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10/09/2020 - 08:13

Marbor projeta crescimento de até 50% em 2020


Controle rigoroso de custos e novos contratos garantiram equilíbrio financeiro da Marbor durante a pandemia. Uma crise que aumentou o interesse por locação de frotas.

Após seis meses de pandemia de Covid-19 no Brasil, as empresas podem avaliar melhor os impactos financeiros da crise. No caso da Marbor Frotas Corporativas, uma política rigorosa de redução de custos e o aumento do interesse do mercado pela terceirização de frotas permitiram que a companhia atravessasse esse período de adversidades, mantendo a saúde financeira e projetando crescimento de até 50% nos resultados em 2020.

Na entrevista a seguir, o diretor financeiro do Grupo Marbor, Helio Borenstein II, relata como a empresa vem vencendo o desafio da crise e se consolidando entre os players do setor de terceirização de frotas no Brasil.

. Quais as principais mudanças no mercado de locação de frotas nestes 6 meses de pandemia? -Helio Borenstein II: vivenciamos neste período o adiamento de projetos de terceirização. Por outro lado, vimos muito mais interesse em se conhecer o mercado de locação de frotas e em entender o que sempre pregamos em relação à possibilidade de redução de custos, foco no negócio e possibilidade de não imobilização de caixa. Percebemos mais interesse em geral na discussão da “troca” de frota própria para frota terceirizada.

. Entre os setores que mais alugam frotas, quais foram mais impactados e quais apresentaram mais resiliência na crise? - HB II: o caso de veículos leves, a locação para motoristas de aplicativos teve um impacto bastante negativo, no início da crise, devido às restrições de circulação, mas atualmente já retomou praticamente o mesmo patamar de antes. Nos demais setores, não sentimos impactos relevantes de redução; todos se mantiveram resilientes.

Entre os setores que mais demandaram locação, dois se destacaram: o agronegócio e a logística. E mais recentemente mobilidade urbana.

. Quais os modelos de locação e perfis de equipamentos mais procurados na pandemia: - HB II: os caminhões foram os mais demandados, já que são ativos diretamente ligados à produção. Veículos leves estão voltando aos poucos, mais recentemente.

. Houve renegociação de contratos? - HB II: alguns contratos precisaram ser renegociados, caso a caso, para adequação do fluxo de caixa dos clientes. Mas de forma geral todos foram mantidos e devidamente compensados pelas concessões acordadas.

Alguns clientes nos solicitaram alongamento de prazos para pagamento dos aluguéis, no que sempre acabaram – de forma acordada e compensada – sendo atendidos por nós.

. Mesmo em um contexto de crise, a Marbor fechou novos contratos na pandemia? - HB II: fechamos contratos novos em clientes antigos e também conseguimos alguns novos clientes, apesar da crise, ainda que em volume abaixo da nossa expectativa do início do ano, antes do advento da pandemia.

. Quais as perspectivas para os resultados da Marbor neste ano? - HB II: apesar do cenário adverso da crise e da duração dela, nossos negócios vão evoluir esse ano tanto em faturamento (de 30% a 35%), quanto em resultado no Ebitda (de 45% a 50%). Isso se deve sobretudo ao forte trabalho de retração de custos e despesas da nossa administração da crise.

. Como foi possível manter os negócios equilibrados? - HB II: conseguimos atravessar bem a crise, administrando bem nossos negócios e utilizando todas as ferramentas disponibilizadas pelo governo, tanto em relação à flexibilização oferecida ao mercado financeiro (nossos principais credores tiveram alguns benefícios e pudemos negociar melhor 100% de nossas dívidas), como também as relativas à administração da folha de salários. Isso nos permitiu organizar melhor nosso fluxo de caixa e obter melhores resultados, apesar de serem – logicamente – abaixo da expectativa que tínhamos antes da pandemia.

. A Marbor precisou fazer cortes de pessoal? - HB II: mantivemos todos os postos de trabalho durante o período da crise. Fizemos as suspensões de contratos e reduções salariais introduzidas na legislação e isso se mostrou suficiente para evitarmos qualquer redução de quadro.

. Foi preciso reduzir investimentos? - HB II: não cortamos investimentos. Mas como estes são sempre decorrentes da demanda dos nossos clientes, acabamos reduzindo o que havíamos planejado inicialmente, para manter em equilíbrio com as necessidades. Estamos prontos para novos investimentos, assim que surjam novas oportunidades de atendimento aos nossos clientes atuais ou novos clientes.

. Como está a capacidade financeira da Marbor hoje para atender às necessidades de clientes? - HB II: nossa capacidade financeira não foi abalada, porque toda negociação que permitiu alguma “folga” a nossos clientes teve contrapartida igual ou maior junto aos nossos principais fornecedores, que são os bancos. Assim, mantivemos em um equilíbrio saudável no nosso fluxo de caixa em nossa capacidade financeira.

Nossos recursos próprios são administrados no sentido de manter a solidez do Grupo, a capacidade de absorção de outros investimentos necessários e a travessia de momentos de crise.

. Quais são as condições da Marbor para captar recursos e atender às demandas dos clientes? - HB II: temos acesso ao mercado financeiro de várias formas e através de várias instituições. Temos solidez para oferecer garantias e obter recursos com condições suficientemente boas para repassar a eficiência de nossos custos aos nossos preços em nível mais que necessário para nos manter competitivos no mercado de locação de bens.

. Quais os diferenciais da Marbor em relação a outras locadoras? - HB II: nosso atendimento personalizado, a proximidade com as pessoas que decidem na empresa e a flexibilidade na negociação com clientes nos diferenciam no mercado.

. Que mudanças vieram para ficar no mercado de locação com esta pandemia? - HB II: o entendimento de que a locação pode ser uma solução que agrega valor ao negócio do cliente. Os empresários e tomadores de decisão vão considerar a locação com outro viés, entendendo melhor os benefícios e vantagens da terceirização de frotas. Serão mais visíveis, para um público muito maior de empresas, setores e negócios, os diferenciais de locação em relação à compra de veículo.

. Quais são as recomendações da Marbor às empresas com relação à locação de frotas neste momento e no futuro próximo? - HB II: a recomendação é que se abra o horizonte de empresas que ainda estão fora do mercado de locação, para que entendam melhor o modelo e possam enxergar as vantagens de terceirização de frotas para o bem, sustentabilidade e longevidade de seu próprio negócio. Focar naquilo que de fato dá sustentação ao seu business e deixar para especialistas, muito mais preparados e com soluções muito melhores, tudo aquilo que não fizer efetivamente parte do que pode gerar resultados positivos ou eficientes. Vamos quebrar alguns paradigmas.

O Grupo Marbor, fundado há 31 anos, em Mogi das Cruzes (SP), pelo empresário Marcos Borenstein, o Grupo Marbor atua nos ramos imobiliário, de hotelaria e de terceirização de frotas corporativas.

Desde 2013, o Grupo Marbor vem passando por um processo de reestruturação. Os filhos do fundador (Tatiana, Helio e Larissa), que atuam na companhia, adotaram um modelo de profissionalização, contratando também executivos de mercado, para suportar o crescimento previsto e dar musculatura à gestão. [www.marborfrotascorporativas.com.br]|. André Sales/Saleslima.

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