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03/09/2020 - 07:48

Supermercados criam 3.800 vagas de emprego na pandemia, diz Asserj


Entre oportunidades fixas, temporárias e novas posições, setor supermercadista do Estado do Rio de Janeiro foi o que mais empregou no período.

Pesquisa feita pela Associação de Supermercados do Estado do Rio (Asserj) mostra que pedidos de delivery aumentaram mais de 45% em agosto no Rio de Janeiro. Levantamento mostra mudança no consumo e comportamento dos brasileiros.

A Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) realizou uma nova pesquisa no setor referente ao quinto mês de pandemia no período de 30 dias (12/07 a 11/08) e constatou mudanças em indicadores como oportunidades de vagas, novos cargos, movimentação nas lojas, pedidos de delivery, e-commerce e vendas. Desde março, a Asserj tem ouvido as principais redes associadas e monitorado esses índices.

Setor aquecido — Desde o início do isolamento foram mais de 3.800 vagas de emprego, entre fixas, temporárias e novas posições, criadas no setor supermercadista do Rio de Janeiro.

Através do site Vagas no Varejo, a Asserj, em parceria com 29 entidades ligadas ao segmento varejista, oferece oportunidades de emprego em setores essenciais, como supermercados e farmácias. Atualmente, no Rio, existem 675 oportunidades de emprego cadastradas na plataforma.

Desde janeiro, Denise Pacheco, 48 anos, buscava uma chance de trabalho, após deixar o emprego no fim de 2019. Com a chegada da pandemia, ela achou que não teria chances de encontrar uma colocação tão cedo, até se inscrever para uma oportunidade no Prezunic, por meio do portal Vagas no Varejo. Hoje, Denise atua como atendente de caixa na unidade do Prezunic Fonseca, em Niterói.

— Antes de me inscrever no portal, eu saía de casa todos os dias em busca de emprego. Achei incrível me telefonarem apenas 15 dias depois de fazer a minha inscrição. Estou muito feliz neste emprego. Fui bem acolhida e me sinto em casa", comemora Denise. Morando há 30 anos com seu companheiro, atualmente desempregado, a colaboradora vive também com os dois filhos, de 25 e 27 anos, no bairro Colubandê, em São Gonçalo. "Agora, estou com a cabeça tranquila, por poder colocar comida em casa e ajudar a manter minha família — finaliza Denise.

Novos cargos — O RH dos supermercados também não ficou de fora das mudanças e criou um importante cargo, o Auxiliar de Qualidade. A rotina desse profissional inclui tarefas como verificar a correta higienização de carrinhos e cestas de compras, checar a utilização de EPIs por todos os colaboradores, além de orientar clientes a manter o distanciamento na fila dos checkouts, conforme a sinalização de chão.

O cargo de auxiliar de qualidade já é realidade em algumas redes do setor, como no SuperPrix. Além de novos funcionários dedicados a qualidade, fiscalização de limpeza e higienização das lojas, todos os colaboradores antigos encarregados do setor de limpeza também passaram por um treinamento rígido para a implementação das normas de segurança. Todo o processo de higienização das lojas e do escritório central da rede tem sido feita com toda a orientação regulamentada, revela o supermercado.

Além desta, outras novas oportunidades foram criadas como o cargo de separador para e-commerce, entregador, e funções mais técnicas como especialistas em e-commerce e marketing digital.

Mudança nos hábitos de consumo — O levantamento da ASserj revela ainda uma curiosa mudança no consumo de alimentos pelos brasileiros, fruto do período de quarentena em casa e das transformações financeiras. Alguns itens cresceram na lista de compras.

No comparativo com o mesmo período do ano anterior (12 de março até 11 de agosto), as vendas de leite UHT aumentaram em 72%, o biscoito recheado teve crescimento de 67% nas vendas e o chocolate em barra 43%. — A alta já era esperada, pois com as pessoas passando a maior parte de seu tempo em casa, a tendência é descontar a ansiedade nesses itens com mais açúcar — analisa o presidente da Associação, Fábio Queiróz.

Ainda na escalada progressiva, a categoria de carnes teve 40% de acréscimo e o famoso pãozinho francês subiu em 30%. "Os itens de churrasco, como a carne, foram muito adquiridos pelos clientes nas lojas, pois com tempo extra com a família, esta foi uma das opções procuradas pelo brasileiro nesse período", afirma Fábio Queiróz.

Movimentação nas lojas, e-commerce, delivery e vendas — Na pesquisa realizada pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), durante o período acumulado dos cinco meses de pandemia, a movimentação nas lojas, por exemplo, teve queda em maio, se comparado ao mês anterior e desde junho segue mais estável.

. Delivery — Os pedidos de delivery cresceram mais de 45%, em comparação com o mês anterior. No acumulado dos cinco meses a média ficou em 47,86%. Já as solicitações feitas pelo e-commerce subiram em quase 7%, neste último mês, e a média da pandemia fechou em 49,86%.

. E-commerce

Vendas — As vendas no acumulado tiveram um crescimento médio de 2,88%, como mostra o gráfico. O boom ocorreu no início da quarentena quando a Asserj registrou aumento de 20,55%. Depois houve uma queda nos três meses seguidos e a estabilização das vendas. Se comparado ao mesmo período do ano passado as vendas tiveram um crescimento de mais de 11%.

Segundo o presidente da Asserj, Fábio Queiróz, o consumidor não é mais o mesmo desde o início da pandemia. "No começo tivemos um salto radical no aumento de pedidos para entrega em casa, tanto delivery quanto e-commerce, pois as pessoas estavam evitando ao máximo sair às ruas, respeitando as nossas orientações e dos órgãos reguladores de saúde. Atualmente esse hábito se transformou em comodidade, e muitos clientes aderiram ao novo modelo de compra para além da quarentena".

Para Queiróz, a expressão do momento "novo normal" veio para ficar. "Todos sabem que a vida nunca mais será a mesma depois da pandemia do novo coronavírus. O setor supermercadista, que sobreviveu a este momento, considerado uma das maiores crises da história, tem se reinventado diariamente".

O presidente da Asserj afirma que as pessoas nunca mais voltarão para o nível de higienização pré-pandemia. — Elas vão priorizar lugares mais seguros, mais limpos. A preferência do consumidor é se sentir seguro com a higienização. Boas práticas de limpeza serão um diferencial no mercado—.

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