Professor da Trevisan comenta sobre fundo soberano

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no dia 13 de maio (terça-feira), a criação de um fundo que será administrado pelo governo no exterior: o fundo soberano. Ele tem como objetivo garantir uma poupança contra crises, apoiar empresas no exterior e retirar dólares de dentro do país para impedir uma valorização maior da moeda norte-americana. Para o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, o fato de os recursos para a formação do fundo virem do Tesouro Nacional torna a iniciativa ineficiente. “A prioridade do governo deveria ser a redução do custo da dívida pública, um dos fatores que impedem a redução dos juros. O pagamento de parte da dívida interna e o alongamento de seu perfil levariam a uma redução dos juros incidentes sobre a mesma dívida. Assim, sobrariam recursos para aumentar os investimentos públicos”.

Alcides comenta que “um fundo soberano só tem sentido para países com altos saldos da balança comercial ou excesso de arrecadação fiscal, o que não é o caso do Brasil”.