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01/09/2020 - 12:01

Adirplast tem recuperação de vendas nos meses de junho e julho

E prevê segundo semestre estável.

Volume total de vendas dos associados Adirplast no mês de julho foi 23% maior que o de junho. De janeiro a julho deste ano foram vendidas 259.041 toneladas (incluindo todas as resinas e os filmes de BOPP e Bopet).

Mesmo com a pandemia afetando todos os setores da economia brasileira, os associados Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins(Adirplast ) estão conseguindo recuperar parte de suas vendas. A demanda no mês de julho foi 23% maior do que a de junho, que já tinha apresentado uma tendência de alta. — A recuperação é gradual. Junho foi 31,1% maior que maio, que por sua vez foi 11,8% maior que abril - pior mês do histórico da associação — explica Laercio Gonçalves, presidente da entidade.

O volume de vendas total dos associados Adirplast (incluindo todas as resinas e os filmes BOPP e Bopet) de janeiro a julho de 2020 foi de 259.041 toneladas. Comparando esse período com os mesmos meses de 2019, é possível perceber a queda de 6,9% nas vendas. Considerando os volumes por grupo de produtos, foram vendidos pelas empresas associadas à entidade em julho deste ano 36.560 toneladas das commodities PEs, PP e PS, 2.663 toneladas de plástico de engenharia (PA6, PA6.6, PMMA, PC, PBT, ABS-SAN, POM e PU) e 3.462 toneladas de filmes Bi-orientados (BOPP e Bopet). "Estes volumes representam cerca de 10% do consumo brasileiro de resinas plásticas, inclusive recicladas. Não entra nesta conta apenas o PVC", observa Gonçalves.

Para o vice-presidente da Adirplast, Osvaldo Cruz, a retomada das vendas em junho e julho foi significativa e importante, porém, ainda não é capaz de neutralizar a brutal parada da economia iniciada na segunda quinzena de março e que teve seu pico em abril. — É preciso observar que, no acumulado do ano, ainda estamos em patamar 6,9% inferior ao igual período de 2019, que, diga-se de passagem, também não foi um ano de grande desempenho, nem para o setor plásticos, nem para a economia do país — ratifica.

Apesar de pontuar realidade, Cruz diz que, diante das condições atuais, em meio a uma pandemia, foi possível ver nos meses de junho e julho deste ano uma capacidade formidável de reação do mercado nacional. — Se levarmos em conta os prognósticos mais sombrios que apareciam nos noticiários, essa reação traz um alento e sinaliza um segundo semestre melhor para a economia e, consequentemente, para os setores produtivo e da distribuição. Há luz no fim do túnel! — ressalta.

Um ano que começou promissor teve sua história transformada pela pandemia do Covid-19, explica Daniela Antunes Guerini, diretora da Mais Polímeros. — Já no mês de março as projeções mudaram, devido à queda do volume de venda. Abril trouxe um novo cenário (um dos piores da história), volume baixo, vários pedidos de prorrogação, inadimplência e uma incerteza enorme. Maio foi o mês de controlar os problemas e tentar entender nosso mercado. Já em junho, com grande parte das Indústrias retomando suas atividades, iniciou-se uma fase de reposição de estoques na cadeia. A partir de então, os volumes subiram consideravelmente, porém, ainda não voltamos aos níveis de pré pandemia — resume.

Para a executiva da Mais Polímeros, a demanda atual tende a se manter até outubro. —A partir do mês 10, acontece uma queda já esperada das vendas devido à redução dos estoques para fechamento do ano. Assim, estimamos que o ano termine com volumes 10% menores do que os do ano passado—.

Cláudia Savioli, diretora da Polymark, conta que esse tem sido um ano de mudanças profundas na empresa e seus negócios, não apenas pela transformação digital pela qual vinha implantando. — Esse é um período de muita resiliência, necessária para se adaptar às mudanças, reconfigurar as pessoas e os processos — conta Savioli. Segundo ela, o mercado de embalagens flexíveis se mostrou forte desde maio. — O setor tem conseguido reconquistar o valor das embalagens flexíveis, material versátil e de extrema importância para a conservação de outros produtos. Isso, mais as vendas reprimidas de abril, têm feito nossa demanda crescer. Mas as margens foram apertadas — explica.

Mesmo assim, diz Savioli, os desafios ainda não foram superados e o segundo semestre vai trazer um novo componente para o jogo, a falta de produto. — A falta de resina limita o crescimento de todo o mercado. Por isso, teremos que ter mais amplitude em estoques, diversificação, aumentar os custos de segurança, valer-nos de bons negócios e de boa comunicação, com transparência e comprometimento. Puxados pela maior demanda, os preços continuarão aumentando. Serão meses intensos—.

Para a APTA Resinas, distribuidora de plástico de engenharia, que é distribuidora exclusiva no Brasil da ExxonMobil (Metalocenos), de PP e de PE importados, apenas os meses de maio e abril foram muito ruins, conta Eduardo Cansi, diretor da empresa. — Nos demais meses, tivemos bons resultados — conta. Assim, o executivo segue otimista e acredita que o segundo semestre siga tendência de alta apresentada nesses últimos dois meses do primeiro semestre do ano.

A percepção de que o segundo semestre seja melhor que o primeiro e siga estável é comum entre os associados da Adirplast. Todos estão cientes dos obstáculos à frente, mas acreditam também que o pior já passou. — Hoje temos um mercado mais unido, além disso, a expectativa de mudanças, como a da aprovação da Reforma Tributária e até mesmo do início da conscientização das pessoas e dos governantes de que o plástico não é um vilão, mas um grande aliado no que se refere a conservação de alimentos ou de cuidados com a saúde, podem auxiliar no crescimento do setor—finaliza Gonçalves.

A entidade — A Adirplast tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a integração do setor de varejo de resinas plásticas, filmes bi-orientados e plásticos de engenharia. Seu objetivo é demonstrar a importância que os distribuidores têm para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. A entidade trabalha ainda para promover a imagem sustentável do plástico, ampliar os laços com as empresas produtoras e ajustar o desordenamento tributário sobre a indústria.

Atualmente, a entidade agrega empresas distribuidoras de insumos plásticos que, juntas, tiveram um faturamento bruto de cerca de R$ 4,5 bilhões em 2019. Elas responderam por cerca de 12% de todo o volume de polímeros e filmes bi-orientados comercializados no país.

Credenciadas pelos fabricantes, essas empresas garantem ao cliente final a qualidade do produto e dos serviços de logística e crédito. Além disso, contam com uma carteira de 7.000 clientes, em um universo de 11.500 transformadores de plásticos no Brasil. Para atendê-los, a entidade emprega 150 representantes externos e mantém 200 postos de atendimento, contando com equipes de assistência técnica e de pós-venda. | www.adirplast.org.br

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