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27/08/2020 - 08:58

CNC: Queda na intenção de consumo das famílias desacelera, e índice fica estável em agosto

ICF reverte retrações recentes e registra perspectivas positivas para os próximos meses.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou a quinta retração consecutiva em agosto (-0,2%), permanecendo com a pontuação estável no comparativo mensal (66,2 pontos). Este é o pior índice para um mês de agosto desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. A queda em relação a julho, contudo, é a menos intensa registrada nos últimos cinco meses. Em comparação com o mesmo mês de 2019, o recuo foi de 27,6%. O indicador está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os resultados de agosto mostram que os brasileiros permanecem conscientes da importância da sua renda e cautelosos com o consumo. — O momento atual permanece incerto e exige cautela das famílias. Contudo, os resultados negativos já demonstram desaceleração — afirma Tadros.

Perspectivas melhoram — Os resultados positivos dos indicadores que medem as expectativas das famílias para os próximos meses corroboram a análise do presidente da Confederação. Após três quedas seguidas, Perspectiva Profissional foi o item que apresentou o maior crescimento no mês (+4,6%), chegando a 70,8 pontos. Perspectiva de Consumo seguiu o mesmo caminho, registrando variação positiva (+1,5%), após quatro meses de retração, e alcançando 60,9 pontos. — Esse aumento da expectativa de consumir em agosto revela que, apesar de as famílias ainda demonstrarem uma percepção negativa em relação ao consumo atual, as expectativas para o longo prazo já são otimistas — ressalta a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva.

O momento atual, no entanto, ainda apresenta resultados negativos, apesar da desaceleração das taxas. O Emprego Atual recuou 0,5%, seu quinto resultado negativo seguido, mas o menos intenso em cinco meses. Com 85,1 pontos, o item terminou agosto como o mais alto entre os índices da pesquisa. Já a Renda Atual registrou retração de 3,4%, também a quinta consecutiva, chegando a 76,8 pontos — o menor nível da série histórica. A variação negativa, porém, assim como a do item referente ao emprego, foi a menos intensa do período – apesar de ter sido a mais negativa entre os indicadores da pesquisa em agosto. — Percebe-se que a renda das famílias continua sendo afetada pela crise da covid-19, apesar de dar sinais de uma recuperação gradual. Além disso, os brasileiros demonstraram percepções menos negativas em relação ao mercado de trabalho — analisa a economista da Confederação.

Momento para Duráveis volta a crescer — O Nível de Consumo Atual apresentou comportamento semelhante aos itens citados acima. Chegou à quinta queda mensal consecutiva (-0,5%); porém, a menos intensa no período. O item caiu a 49,2 pontos, o menor nível desde novembro de 2016. Já o indicador Momento para Duráveis, que avalia o que os consumidores pensam sobre a aquisição de bens como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis, cresceu 2,1%, após acumular quatro quedas seguidas. O item, no entanto, foi o que obteve a maior queda anual (-36,1%) entre os itens pesquisados e fechou o mês com 40 pontos, sendo o menor subíndice da pesquisa.

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