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13/08/2020 - 07:51

Governo Britânico no Brasil quer impulsionar parcerias científicas com o país


Conversas da Universidade de Oxford e o Governo Britânico no Brasil tornaram possível a vinda da fase 3 de testes da vacina contra o novo coronavírus para o país; o órgão procura expandir esta troca.

O mundo está confiante numa solução para o coronavírus por meio da vacina da universidade inglesa de Oxford. Os testes estão na fase 3, a última, que determinará se a vacina é realmente eficaz uma vez testada em uma amostragem maior de pessoas. Na última semana, as experiências preliminares foram positivas em relação à resposta imune dos voluntários.

O que muitos se perguntam é como o Reino Unido conseguiu chegar tão rápido a uma das soluções mais promissoras contra a Covid-19. A resposta é o investimento governamental em pesquisas e uma rede colaborativa entre Universidade, Governo Indústria, que possibilita o compartilhamento, quase que imediato, de dados preciosos para o desenvolvimento de soluções para a saúde, alinhando as prioridades governamentais com focos em pesquisa e desenvolvimento dos outros atores do sistema.

Detalhes sobre isso foram passados no webinar “A Estratégia Industrial do Reino Unido e o Caminho para a Inovação”, realizado no dia 22 de julho pelo Governo Britânico no Brasil. Um dos pilares desta estratégia de incentivo constante à ciência e à pesquisa em saúde é o investimento crescente do governo que pretende chegar a 4,7 bilhões de libras em quatro anos.

A Dra. Deborah Spencer, Head de Parcerias entre Universidade e Indústria da Universidade de Oxford, relatou que foi a partir do relacionamento da universidade com o Governo Britânico no Brasil que foi possível trazer a pesquisa de Oxford em parceria com o grupo anglo-sueco AstraZeneca para o Brasil.

Ela também falou sobre um fundo de R$ 600 milhões da universidade que permite que diversas empresas spin-offs, ou seja, que trabalham paralelamente ao trabalho acadêmico da universidade, se desenvolvam. — É um ecossistema muito atraente para jovens empreendedores, que saem da própria universidade — diz Deborah.

Segundo Alison Cave, Diretora do ISCF (Industrial Strategy Challenge Fund) do Reino Unido, na área de Detecção de Doenças e Dados para Diagnóstico Precoce Data e Medicina de Precisão, o investimento que o país vem fazendo na área de Ciências da Vidaao longo dos anos foi a chave para estruturar três dinâmicas que são fundamentais a esse processo: pesquisa interdisciplinar, engajamento crescente entre indústria e academia e colaboração também crescente de empresas jovens e menores com as já estabelecidas.

Outro ponto focal do ICSF é, além de acelerar a pesquisa, conseguir prover medicamentos para a população. — São 197 milhões de libras investidos para desenvolver tecnologias para a produção de remédios e acelerar o acesso a novas drogas e tratamentos. Entre estes investimentos, 66 milhões de libras para o centro de produção de vacinas, 13 milhões para o centro de produção de medicamentos e 12 milhões para o centro de terapia com células e genes — explicou.

Arly Belas, Gerente Regional de Ciências da Vida para América Latina e Caribe do Reino Unido [https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-international-trade] relata que o propósito do Governo Britânico no Brasil é justamente expandir parcerias na área de pesquisa e desenvolvimento farmacêutico, como a que envolve o estudo para a vacina contra o Sars-CoV-2.

— No Brasil trabalhamos promovendo colaborações institucionais e comerciais entre empresas e instituições brasileiras e britânicas nos segmentos de diagnóstico, farmacêutica, biotecnologia, equipamentos médicos, saúde digital, gestão em saúde, entre muitos outros temas. No atual cenário, nosso grande objetivo é maximizar estas parcerias — pontua Arly.

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