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22/10/2020 - 08:28

Complexo do Pecém assina memorando com multinacional chinesa


Para se instalar no Ceará, a empresa levou em consideração fatores como localização geográfica estratégica, que assegura potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, assim como a infraestrutura do Complexo do Pecém. O vice-presidente da Mingyang, inclusive, ressaltou a intenção do grupo chinês em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações para usinas eólicas offshore no Brasil e também no exterior.

Em breve cerimônia realizada na sede do Complexo do Pecém, foi assinado um memorando de entendimento com a multinacional chinesa Mingyang Smart Energy, no dia 21 de outubro (quarta-feira), que planeja instalar um complexo eólico offshore na região do litoral do Pecém. Na indústria de produção de energia eólica, o termo offshore se aplica a torres eólicas instaladas em alto mar, em águas não muito profundas e em locais afastados das rotas de tráfego marítimo.

Para se conectarem com a rede elétrica em terra, as torres são ligadas à costa através de cabos submarinos. A energia gerada é então enviada para centros de distribuição. — Hoje o Complexo do Pecém possui empresas que contribuem diretamente com a matriz energética do Estado do Ceará. Agora, estamos iniciando os primeiros estudos de viabilidade em torno desse projeto pioneiro, um projeto de energia eólica offshore, o que é extremamente importante para o desenvolvimento e o consequente amadurecimento do setor de energias renováveis no Brasil — afirma Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém.

Larry Wang, vice-presidente da Mingyang e Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém

No último mês de setembro, o Governo do Ceará, que é acionista majoritário do Complexo do Pecém, já havia assinado um memorando com a Mingyang para formalizar a intenção de receber um complexo eólico offshore no Estado. Na ocasião, o governador Camilo Santana destacou o pioneirismo do Ceará na geração de energias renováveis. — Queremos retomar a nossa vanguarda — afirmou, após a assinatura.

Segundo previsões iniciais, o empreendimento da multinacional chinesa deverá gerar aproximadamente dois mil empregos durante sua fase inicial. De acordo com o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet-CE), Maia Júnior, a expectativa é de que o empreendimento da Mingyang esteja implantado até o ano de 2023, gerando emprego e renda para o Estado. — O Ceará, no passado, foi o protagonista de todo o desenvolvimento das energias renováveis do Brasil. Naquela época, 25 anos atrás, aproximadamente, quando começamos a desenvolver este trabalho, o Ceará não era um estado gerador de energia. Hoje, é até exportador de energia limpa. Agora, pioneiramente, novamente como protagonista, o Ceará inaugura uma outra etapa de um upgrade bastante relevante não só para o Estado, mas também para o Brasil e a América Latina, que é sediar o desenvolvimento dessas energias renováveis offshore — pontua Maia Júnior, secretário estadual do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho do Estado do Ceará.

Para se instalar no Ceará, a empresa levou em consideração fatores como localização geográfica estratégica, que assegura potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, assim como a infraestrutura do Complexo do Pecém. O vice-presidente da Mingyang, inclusive, ressaltou a intenção do grupo chinês em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações para usinas eólicas offshore no Brasil e também no exterior.

— Acreditamos que a Mingyang e o Pecém serão ótimos parceiros. Nesse momento iniciamos uma nova etapa do projeto com a assinatura de um memorando específico. Na próxima fase pretendemos fazer um piloto (teste) de implantação de turbina de eólica offshore e com isso será adquirido experiência em design, orçamento, construção e permissões legais para futuros projetos mais grandiosos. A Mingyang está disposta a compartilhar essa experiência com o Estado do Ceará, com o Complexo do Pecém e com a indústria em geral. Esse deverá ser o nosso primeiro projeto do tipo offshore em toda a América Latina, por isso planejamos iniciar a construção já em 2022 — conclui Larry Wang, vice-presidente da Mingyang Smart Energy Group.

Também participaram, virtualmente, da cerimônia de assinatura do memorando, executivos da multinacional chinesa; da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (SEDET); e do Complexo do Pecém, além de representantes do Consulado-Geral da China no Recife.

— Mesmo na pandemia, os dois países têm bases profundas, necessidades grandes e futuros brilhantes na cooperação. Nesta cerimônia temos alguns objetivos principais: o primeiro é testemunhar o nascimento deste projeto de grande importância para a Mingyang Smart Energy, maior fabricante de aerogeradores da China. Quando o projeto estiver concluído, será o primeiro na América do Sul acumulando assim experiências valiosas na área de licenciamento, construção e cooperação— enfatiza Yuqing Yan, cônsul- geral do Consulado-Geral da China no Recife.

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