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07/08/2020 - 07:53

Enauta registra lucro líquido de R$ 127,8 milhões no 2T20


Alta de 526% ante o mesmo período em 2019.

Enauta Participações S.A. (B3: ENAT3), antiga QGEP Participações S/A, anunciou no dia 06 de agosto (quinta-feira), seus resultados do segundo trimestre de 2020. Onde os dados reportam um lucro líquido consolidado de R$ 127,8 milhões no segundo trimestre de 2020.

A Enauta (ex-Queiroz Galvão Exploração e Produção), teve destaques emn seu relatório, apresentando uma sólida posição de caixa de R$1,6 bilhão, pós-pagamento de dividendos de R$300 milhões ao final de abril, sem compromissos relevantes de CAPEX no curto prazo. Negociação em andamento com a Petrobras, já tendo recebido montantes relativos aos meses de abril e maio e faturado o mês de junho com base na proposta do acordo. Produção total de 1,44 milhão de boe no segundo trimestre de 2020, equivalente à produção média diária de 15,8 mil boe.

No segundo trimestre de 2020, as cargas do Campo de Atlanta foram vendidas com desconto de US$5 a US$8 por barril. Consórcio está em processo de aprovação da perfuração do quarto poço, que havia sido suspensa, em linha com a demanda que segue mundialmente ascendente. Os resultados da companhia no segundo trimestre de 2020 foram positivamente impactados por fatores não recorrentes, tais como R$121,0 milhões referentes à incorporação de 20% de participação na Atlanta Field B.V.. R$62,0 milhões de crédito fiscal referentes à decisão favorável para exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins a partir de 2011; e R$45,8 milhões de receita proveniente de exercício de hedge. Considerando hedge, a expectativa de breakeven para geração de caixa operacional de Atlanta no terceiro trimestre de 2020 reduzirá de US$31,5/bbl para US$6,8/bbl. No quarto trimestre de 2020, os efeitos das operações de hedge reduzem a expectativa de breakeven para geração de caixa operacional de US$26,9/bbl para US$16,0/bbl. Perfuração do primeiro poço na Bacia de Sergipe-Alagoas previsto para meados de 2021.

A administração comentou os resultados da companhia: — Encerramos o primeiro semestre de 2020 ainda em meio à pandemia de Covid-19, mas já ajustados a essa nova rotina do trabalho em casa e dos encontros virtuais. Registramos alto nível de resposta de todos os colaboradores, tendo sido capazes de migrar nossas operações, controles e decisões de forma ágil e eficiente, seguindo as ações determinadas pelo Plano de Contingência para salvaguardar a saúde e segurança dos profissionais e a manutenção segura das operações.

Encerramos o semestre com caixa de R$1,6 bilhão após o pagamento de R$300 milhões em dividendos totais realizado no final de abril. Também anunciamos recentemente uma redução da ordem de 40% em nosso plano de investimentos, dos US$181 milhões anteriormente orçados para US$110 milhões, sendo US$35 milhões para 2020 e US$75 milhões para 2021, com margem de variação de 20% negativa ou positiva. Vale destacar que, mesmo com essa redução, o cronograma para a perfuração do primeiro poço na Bacia de Sergipe-Alagoas em 2021 está mantido.

Ao longo do trimestre, seguimos com as tratativas para equacionar a retomada dos fundamentos do contrato da venda de gás do Campo de Manati com a Petrobras, após recebermos em março a notificação de força maior que ocasionou a suspensão de pagamentos mínimos estipulados na cláusula de take-or-pay. Estamos negociando um acordo com a Petrobras, já tendo recebido montantes relativos aos meses de abril e maio e faturado o mês de junho com base na proposta do acordo. A cotação do Brent seguiu volátil nesse segundo trimestre, mas apresentou recuperação em relação às mínimas registradas no ano, encerrando o mês de junho cotado a US$41 por barril — desempenho alinhado à nossa expectativa. Nos últimos meses, compramos mais opções de venda, protegendo assim uma parcela maior de nossa produção. Adquirimos opções de venda de Brent a uma média de US$56,7 por barril, correspondente a 48% da produção esperada para a Companhia no terceiro e no quarto trimestres de 2020. Vale destacar que manter a disciplina é essencial para a manutenção de uma política de hedge eficaz.

O monitoramento do preço do óleo, assim como a evolução da pandemia, são os fatores preponderantes para o Consórcio definir os próximos passos para o desenvolvimento do Sistema Definitivo do Campo de Atlanta, cuja tomada de preços de afretamento do FPSO foi adiada para o segundo semestre de 2020.

Com a retomada da produção após a parada programada para manutenção no Campo de Atlanta, em março, voltamos aos níveis de produção normal, na média de 28 mil barris de óleo por dia. No mês de junho, quando o volume de água atingiu um patamar que passou a requerer que fosse separada do óleo e tratada para descarte, iniciamos o comissionamento desta parte das instalações no FPSO. Durante esse processo, detectamos um problema que nos levou a reduzir a produção. Esse fato é momentâneo e deverá estar solucionado até o final de agosto, mas impactou a produção dos meses de junho, julho e parte de agosto, o que nos levou a rever a nossa projeção de produção média anual para 23 mil barris de óleo por dia.

O Consórcio está discutindo a aprovação da perfuração do quarto poço, que havia sido suspensa, já que a demanda pelo óleo de Atlanta segue mundialmente em linha ascendente. Em função do adiamento da perfuração deste poço, a produção média do Campo de Atlanta para 2021 está estimada em 18 mil barris de óleo por dia. No trimestre, comercializamos carregamentos principalmente para Singapura, com desconto médio para o Brent inferior a US$8 por barril — incluindo custos logísticos –, o que atesta a qualidade do nosso óleo com baixíssimo teor de enxofre.

Do ponto de vista de desempenho financeiro, a receita líquida no trimestre totalizou R$244 milhões, com Ebitdax de R$310 milhões, e lucro líquido de R$128 milhões, em função da combinação da redução dos custos operacionais, da ordem de 11%, que compensou em parte a redução do preço do óleo e, principalmente, dos efeitos não recorrentes da incorporação de 20% de participação na Atlanta Field B.V. e de crédito fiscal referente à decisão favorável para exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins a partir de 2011.

A Enauta segue focada em sua estratégia de longo prazo, na busca de ativos que estejam em fase inicial de produção e localizados no Brasil. Entendemos que a sociedade de baixo carbono, demanda cada vez maior, passa pelo gás, e o nosso portfólio atual tem potencial de fornecer uma quantidade significativa de gás no longo prazo — concluiu.

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