Covid -19 no Brasil e no mundo, disse  o presidente executivo do Instituto Aço Brasil(IABr), Marco Polo de Mello Lopes, em coletiva de imprensa virtual no dia 27 de julho (segunda-feira).

No entanto, os números de junho em relação a maio já foram melhores, refletindo o começo da trajetória de recuperação. As vendas internas de aço em junho apresentaram aumento de 29,6% em comparação com o mês anterior, enquanto o consumo aparente subiu 29,4% e as exportações aumentaram 14,5%. A produção de aço em junho, no entanto, caiu 5,0% em relação ao mês imediatamente anterior. Do total de 32 altos fornos existente no Brasil, dez continuam paralisados.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de julho ultrapassou o patamar de 50 pontos, linha divisória entre a confiança e a falta de confiança. A volta da confiança do setor em julho se deveu, preponderantemente, aos indícios de recuperação no segundo semestre. O ICIA cresceu 15,9 pontos na comparação com o mês anterior e atingiu 62,8 pontos. Com esse resultado, o ICIA se aproxima do patamar pré-pandemia do Covid-19 (70,2 pontos em fevereiro).

Retomada — Operando, atualmente, com apenas 48,5% da sua capacidade instalada, o setor tem expectativa de que a retomada do mercado interno ocorrerá de forma gradativa. O Instituto Aço Brasil considera que a exportação é a alternativa de curto prazo para reduzir a ociosidade das empresas do setor. O maior incremento das exportações depende, no entanto, da recomposição do Reintegra, mecanismo pelo qual é feito o ressarcimento às empresas dos tributos presentes nas exportações que prejudicam a competitividade dos produtos brasileiros. — O restabelecimento da alíquota do Reintegra no patamar de 3% possibilitará que a indústria de transformação recupere os níveis de produção anteriores ao início da pandemia e possa aumentar a oferta de empregos qualificados no país. Trata-se de medida de caráter transitório até que ocorra o fim da cumulatividade de impostos, preconizada na reforma tributária, ora em discussão no Congresso Nacional — disse o presidente executivo.

No mercado doméstico, a expectativa do setor é que os projetos de infraestrutura e a construção civil sejam os principais drivers de consumo de produtos siderúrgicos, com uma retomada mais lenta dos demais segmentos consumidores, como o automotivo.

No panorama mundial, o grave abalo na economia dos países, ocasionado pela pandemia, fez com que seus governantes adotassem medidas ainda mais restritivas de defesa comercial para proteção de sua indústria e dos empregos. O Covid -19 expôs também a grande dependência que a maior parte dos países tem de insumos e produtos fabricados, principalmente, na China. — Esta situação de vulnerabilidade gera reflexão sobre a necessidade de fortalecer as cadeias produtivas nacionais, para redução da dependência de outros países, valorizando a pesquisa e a inovação tecnológica e priorizando a geração de empregos no País — conclui Lopes.

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