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13/08/2020 - 07:31

Alacero faz apelo urgente à defesa do mercado siderúrgico latino-americano

Setor se associa para alertar sobre os riscos do crescimento do comércio desleal e a importância do fortalecimento da produção local.

Em meio ao crescente comércio injusto que afeta os países latino-americanos, a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero) apela aos governos para que tomem as medidas apropriadas para garantir que as indústrias regionais tenham a oportunidade de competir em igualdade de condições. Nesse sentido, o México iniciará um exame sobre as importações de determinados produtos de line pipe dos Estados Unidos que pagam um direito antidumping de 25,43%, enquanto todas as importações da Europa pagam um imposto de 6,7% . Além disso, o Chile decidiu iniciar uma investigação por possível dumping nos preços de importação de bolas de aço forjadas para moagem em resposta à indústria local, e uma apresentação está sendo preparada para as barras de aço da mesma cadeia produtiva.

— Diante da ameaça de importações desleais, principalmente da China, para o bom funcionamento da indústria na América Latina, nunca foi tão necessário unir as lideranças na busca de condições competitivas mais igualitárias na região para uma indústria tão essencial como o do aço e que gera empregos de qualidade — disse Francisco Leal, CEO da Alacero.

No entanto, a busca por um comércio mais igualitário não se limita à indústria latino-americana. Os Estados Unidos anunciaram novas investigações antidumping e compensatórias para determinar se os cilindros de aço não recarregáveis ??da China estão sendo vendidos no mercado interno por um preço inferior ao justo. O Canadá também anunciou que tomou as decisões finais com relação à revisão da expiração dos direitos antidumping e compensatórios sobre as importações de revestimentos de poços e tubos de produção da China. A Austrália também lançou a primeira investigação de revisão anti-dumping de encerramento de barras de aço importadas da China. O governo da Índia já impôs direitos antidumping sobre certas variedades de aço originárias da China, que aumentaram em termos absolutos em 2016-17. Na Europa, a indústria siderúrgica solicitou à Comissão Europeia uma redução drástica nos níveis atuais de cotas de salvaguarda em meio ao impacto da pandemia. Ele diz que a indústria siderúrgica europeia já havia perdido cerca de 25% de sua força de trabalho e 20% dos volumes de produção entre 2009 e 2019 — como resultado do excesso de capacidade global de aço e distorções comerciais—. Na Arábia e na região, o Conselho de Cooperação do Golfo realizou audiência pública sobre a imposição de salvaguardas às importações de diversos produtos siderúrgicos: a investigação foi aberta em outubro do ano passado e inclui planos, longos, cantoneiras e pipelines. Na África do Sul, a indústria do aço recorreu à Comissão de Administração do Comércio Internacional (Itac),

Produção local: menos emissões de CO2 — A pandemia causou a maior queda na demanda por aço desde a crise financeira global, exacerbando os problemas de excesso de capacidade globais existentes. A queda na demanda agravou o problema existente de excesso de capacidade global, especialmente porque algumas regiões continuaram a aumentar a produção, especialmente a China.

— Nesse cenário, o impacto das emissões de CO2 causadas pelo excesso de logística da China ainda precisa ser considerado. De acordo com uma análise do Comitê de Política Ambiental da Alacero (COPAM), a produção de aço na América Latina resulta em uma emissão equivalente a 1,6 toneladas de CO2 por tonelada de aço bruto, inferior à média mundial de 1,85 toneladas CO2 (indicadores de sustentabilidade da Worldsteel, 2018) e menos do que 2,1 toneladas CO2 da China — conclui o Alacero.

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