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11/09/2020 - 09:09

Vendas no varejo crescem 5,2%, diz IBGE


Em julho de 2020, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 5,2% frente a junho, na série com ajuste sazonal, após altas de 8,5% em junho de 2020 e 13,3% em maio. A média móvel trimestral cresceu 8,7% no trimestre encerrado em julho. Na série sem ajuste sazonal, em relação a julho de 2019, o comércio varejista cresceu 5,5%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 0,2%, dados divulgados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas cresceu 7,2% em relação a junho, enquanto a média móvel do trimestre foi 11,2%. Em relação a julho de 2019, o varejo ampliado cresceu 1,6%, interrompendo a sequência de quatro meses em queda. O acumulado nos últimos 12 meses foi de -1,9%.

Pelo terceiro mês consecutivo, os resultados mostraram menor impacto no comércio do isolamento social devido à pandemia de Covid-19. Do total de empresas, 8,1% relataram impacto em suas receitas em julho por conta das medidas de isolamento social, 4,1 pontos percentuais (p.p.) abaixo do número de junho e 20,0 p.p. abaixo do maior impacto registrado na pandemia (28,1%, em abril). Cerca de 26,4% dos relatos de justificativa da variação de receita das empresas da amostra citam o coronavírus como causa.

Frente a julho de 2019, a variação no volume de vendas das empresas que relataram impacto do Covid-19 em suas atividades foi de 0,3%, contra 6,4% das que não reportaram qualquer impacto da quarentena. A influência das receitas das empresas que relataram algum impacto devido ao Covid-19 sobre a taxa sem ajuste sazonal do varejo (5,5%), foi nula (0,0 p.p.) enquanto a das que não relataram qualquer impacto foi de 5,4 p.p.

Considerando o impacto do Covid-19 no comércio varejista ampliado, para este mesmo indicador, a variação das empresas impactadas foi de -6,5%, enquanto nas que não relataram impacto houve crescimento de 2,8%. A influência do subgrupo de empresas impactadas foi de 2,4 p.p., enquanto o subgrupo das demais representou -0,8 p.p. da variação total de 1,6% em julho de 2020 contra julho de 2019.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, frente a julho de 2019, mostrou avanço de 1,6%, interrompendo sequência de quatro meses em queda. Assim, o varejo ampliado recuou 6,2% no indicador acumulado do ano, contra -7,6% registrado até junho de 2020. Ainda assim, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -1,4% até junho para -1,9% até julho, apontou aceleração no ritmo de queda.

Sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta — Na série com ajuste sazonal, na passagem de junho para julho de 2020, no comércio varejista, houve alta em sete das oito atividades: Livros, jornais, revistas e papelaria (26,1%), Tecidos, vestuário e calçados (25,2%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%), Combustíveis e lubrificantes (6,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,0%) e Móveis e eletrodomésticos (4,5%). A única atividade que não teve crescimento no volume de vendas na passagem de junho para julho de 2020 foi Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%).

O comércio varejista ampliado, em julho, cresceu 7,2% frente a junho de 2020, na série com ajuste sazonal, após as altas de maio (16,5%) e junho (11,1%). O setor de Veículos, motos, partes e peças cresceu 13,2%, enquanto Material de construção avançou 6,7%, ambos, respectivamente, após variações de 27,9% e 14,5% registradas no mês anterior.

Em julho de 2020, em relação a julho de 2019, o comércio varejista cresceu 5,5%. Quatro atividades tiveram crescimento e quatro registraram variação negativa. No entanto, apesar do equilíbrio no número de atividades, os setores de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Móveis e eletrodomésticos, juntos, foram responsáveis por 7,2 p.p. de contribuição absoluta, na taxa de 5,5%.

Entre as atividades em alta, destacaram-se: Móveis e eletrodomésticos (26,4%), seguido por Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,9%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,0%).

Já as quedas foram em Tecidos, vestuário e calçados (-31,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-25,1%), Combustíveis e lubrificantes (-10,8%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,5%).

Com o aumento de 1,6% frente a julho de 2019, o varejo ampliado registrou queda para o setor de Veículos e motos, partes e peças (-16,2%) e alta para Material de construção (22,7%).

Principais atividades — Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 9,9% frente a julho de 2019, registrou a sexta taxa positiva consecutiva e a maior desde março de 2020 nessa comparação. O segmento foi o que mais contribuiu positivamente na taxa global do varejo, com 4,7 p.p. do total de 5,5% do indicador interanual. O resultado do acumulado no ano, até julho (6,0%), comparado ao mês anterior (5,4%), mostrou ganho de ritmo. Com isso, a análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar 3,8% em julho, mostra acentuação na trajetória de crescimento, iniciada em fevereiro de 2020 (0,2%).

Móveis e eletrodomésticos, com 26,4% no volume de vendas em relação a julho de 2019, registrou o segundo mês de crescimento após três meses no campo negativo, na comparação interanual. O setor exerceu o segundo maior impacto positivo na formação da taxa total do comércio varejista de julho de 2020 (2,5 p.p). No acumulado do ano, ao passar de -1,4% até junho para 2,7% até julho, o setor interrompe três resultados negativos seguidos e mostra aumento no ritmo de vendas. Tal crescimento no ritmo também é observado no indicador acumulado nos últimos doze meses, que passa de 3,5% até junho para 5,1% em julho, décimo mês consecutivo de variações positivas.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 13,4% nas vendas frente a julho de 2019, registrando a terceira variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior. Com isso, em termos de resultado acumulado no ano, ao passar de 5,3% até junho para 6,5% no mês de referência, o setor também mostra ganho de ritmo. O mesmo se dá no indicador dos últimos doze meses, que passa de 6,4% até junho para 6,8% em julho.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., com o resultado de 9,0% no volume de vendas em relação a julho de 2019, mostrou ganho de ritmo em relação ao resultado de junho (4,0%), exercendo a quarta maior contribuição positiva ao resultado geral do varejo (1,1 p.p.). O resultado do acumulado no ano, até julho (-7,7%), comparado ao mês anterior (-10,6%), ainda que no campo negativo, mostra trajetória ascendente desde maio (-13,6%). O indicador acumulado nos últimos doze meses registrou -0,8%, próximo à estabilidade, quando comparado com junho (-0,9%).

Tecidos, vestuário e calçados com queda de 31,4% em relação a julho de 2019, registra a quarta taxa negativa na comparação com igual mês do ano anterior. Além disso, a atividade responde pelo maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo, sendo responsável por -2,8 p.p. do total do indicador. Apesar disso, o indicador acumulado no ano até o mês de referência, ao passar de -38,7% em junho para -37,6% em julho, apresentou redução no ritmo de queda. Nos últimos doze meses, o setor registra -19,7% em julho, mais intenso no campo negativo que no indicador com referência até junho de 2020 (-16,7%), atingindo o menor ponto da série histórica, iniciada em 2001.

Combustíveis e lubrificantes, com -10,8% no volume de vendas em relação a julho de 2019, exerceu a segunda maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. O setor é um dos que mais tem sentido influência da atual pandemia de Covid-19, uma vez que a circulação reduzida de pessoas e veículos teve reflexo nas vendas de combustíveis. No acumulado do ano, o setor registrou -12,1% até julho, próximo ao valor apresentado até junho (-12,3%). No entanto, o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, mostra intensificação da perda de ritmo (-7,0%) em relação ao mês anterior (-5,7%).

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda de 5,5% em relação a julho de 2019, a menos intensa, no campo negativo, desde janeiro de 2020. Tal resultado refletiu-se também no acumulado no ano até o mês de referência, que passou de -22,9% até junho para -20,5% até julho. O indicador acumulado nos últimos doze meses (-10,9%) reduz ritmo de queda nas vendas em relação ao resultado de junho (-10,5%).

Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda 25,1% frente a julho de 2019, menor variação, no campo negativo, desde o início da pandemia de Covid-19, chegando a registrar -70,3% em abril de 2020 comparado ao mesmo mês do ano anterior. O indicador acumulado no ano, -28,3% até julho, demonstra estabilidade com relação ao mês anterior (-28,8% até junho). O indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -20,4% para -20,9%, permanece no campo negativo desde fevereiro de 2014 (-0,2%).

Veículos, motos, partes e peças, ao registrar -16,2% em relação a julho de 2019, assinalou o quinto recuo consecutivo, exercendo, assim, a maior contribuição negativa no resultado do mês para o varejo ampliado. No entanto, a análise pelo indicador acumulado no ano até julho, -21,7%, mostra ligeiro ganho de ritmo comparado ao mês de junho -22,7%. Nos últimos doze meses, porém, houve intensificação na trajetória descendente ao registrar -9,6% até julho em relação ao acumulado até junho (-6,8%).

Material de Construção, com 22,7% em relação a julho de 2019, contabiliza a segunda taxa positiva consecutiva, nessa comparação (22,6% em junho de 2020 contra junho de 2019). O indicador acumulado no ano até julho mostra 1,9%, invertendo o sinal quando da comparação com o mês de junho (-2,0%). Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses ganha ritmo ao passar de 1,4% em junho para 2,8% em julho.

Vendas do comércio crescem em 21 das 27 Unidades da Federação — De junho para julho, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou aumento de 5,2%, com predomínio de resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (34,0%), Paraíba (19,6%) e Pernambuco (18,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram seis das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (-5,6%), seguido por Paraná e Mato Grosso (ambos com -1,6%).

O comércio varejista ampliado, entre junho e julho, cresceu 7,2%, com predomínio de resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (35,0%), Paraíba (21,0%) e Pernambuco (15,8%). Por outro lado, com variações negativas, figuram duas das 27 Unidades da Federação: Mato Grosso do Sul (-0,7%) e Piauí (-0,1%).

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