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08/10/2020 - 08:15

Vendas de cimento mantem crescimento em setembro, diz SNIC

Em setembro, as vendas de cimento se mantiveram em alta, em linha com as previsões mais recentes do setor, apontando a autoconstrução¹ e a continuidade das obras do setor imobiliário² como os principais vetores de consumo do produto.

O volume de vendas de cimento em setembro totalizou 5,8 milhões de toneladas, um crescimento de 21,4% em relação ao mesmo mês de 2019. No acumulado do ano (janeiro a setembro), os números também foram positivos, alcançando 44,6 milhões de toneladas, aumento de 9,4% comparado ao mesmo período do ano passado. Ao se analisar a venda do insumo por dia útil no período de 250,5 mil toneladas, a curva também é crescente com aumento de 2,5% sobre agosto deste ano e de 18,5% em relação a setembro de 2019.

Independente do uso do auxilio emergencial na compra direta de insumos da construção — cimento incluso — ou nos efeitos que tem na movimentação da atividade econômica, é inegável a alavanca desta ação governamental beneficiando a construção civil.

Apesar da redução dos números da pandemia e a retomada da maioria das atividades, o fato das pessoas ainda permanecerem mais em casa mantém os investimentos em melhorias e reformas em seus lares. Pesquisas¹ demostram que no período da pandemia [março/setembro 2020] as lojas de materiais de construção tiveram um aumento de vendas na ordem de 15%.

— Os resultados são surpreendentes até o momento, mas que não nos dá segurança a longo prazo. As vendas estão sendo sustentadas, em sua grande maioria, pelas construções imobiliárias, a manutenção do ritmo das obras e das pequenas reformas residenciais e ainda na atividade comercial que já apresenta declínio de consumo em razão do seu funcionamento. Registramos a regularidade do fornecimento de cimento, ainda que a atividade venha sendo submetida a uma enorme e inesperada pressão de demanda, principalmente a partir do mês de junho. É fundamental que os investimentos em saneamento e a retomada das obras de infraestrutura, atividades de extrema importância para a indústria do cimento, saiam do papel e integrem de vez a esperada agenda de crescimento do país—, diz Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato da Nacional da Indústria do Cimento (SNIC ).

Perspectivas.: Saneamento e infraestrutura — Apesar dos números positivos registrados nos últimos meses, o setor ainda sofre as consequências da forte crise entre 2015 e 2018 e a pressão de custos de energia elétrica, energia térmica, frete e outros insumos do processo produtivo do cimento.

O ponto de atenção continua sendo a ausência, em curto prazo, dos empreendimentos de infraestrutura, lançamentos imobiliários que se efetivem em obras e o comportamento da auto construção, principalmente por conta da tendência crescente dos índices de desemprego da economia e o esgotamento dos recursos pessoais destinados as reformas.

Há uma grande expectativa do início das obras de saneamento após a aprovação do novo marco legal do setor(lei nº 14.026/2020)que prevê investimentos de até R$ 700 bilhões – parte desses expressivos aportes serão em obras, que demandarão agregados, cimento, entre outros. Exemplo disto, é o resultado da recente concessão dos serviços de água e esgoto da região Metropolitana de Maceió3na ordem de R$ 4,6 bilhões em investimentos e outorga.

A indústria do cimento é responsável por mais de 70 mil empregos, gera uma renda de R$ 26,4 bilhões ao ano e uma arrecadação líquida anual de R$ 3 bilhões em tributos. É um setor muito sensível ao cenário macroeconômico e aos estímulos governamentais. Por isso, a indústria do cimento, aguarda com ansiedade, a retomada do novo projeto habitacional do governo, “Casa Verde Amarela”, que deverá alavancar com mais força o mercado imobiliário; a retomada de importantes obras de infraestrutura e projetos subsequentes a aprovação do novo marco legal do saneamento.

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