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14/08/2020 - 07:46

Quist Investimentos aponta os 10 setores mais suscetíveis à recuperação judicial

Nos próximos meses.

As empresas do setor automotivo, que inclui fabricantes de peças e componentes, são as mais suscetíveis a enfrentar processos de recuperação judicial e falências por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia, segundo levantamento feito pela Quist Investimentos, especializada em reestruturação de dívidas e assessoramento de reorganização de empresas em dificuldades.

O setor foi o que registrou maior queda de faturamento em abril (88,5%) em universo de dez setores analisados pela Quist, com base em dados do IBGE e indicadores de entidades ligadas à indústria e ao setor de serviços. — A queda foi muito grande e o setor conta com um conjunto grande de médias empresas que vão ter dificuldade para fazer frente a seus compromissos até a indústria retome o ritmo — diz Douglas Duek, CEO da Quist, que já atuou na recuperação de mais de R$ 150 empresas com dívidas de R$ 15 bilhões.

Na análise da Quist, as empresas da cadeia do setor aéreo são as segundas colocadas no ranking de probabilidade de vieram a pedir recuperação judicial, com 71,&% de queda no faturamento em abril, setor que é seguido por tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), turismo (-54,6%) e serviços de hospedagem e alimentação (-47,7%).

— Mesmo com a retomada gradual experimentada no mês de maio, estes setores tiveram encolhimento muito profundo e terão muita dificuldade de sair ilesos da crise, mesmo que a economia ganhe fôlego nos próximos meses — diz Duek, que atualmente está à frente de 46 projetos de Rio de Janeiro com dívidas estimadas em mais de R$ 5 bilhões.

O levantamento da Quist vê forte impacto da pandemia no setor editorial (43,4% de queda), na fabricação de produtos têxteis (-38,6%), fabricação de móveis (-36,7%), serviços para as famílias (-31,7%) e fabricação de máquinas e equipamentos (-30,8%). — Vamos assistir a uma avalanche de pedidos recuperação nos próximos meses nestes setores, com o prolongamento da crise — avalia o executivo.

— Muitos empresários ainda estão se preparando para entrar com pedidos de recuperação judicial. Temos recebido um volume excepcionalmente grande de consultas — diz Douglas Duek. — Muita gente ainda está buscando alternativas para capital de giro, mas a situação deve se agravar com o decorrer do tempo—.

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