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Processo de recuperação da Herbarium conta com R$ 6 milhões da FINEP

O apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) ao programa de pesquisa e desenvolvimento da Herbarium, no valor de R$ 6 milhões, significa muito mais do que um simples aporte de recursos. Representa um recomeço para a empresa que, graças a uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), teve que retirar do mercado 132 dos 180 produtos que comercializa. “De 2001 até o ínicio de 2004, deixamos de investir em inovação para nos adaptarmos às normas da Agência”, conta Luizete Alves, gerente do departamento de desenvolvimento e estratégia da Herbarium.

Como conseqüência, o laboratório sofreu uma queda de 40% nas vendas e o crescimento anual, que era de 25% ao ano, foi negativo em 2002 e de apenas 8% e 12% em 2003 e 2004, respectivamente. “Só não falimos porque concentramos esforços e redefinimos prioridades. Não demitimos ninguém, criamos um departamento específico para assuntos regulatórios e nos tornamos referência nesta área”, afirma Luizete. A Herbarium é a única empresa brasileira do setor de medicamentos fitoterápicos que possui habilitação REBLAS (Rede Brasileira de Laboratórios de Saúde Pública), concedida pela Anvisa.

Detentor de 60% do mercado, o laboratório, fundado em 1985, pela primeira vez recebe financiamento de terceiros. Aprovado a pouco mais de um ano, o projeto de parceria com a FINEP foi um dos responsáveis pelo lançamento de 25 medicamentos. A linha de produtos, que após a resolução da Anvisa contava com apenas 48 itens, já possui 107 unidades. “Demos um passo atrás e agora estamos em marcha ativa e progressiva. Os recursos concedidos pela FINEP serão tranformados em novidades para o mercado”, explica Luizete. Uma das novas soluções é o Imonomax, produto indicado para o tratamento de herpes labial que está em processo de patenteamento junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Apesar de reconhecer a importância da regulamentação do setor, a Herbarium lamenta a forma como a Anvisa conduziu o processo. “Não tivemos prazo para nos readaptarmos. Foi uma surpresa pra todos nós”, diz Luizete. Além disso, alerta para a existência de produtos não registrados e imitações disponíveis nas prateleiras. “Em um dos casos, a embalagem era tão idêntica que tinha até nosso CNPJ”, denuncia.

“A existência de produtos irregulares prejudica as empresas que atendem às regras vigentes. Para produzir e vender medicamentos com plantas medicinais, por exemplo, é preciso obedecer normas extremamente rígidas, o que muitas vezes dificulta a introdução de produtos inovadores no mercado. Soluções aqui proibidas, como fitoterápicos compostos ou associados com vitaminas e minerais, são amplamente comercializadas em outros países”, conclui.

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