Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

13/08/2020 - 07:38

CNC reduz para 6,9% projeção de queda no varejo em 2020 após novo avanço em junho

Estimativa foi feita com base nos dados da PMC, divulgada no dia 12 de agosto (quarta-feira) pelo IBGE. Auxílio emergencial do governo tem papel importante na retomada gradual do setor.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) revisou de 9,2% para 6,9% a previsão de retração no volume das vendas no varejo ampliado, em 2020. No varejo restrito — que exclui os ramos automotivo e de materiais de construção — , a projeção de queda também diminuiu, passando de 6,3% para 4,7%. As estimativas têm como base os dados positivos da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de junho, divulgada no dia 12 de agosto (quarta-feira) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A menor adesão ao isolamento social, que levou a uma maior circulação de consumidores no comércio, tem sido um dos principais fatores para a recuperação gradual do setor, a partir de maio. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, outro ponto positivo nesse processo de retomada da economia são os programas adotados pelo governo, como o auxílio emergencial. —O coronavoucher ajudou a recompor, ainda que parcialmente, a capacidade de consumo da população, comprometida pela queda de rendimentos, em decorrência do agravamento da crise no mercado de trabalho — afirma Tadros, ressaltando que — a extensão do benefício, nos moldes atuais, até dezembro também poderá acelerar o processo de recuperação das vendas—.

De acordo com a PMC, o volume de vendas no varejo avançou 8%, em relação a maio. — Com o crescimento do segmento de hiper e supermercados ao longo dos últimos meses, na média, o volume de receitas do varejo já retornou ao nível pré-pandemia — indica o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes. No conceito ampliado, houve evolução ainda maior (+12,6%). Contudo, apesar do crescimento, o volume de vendas dos dez segmentos do varejo ampliado se encontra 4,5% abaixo da média verificada no início do ano.

Embora praticamente todos os ramos de atividade tenham registrado crescimento das vendas na passagem de maio para junho, na comparação com o período anterior à Covid-19, a maioria dos segmentos ainda acumula perdas, destacando-se vestuário e calçados (-45%) e livrarias e papelarias (-43%). Por outro lado, ramos impactados pela mudança do hábito de consumo da população ou aqueles autorizados a funcionar ao longo da pandemia apresentam nível maior de faturamento, em comparação com os resultados registrados antes do surto da doença: hiper e super e minimercados (+11%), móveis e eletrodomésticos (+14%) e lojas de materiais de construção (+16%).

Prejuízos diminuem — De acordo com cálculos da CNC, entre o início da pandemia do novo coronavírus, em março, e julho, os prejuízos do comércio com a crise alcançaram R$ 286,4 bilhões. Porém, desde o pico, em abril (R$ 77,4 bilhões), o setor tem apresentado perdas menos intensas. Os prejuízos de julho, por exemplo, somam quase R$ 10 bilhões a menos do que o volume registrado em junho (R$ 45,6 bilhões contra R$ 54,6 bilhões). Segundo Fabio Bentes, um dos fatores que explicam a evolução verificada a partir de maio é a intensificação de ações de venda via e-commerce: “A quantidade de pedidos no comércio eletrônico aumentou gradativamente ao longo da pandemia, chegando a alcançar 142% de crescimento em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado”.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira