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02/09/2020 - 08:23

CNA mostra que PIB do agro é destaque no 2T20

Mesmo diante dos impactos da pandemia do Covid-19, a agropecuária apresentou alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 1º de setembro (terça-feira), e analisados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo comunicado técnico da CNA, apesar do crescimento menor que o esperado pelo mercado nos meses de abril, maio e junho, o setor agropecuário segue em destaque, e descolado dos demais setores como o único com expectativa de crescimento em 2020.

A soja (5,9%), o arroz (7,3%) e o café (18,2%) têm sido os principais destaques da produção no início deste ano, conforme estimativas recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

— O auxílio emergencial de R$ 600 minimizou os impactos econômicos na parcela mais vulnerável da população, garantindo sustentação de demanda, principalmente de alimentos e outros bens de consumo básicos — diz o estudo.

De acordo com a CNA, apesar do crescimento verificado no trimestre, o setor não está imune à crise. Segmentos como os de hortaliças, frutas, leite, e produtos da aquicultura sofrem os impactos da queda do consumo das famílias.

Exportações – O resultado do PIB agropecuário também foi influenciado pela demanda externa. — A Peste Suína Africana na China e o impacto do Covid-19 no processamento de carne nos EUA tem sustentado a demanda internacional por proteínas brasileiras, amenizando os efeitos negativos da menor demanda doméstica pelo produto, especialmente dos cortes mais nobres— .

A procura da China por soja e carnes brasileiras, segundo a análise da CNA, explica o resultado positivo do setor no segundo trimestre de 2020. — Só para a China, o crescimento das exportações brasileiras do agro foi de 30,3% no primeiro semestre de 2020, frente ao mesmo período de 2019—.

PIB Brasil — O Produto Interno Bruto do Brasil no segundo trimestre de 2020 apontou quedas de 9,7% frente ao primeiro trimestre desse ano, e de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2019. Foram as piores retrações econômicas de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 1996.

— De acordo com os dados do IBGE, a economia brasileira está caracterizada com ‘recessão técnica’, quando há trimestres consecutivos negativos no indicador. É bastante delicada a situação, pois já vínhamos de momentos de baixo crescimento (negativo, na verdade) e ainda nos recuperávamos do forte impacto da crise internacional de 2014-16.

No país, a consequência da pandemia foi preponderante para o indicador, ainda que o governo tenha empenhado ações emergenciais, o isolamento pelo longo período — necessário do ponto de vista da contenção da disseminação do corona vírus, mas agravante pelo lado da economia e da confiança dos setores econômicos. A demanda por produtos não básicos diminuiu, puxando para baixo os indicadores de produção da indústria e comércio e serviços. Apenas o indicador da AgropecuáriA foi positivo (0,4%), influenciado pelo início da safra de café (bienalidade alta), de cana, citrus e grãos segunda safra, movimentando também a agroindústria. Do ponto de vista da demanda, vimos forte redução do consumo das famílias (-12,5%), do governo (-8,8%) e dos investimentos (-15,4%) — observa Aline Veloso, coordenadora da Assessoria Técnica do Sistema FAEMG.

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