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22/08/2020 - 09:27

Indústrias do Amazonas defende a diversificação produtiva da região e da bioeconomia

Proposta de desenvolvimento sustentável será apresentada para o governo federal. Matriz econômica garante 95% de floresta intacta. Em encontro com o vice-presidente Hamilton Mourão, no dia 24 de agosto (segunda-feira), setor produtivo afirmará que o desenvolvimento sustentável para o estado tem como alicerce a manutenção da Zona Franca de Manaus.

Em meio a dois dos mais aquecidos debates que ocupam o cenário político e econômico do país, meio ambiente e reforma tributária, as indústrias do Polo Industrial do Amazonas recebem no dia 24 de agosto (segunda-feira), o vice-presidente da República e presidente do Conselho do Amazonas, General Hamilton Mourão para construção de uma agenda junto ao Governo Federal focada no desenvolvimento sustentável da Amazônia.

No encontro, liderado pelo vice-presidente da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (FIEAM), Antônio Silva, será entregue um documento contendo uma proposta sobre o tema, assinado conjuntamente pela Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Associação dos Fabricantes de Motocicletas e Bicicletas (Abraciclo) e Centro da Industria do Estado do Amazonas (CIEAM).

O documento defende a diversificação produtiva da região e da bioeconomia a partir dos recursos gerados pela Zona Franca de Manaus. O argumento se constitui com base na matriz econômica do Estado do Amazonas que, por ser industrial, vem garantido a preservação de 95% de sua cobertura natural formada pela floresta amazônica.

— É inconcebível se pensar em desenvolvimento sustentável no Estado do Amazonas sem a manutenção de uma Zona Franca de Manaus fortalecida. Ela proporciona a geração de mais de 500 mil empregos, responde por 80% da arrecadação do estado e contribui, ainda com18,7% do PIB brasileiro — afirma o vice-presidente da CNI e presidente da Fieam, Antônio Silva.

Levantamento preparado pelas entidades demonstra que o estado do Amazonas é o quinto maior em arrecadação no país ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo. O Amazonas é superavitário, onde arrecada mais impostos federais do que recebe de repasses obrigatórios. — Nos reuniremos com o Governo Federal para tratarmos deste tema que é do interesse de todos os brasileiros, mas que deve ser protagonizado por quem vive na floresta amazônica, por quem investe e gera riquezas no estado do Amazonas— complementa Silva.

A— ssistimos com preocupação críticas equivocadas ao programa Zona Franca de Manaus justamente neste momento em que o mundo questiona os direcionamentos da política ambiental brasileira. Ocorre que temos nas indústrias do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus geração de emprego e renda, mão de obra empregada qualificada, parque fabril instalado com alta tecnologia, centenas de milhões de reais em investimentos em P&D e tudo isso perfeitamente em harmonia com a preservação da floresta mais importante do planeta — aponta o presidente da Eletros, Jorge Nascimento.

A proposta formulada pela indústria do Amazonas prevê o fortalecimento da economia regional e, para isso, se faz imprescindível investimentos em infraestrutura. As industrias destacam melhorias no modal rodoviário (BR 319), modernização do transporte fluvial de cargas e passageiros, melhoraria de navegabilidade das hidrovias dos Rios Madeira, Solimões e Negro, transporte aeroviário com aeroportos municipais e malha viária com frequência de voos, além de investimentos em telecomunicações, melhoria do sistema portuário, portos no interior do estado e a implementação de um zoneamento ecológico-econômico. — Nosso país já possui uma política de desenvolvimento regional exemplar que preserva a floresta amazônica e que pode sustentar a diversificação da economia da região com a exploração do seu potencial bioeconômico. Ao invés de discutir uma nova política, devemos melhorá-la criando condições para chegada de novas empresas, incluindo de segmentos ligados à sustentabilidade — conclui o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

No documento que será entregue ao vice-presidente Hamilton Mourão, as indústrias propõem um novo modelo de governança para a ZFM que contemple algumas diretrizes fundamentais, entre elas manter as suas vantagens comparativas para garantia de investimentos locais e manutenção dos empregos, otimização dos recursos gerados pelo Polo Industrial de Manaus, o estabelecimento de novas metas para novos investimentos na promoção do empreendedorismo amazônico sustentável e no aumento de investimentos em P&D.

— Além da China, somos os únicos fabricantes globais de ar condicionado, assim como somos um dos principais fabricantes de televisores, celulares, computadores, motocicletas, bicicletas, concentrados para bebidas não alcoólicas, entre outros. As maiores multinacionais do setor eletroeletrônicos estão instaladas na ZFM e na falta de oportunidades para que estas empresas promovam expansão de suas plantas produtivas corremos o risco de nos tornarmos irrelevantes e perdermos nossas fábricas para outros países — destaca Nascimento, da Eletros.

A criação de um centro de excelência internacional em pesquisas da biodiversidade amazônica, além de polos de formação profissional na área da bioeconomia são algumas soluções apontadas pela indústria do Amazonas que envolvem uma grande articulação entre o setor produtivo, governos e comunidade local. — Mais do que um documento, estamos propondo um amplo debate com o objetivo de se construir uma articulação efetiva e de grande cooperação entre a indústria do Amazonas, o governo federal, governo estadual, base parlamentar do estado e representantes importantes da sociedade civil — afirma Wilson Perico, presidente do Centro da indústria do Estado do Amazonas (CIEAM).

Juntamente com a apresentação desta proposta de desenvolvimento sustentável as entidades representativas da indústria do Amazonas irão solicitar ao governo federal maior integração entre diversos órgãos governamentais (BASA, FDA, CBA, Embrapa, UFAM, UEA, Bionorte, INPI). De acordo com as indústrias, a integração se faz necessária para justificar novos investimentos em P&D, tendo em vista que muitas das empresas que estão instaladas na região já estão em franca transformação rumo à indústria 4.0. além disso, o respaldo do governo é importante para atração de novas companhias brasileiras e multinacionais.

— Nossa proposta, além de ser muito mais transparente diante do que se tem discutido a respeito do potencial econômico da biodiversidade amazônica no estado, é a única que contempla de fato pequeno empreendedor por meio de iniciativas que criarão oportunidades para este segmento. Além disso, partimos do pressuposto que não se deve pensar em propostas que incentivem a bioeconomia fragilizando a economia local, o que prejudicaria a qualidade de vida de todos os amazonenses — finaliza Silva, da Fieam e CNI.

— Nos reuniremos com o Governo Federal para tratarmos deste tema que é do interesse de todos os brasileiros, mas que deve ser protagonizado por quem vive na floresta amazônica, por quem investe e gera riquezas no estado do Amazonas— complementa Silva.

— Assistimos com preocupação críticas equivocadas ao programa Zona Franca de Manaus justamente neste momento em que o mundo questiona os direcionamentos da política ambiental brasileira. Ocorre que temos nas indústrias do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus geração de emprego e renda, mão de obra empregada qualificada, parque fabril instalado com alta tecnologia, centenas de milhões de reais em investimentos em P&D e tudo isso perfeitamente em harmonia com a preservação da floresta mais importante do planeta— aponta o presidente da Eletros, Jorge Nascimento.

A criação de um centro de excelência internacional em pesquisas da biodiversidade amazônica, além de polos de formação profissional na área da bioeconomia são algumas soluções apontadas pela indústria do Amazonas que envolvem uma grande articulação entre o setor produtivo, governos e comunidade local. — Mais do que um documento, estamos propondo um amplo debate com o objetivo de se construir uma articulação efetiva e de grande cooperação entre a indústria do Amazonas, o governo federal, governo estadual, base parlamentar do estado e representantes importantes da sociedade civil— afirma Wilson Perico, presidente do Centro da indústria do Estado do Amazonas (CIEAM).

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