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02/10/2020 - 06:47

Balança comercial registra superávit de US$ 6,16 bilhões em setembro


Resultado é o melhor para o mês desde o início da série histórica. Analistas de mercado preveem superávit de US$ 55,15 bilhões para este ano. O Ministério da Economia atualizou a estimativa de saldo positivo para US$ 55 bilhões, com leve queda em relação à estimativa de US$ 55,4 bilhões divulgada em julho.

A queda nas importações em ritmo maior que a redução das exportações fez a balança comercial registrar superávit recorde em setembro. No mês passado, o país exportou US$ 6,164 bilhões a mais do que importou, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

Tanto as exportações como as importações caíram no mês passado. Em setembro, o país vendeu US$ 18,459 bilhões para o exterior, com recuo de 9,1% pelo critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações, no entanto, caíram mais, somando US$ 12,296 bilhões, redução de 25,5% também pela média diária.

. Indústria de Transformação — Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes ( -99,7% com queda de US$ -71,27 milhões na média diária); Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos); (-52,2% com queda de US$ -11,54 milhões na média diária); Tabaco, descaulificado ou desnervado (-61,6% com queda de US$ -8,62 milhões na média diária); Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas ( -20,4% com queda de US$ -5,31 milhões na média diária) e Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas ( -30,1% com queda de US$ -5,21 milhões na média diária)

Com o resultado de setembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 42,445 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Esse é o segundo melhor resultado da série histórica para o período, perdendo para janeiro a setembro de 2017 (superávit de US$ 53,258 bilhões).

No acumulado de 2020, as exportações somam US$ 156,780 bilhões, retração de 7% na comparação com o mesmo período de 2019 pela média diária. As importações totalizam US$ 114,336 bilhões, recuo de 14% pelo mesmo critério.

A maior parte da alta do saldo em setembro é explicada pela queda da importação da indústria de transformação, que recuou US$ 181,35 milhões pela média diária em relação ao mesmo mês do ano passado, e da indústria extrativa, cujas compras do exterior encolheram US$ 18,32 milhões. Do lado das exportações, as vendas da indústria de transformação caíram US$ 108,01 milhões. Em contrapartida, as vendas da indústria extrativa subiram US$ 19,65 milhões, e as vendas da agropecuária aumentaram US$ 5,38 milhões na mesma comparação.

. Indústria Extrativa — Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -12,8% com queda de US$ -11,88 milhões na média diária); Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -20,7% com queda de US$ -0,48 milhões na média diária); Minérios de cobre e seus concentrados ( -4,4% com queda de US$ -0,40 milhões na média diária); Minérios de alumínio e seus concentrados ( -26,7% com queda de US$ -0,25 milhões na média diária) e Pedra, areia e cascalho ( -12,6% com queda de US$ -0,09 milhões na média diária).

. Indústria de Transformação — Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes ( -99,3% com queda de US$ -14,77 milhões na média diária); Celulose ( -25,0% com queda de US$ -7,96 milhões na média diária); Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes ( -48,8% com queda de US$ -6,23 milhões na média diária); Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) ( -64,5% com queda de US$ -6,13 milhões na média diária) e Veículos automóveis de passageiros ( -38,8% com queda de US$ -5,97 milhões na média diária)

Categorias — Entre os produtos que puxaram o crescimento das exportações agropecuárias em setembro, os destaques foram o café não torrado, cujo valor vendido aumentou US$ 2,453 milhões no critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado, e os animais vivos, com alta de US$ 1,3 milhão na mesma comparação.

Na indústria extrativa, subiram as exportações de minério de ferro, com alta de US$ 48,4 milhões em relação a setembro do ano passado pela média diária, motivadas tanto pelo aumento da demanda como pela alta no preço internacional.

As exportações de óleos brutos de petróleo, no entanto, continuam a cair e encerraram o mês passado com queda de US$ 29,98 milhões. Nesse caso, a queda deve-se tanto à queda do preço internacional como do volume de demanda por causa da pandemia de Covid-19.

Na indústria de transformação, as maiores quedas foram registradas em plataformas de petróleo (-US$ 71,27 milhões pela média diária), óleos combustíveis de petróleo (-US$ 11,54 milhões) e tabaco (-US$ 8,62 milhões).

Além da crise na Argentina, principal destino das vendas industriais brasileiras, a exportação fictícia de uma plataforma de petróleo ocorrida em setembro do ano passado, que não se repetiu neste ano, impactou o resultado. Nesse tipo de operação, classificada como dentro das regras internacionais de comércio, uma petroleira registra uma plataforma numa subsidiária no exterior, sem que o equipamento saia do país.

Exportações por Bloco e Países — Aumentaram as exportações, principalmente, para os seguintes países: . Ásia (Exclusive Oriente Médio) ( 9,07 %) - China ( + 15,1% com aumento de US$ 38,0 milhões na média diária).; Filipinas ( + 123,9% com aumento de US$ 3,9 milhões na média diária) ;Indonésia ( + 69,3% com aumento de US$ 2,8 milhões na média diária) ;Tailândia ( + 44,9% com aumento de US$ 2,8 milhões na média diária) ;Bangladesh (54,3% com aumento de US$ 2,5 milhões na média diária).

. Oriente Médio ( 1,35 %) - Emirados Árabes Unidos ( + 26,5% com aumento de US$ 2,6 milhões na média diária); Irã ( + 34,6% com aumento de US$ 2,2 milhões na média diária) ; Catar ( + 18,5% com aumento de US$ 0,3 milhões na média diária) ;Iraque (+ 6,4% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária) ;Palestina (+ 272,6% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária).

. Oceania (42,93 %) - Austrália ( + 61,1% com aumento de US$ 0,9 milhões na média diária) ; Marshall, Ilhas ( +26,8% com aumento de US$ 0,2 milhões na média diária).

. África ( 3 %) - Argélia ( + 69,0% com aumento de US$ 1,6 milhões na média diária) ;Nigéria ( + 73,6% com aumento de US$ 1,5 milhões na média diária) ;Marrocos ( + 41,1% com aumento de US$ 1,2 milhões na média diária) ; Costa do Marfim ( + 403,1% com aumento de US$ 0,6 milhões na média diária) ; Gana ( + 87,4% com aumento de US$ 0,5 milhões na média diária).

Caíram as exportações, principalmente, para os seguintes países:

. Europa ( -34,52 %) - Países Baixos (Holanda) (-76,1% com queda de US$ -86,9 milhões na média diária); Bélgica ( -38,2% com queda de US$ -6,2 milhões na média diária) ; França (-28,5% com queda de US$ -3,5 milhões na média diária) ;Portugal ( -52,9% com queda de US$ -3,1 milhões na média diária) ;Bulgária ( -97,9% com queda de US$ -1,6 milhões na média diária)

. América do Sul (-7,01 %) - Peru (-35,9% com queda de US$ -3,5 milhões na média diária) ; Colômbia (-26,4% com queda de US$ -3,4 milhões na média diária) ; Equador (-34,6% com queda de US$ -1,3 milhões na média diária) ; Uruguai (-17,2% com queda de US$ -1,3 milhões na média diária) ; Bolívia (-22,1% com queda de US$ -1,2 milhões na média diária).

. América do Norte (-20,59 %) - Estados Unidos (-23,9% com queda de US$ -26,1 milhões na média diária) ; México (-26,3% com queda de US$ -6,3 milhões na média diária).

. América Central e Caribe (-19,07 %) - República Dominicana (-46,4% com queda de US$ -1,7 milhões na média diária) ;Bonaire, Saint Eustatius e Saba (-99,5% com queda de US$ -0,9 milhões na média diária) ; Jamaica (-55,0% com queda de US$ -0,4 milhões na média diária) ; Nicarágua (-65,1% com queda de US$ -0,4 milhões na média diária) ; Costa Rica (-24,9% com queda de US$ -0,3 milhões na média diária).

Janeiro/Setembro 2020 — Aumentaram as exportações, principalmente, para os seguintes países: . Ásia (Exclusive Oriente Médio) ( 11,71 %) - China ( + 14,8% com aumento de US$ 36,6 milhões na média diária).; Cingapura ( + 26,9% com aumento de US$ 3,0 milhões na média diária) ; Tailândia ( + 38,0% com aumento de US$ 2,5 milhões na média diária) ; Indonésia ( + 36,3% com aumento de US$ 2,3 milhões na média diária); Bangladesh ( + 37,4% com aumento de US$ 1,8 milhões na média diária).

. Oceania ( 8,36 %) - Kiribati ( + 14.186,4% com aumento de US$ 0,2 milhões na média diária) ;Marshall, Ilhas ( + 8,2% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária).

Caíram as exportações, principalmente, para os seguintes países: . Europa ( -11,62 %) - Países Baixos (Holanda) ( -27,3% com queda de US$ -11,8 milhões na média diária) ; Alemanha ( -20,9% com queda de US$ -4,1 milhões na média diária) ; Bélgica ( -20,5% com queda de US$ -2,6 milhões na média diária) ; França ( -21,0% com queda de US$ -2,2 milhões na média diária) ; Reino Unido ( -17,7% com queda de US$ -2,1 milhões na média diária)

. América do Sul ( -24,72 %) - Argentina ( -22,0% com queda de US$ -8,9 milhões na média diária) ; Chile ( -29,9% com queda de US$ -6,1 milhões na média diária) ; Colômbia ( -31,5% com queda de US$ -3,9 milhões na média diária) ; Uruguai ( -33,1% com queda de US$ -3,3 milhões na média diária) ; Peru ( -31,6% com queda de US$ -2,9 milhões na média diária)

. América do Norte ( -25,99 %) - Estados Unidos ( -31,1% com queda de US$ -36,4 milhões na média diária) ;México ( -25,8% com queda de US$ -5,1 milhões na média diária).

. América Central e Caribe ( -42,13 %) - Panamá ( -79,2% com queda de US$ -7,0 milhões na média diária) ;República Dominicana ( -38,8% com queda de US$ -1,0 milhões na média diária) ; Trinidad e Tobago ( -28,6% com queda de US$ -0,3 milhões na média diária) ; Costa Rica ( -14,9% com queda de US$ -0,2 milhões na média diária); Cuba ( -21,2% com queda de US$ -0,2 milhões na média diária).

. Oriente Médio ( -23,92 %) - Irã ( -57,3% com queda de US$ -5,8 milhões na média diária) ; Emirados Árabes Unidos ( -17,1% com queda de US$ -1,6 milhões na média diária) ; Omã ( -24,2% com queda de US$ -0,9 milhões na média diária) ; Arábia Saudita ( -7,2% com queda de US$ -0,6 milhões na média diária) ; Catar ( -34,4% com queda de US$ -0,6 milhões na média diária).

. África ( -0,8 %) - Egito ( -18,6% com queda de US$ -1,5 milhões na média diária) ;África do Sul ( -25,4% com queda de US$ -1,2 milhões na média diária) ; Angola ( -17,6% com queda de US$ -0,3 milhões na média diária); Líbia ( -23,1% com queda de US$ -0,2 milhões na média diária) ; Mauritânia ( -38,3% com queda de US$ -0,2 milhões na média diária).

Importações — No mês de Setembro/2020, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ -0,44 milhões ( -2,8%) em Agropecuária; queda de US$ -18,32 milhões ( -50,0%) em Indústria Extrativa e queda de US$ -181,35 milhões ( -24,8%) em produtos da Indústria de Transformação.

A combinação destes resultados levou a uma diminuição das importações. Este movimento de queda nas importações foi puxado, principalmente, pela diminuição nos seguintes produtos: . Agropecuária - Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado ( -32,1% com queda de US$ -0,63 milhões na média diária); Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais ( -46,7% com queda de US$ -0,63 milhões na média diária); Trigo e centeio, não moídos ( -9,4% com queda de US$ -0,51 milhões na média diária); Cacau em bruto ou torrado ( -99,8% com queda de US$ -0,47 milhões na média diária) e Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( -18,6% com queda de US$ -0,30 milhões na média diária).

. Indústria Extrativa - Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -76,1% com queda de US$ -13,29 milhões na média diária); Gás natural, liquefeito ou não ( -50,8% com queda de US$ -3,68 milhões na média diária); Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado ( -36,0% com queda de US$ -3,38 milhões na média diária); Outros minerais em bruto ( -17,5% com queda de US$ -0,16 milhões na média diária) e Fertilizantes brutos (exceto adubos) ( -18,5% com queda de US$ -0,10 milhões na média diária).

. Indústria de Transformação - Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes ( -90,3% com queda de US$ -74,02 milhões na média diária); Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( -48,9% com queda de US$ -26,83 milhões na média diária); Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns ( -74,8% com queda de US$ -19,69 milhões na média diária); Adubos ou fertiliantes químicos (exceto fertilizantes brutos) ( -19,6% com queda de US$ -9,23 milhões na média diária) e Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes ( -61,3% com queda de US$ -9,01 milhões na média diária).

Janeiro a setembro — No acumulado do ano atual, comparando com igual período do ano anterior, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ -0,88 milhões ( -5,2%) em Agropecuária; queda de US$ -17,82 milhões ( -39,7%) em Indústria Extrativa e queda de US$ -79,32 milhões ( -12,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

A combinação destes resultados levou a uma diminuição das importações. Este movimento de queda nas importações foi puxado, principalmente, pela diminuição nos seguintes produtos: . Agropecuária - Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado ( -34,1% com queda de US$ -0,71 milhões na média diária); Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais ( -28,9% com queda de US$ -0,38 milhões na média diária); Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( -12,0% com queda de US$ -0,26 milhões na média diária); Trigo e centeio, não moídos ( -3,1% com queda de US$ -0,18 milhões na média diária) e Matérias vegetais em bruto ( -10,0% com queda de US$ -0,07 milhões na média diária).

. Indústria Extrativa - Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -38,9% com queda de US$ -7,39 milhões na média diária); Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado ( -46,0% com queda de US$ -5,71 milhões na média diária); Gás natural, liquefeito ou não ( -35,2% com queda de US$ -2,58 milhões na média diária); Minérios de cobre e seus concentrados ( -45,2% com queda de US$ -1,16 milhões na média diária) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -41,1% com queda de US$ -0,66 milhões na média diária).

. Indústria de Transformação - Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-39,8% com queda de US$ -19,82 milhões na média diária); Partes e acessórios dos veículos automotivos ( -43,9% com queda de US$ -8,66 milhões na média diária); Veículos automóveis de passageiros ( -48,4% com queda de US$ -6,37 milhões na média diária); Adubos ou fertiliantes químicos (exceto fertilizantes brutos) ( -14,1% com queda de US$ -5,05 milhões na média diária) e Veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais ( -39,9% com queda de US$ -4,47 milhões na média diária).

Meta anual — Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2019 em US$ 48,035 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima menor volume de comércio em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a retração das importações em ritmo maior que a das exportações elevou as projeções de saldo.

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 55,15 bilhões para este ano. O Ministério da Economia atualizou a estimativa de saldo positivo para US$ 55 bilhões, com leve queda em relação à estimativa de US$ 55,4 bilhões divulgada em julho.

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