PHM Atlântico opera com helicópteros das três forças

Na Operação Poseidon/2020, sob coordenação do Comando da 2ª Divisão da Esquadra, foi realizado, pela primeira vez, um Adestramento Conjunto com Emprego de Helicópteros das três Forças Armadas, a partir do Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) Atlântico. O objetivo desta Operação é prover a qualificação de pilotos do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) em pousos e decolagens a bordo de navios da Marinha do Brasil (MB).

O evento aconteceu no dia 09 de outubro (sexta-feira), na Base Aérea de Santa Cruz (SBSC). Esta operação, deu continuidade ao treinamento iniciado em 2018, com pouso de pilotos do EB e da FAB e de um helicóptero da FAB no Navio Doca Multipropósito “Bahia”.

Paralelamente, está ocorrendo o Adestramento Conjunto de Emprego de Helicóptero na infiltração e retirada de Forças de Operações Especiais (Adst Cj He – OpEsp) a partir do PHM Atlântico. Sob a coordenação do Comando Naval de Operações Especiais (CoNavOpEsp), tropas do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav) e do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), ambos da MB; do 1º Batalhão de Ações de Comandos (1ºBAC), do EB; e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), da FAB, realizam o intercâmbio de Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP) durante infiltrações por aeronave e temas táticos desenvolvidos na Ilha da Marambaia.

Nesta Operação, que representa um marco na interoperabilidade de nossas Forças Armadas, estão sendo empregadas duas aeronaves UH-15 “Pegasus”, da MB; uma aeronave HM-4 “Jaguar”, do EB; e uma aeronave H-36 “Caracal”, da FAB.

Histórico dO PHM “Atlântico” — O Porta-Helicópteros Multipropósito “Atlântico” foi incorporado à Marinha do Brasil em 29 de junho de 2018, na cidade de Plymouth, no Reino Unido e, hoje, é o navio Capitânia da Esquadra Brasileira. Possui 208 metros de comprimento, 35 metros de boca, 21.500 toneladas de deslocamento e atinge a velocidade de 16 nós.

O navio pode transportar 800 fuzileiros navais e projetá-los em terra por meio de helicópteros ou de quatro embarcações de desembarque. Seu convés de voo possui sete posições para pouso de aeronaves, podendo operar com helicópteros, além de veículos aéreosnão tripulados e aeronaves turbo-hélice de pouso vertical. O navio está homologado para conduzir operações aéreas diurnas e noturnas, inclusive com o emprego de Óculos de Visão Noturna (OVN).

No hangar, pode transportar mais 12 aeronaves de médio porte e quatro de pequeno porte, ou 150 toneladas de material para emprego em Operações Humanitárias. Seu radar 3D permite a detecção de alvos a longa distância, bem como o controle de aviões de interceptação. Dispõe, ainda, de sistema de combate, de salas de planejamento, comunicação via rádio e via satélite, que o tornam um Centro de Comando e Controle por excelência em operações no mar. Suas instalações e sistemas permitem o trabalho de EstadoMaior Conjunto, composto por militares das três Forças Armadas, podendo também ser configurado para operações multinacionais ou interagências.

Além da defesa da Pátria, sua tarefa principal, o PHM Atlântico é empregado na proteção das riquezas e da intensa atividade econômica da nossa Amazônia Azul, por suas capacidades de permanência na área de operação e de controle de grandes áreas marítimas.

A coordenação da operação foi do general de Exército Fernando Azevedo e Silva, ministro de Estado da Defesa, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, comandante da Marinha, almirante de Esquadra Alipio Jorge Rodrigues da Silva, comandante de Operações Navais, vice-almirante Claudio Henrique Mello de Almeida, comandante em chefe da esquadra, contra-almirante fuzileiro naval Rogerio Ramos Lage, comandante naval de operações especiais (CoNavOpEsp), contra-almirante Eduardo Augusto Wieland, comandante da 2ª Divisão da Esquadra, contra-almirante Rogerio da Rocha Carneiro Bastos, comandante da Força de Superfície, capitão de mar e guerra Giovani Corrêa, comandante do Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico.