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16/09/2020 - 09:28

Setores regulados e grandes empresas estão mais atentos ao gerenciamento de risco, diz KPMG

De acordo com o estudo "Gerenciamento de riscos - 5ª edição", produzida pelo ACI Institute, da KPMG, as empresas mais reguladas, como as de comunicações (100%), os bancos (93%) e utilidade pública (84%), são as que apresentam maior percentual de possuírem uma área específica dedicada ao gerenciamento de riscos. O levantamento também mostra que as organizações de consumo cíclico (41%) e tecnologia da informação (33%) são as que apresentam os menores índices nesse campo.

— Fica claro que, por serem empresas com maior atuação do regulador, há uma maior preocupação com a estrutura de gerenciamento de riscos, pois além dos aspectos negativos de imagem e financeiro, as penalizações podem trazer grande impacto nessas empresas —explica o sócio-líder de consultoria em riscos e governança corporativa da KPMG no Brasil e na América do Sul e CEO do ACI Institute Brasil, Sidney Ito.

Com relação ao faturamento das empresas, o estudo mostra que 94% das organizações com receita acima de R$ 10 bilhões possuem uma área de gerenciamento de riscos. À medida que o valor do faturamento diminui, também cai o percentual de empresas com essa área: enquanto 75% das empresas com receita entre R$ 5 bilhões e 10 bilhões possuem a área de gerenciamento de riscos, apenas 18% das empresas com faturamento de até R$ 500 milhões a possuem.

— Não importa o tamanho ou o próprio negócio da empresa, o risco precisa ser gerenciado, pois além da perspectiva da perda ou do prejuízo, quando o risco se materializa, deve se considerar as oportunidades que surgem, quando um risco é gerenciado eficazmente. Isso traz vantagem competitiva e maior apetite a desenvolvimento de novos negócios— complementa sócio da KPMG.

Setores reportam condições econômicas e de mercado como principal risco — O levantamento aponta, também, quais os fatores de riscos mais citados pelas empresas abertas analisadas, nos seus formulários de referências. Nesta edição, das 218 empresas do estudo, 91% citaram os riscos relacionados às condições econômicas e de mercado, assim como os riscos regulatórios (91%). Em seguida, foram citados os riscos aos acionistas (87%), riscos financeiros e de caixa da ação das concorrências, com 82% cada.

De acordo com a estudo, alguns fatores de riscos passaram a ter uma maior divulgação em relação aos anos anteriores: 61% para seguros não contratados, 60% para o capital humano, 56% para os riscos socioambientais, 50% para a tecnologia da informação e 49% para o risco de imagem.

— Tem acontecido uma maior preocupação por parte dos investidores, e um crescimento gradativo por parte dos demais stakeholders em entender os fatores de riscos das empresas. Seja pelo aspecto de investimento, pela imagem, ou sua responsabilidade corporativa. Dessa forma, é imprescindível as empresas se assegurarem sobre a efetividade da sua estrutura e do seu processo de gerenciamento de riscos —aponta o sócio da KPMG.

O estudo compilou dados de 218 empresas abertas, sendo dos seguintes setores: consumo cíclico (55); financeiro (38); utilidade pública (33); bens industriais (32); materiais básicos (17); consumo não cíclico (17); saúde (12); petróleo, gás e biocombustível (7); tecnologia da informação (4); e comunicações (3). Todas as empresas listadas no Novo Mercado, N1, N2 e as 50 mais negociadas do básico. | kpmg.com.br

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