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16/05/2008 - 13:50

Otimismo da população com o futuro do país possui impacto limitado sobre decisões internacionais de investimento

Estudo inédito do IBOPE Inteligência, apresentado nos EUA, mostra que expectativas políticos-sociais possuem pouco impacto sobre decisão de investimento.

São Paulo - Investidores internacionais buscam a melhor taxa de retorno para seu capital e tendem a relativizar o grau de otimismo da população de um país com a economia e sua confiança em instituições como o Congresso, imprensa, sindicatos, etc. Esta é a principal conclusão de um estudo do IBOPE Inteligência sobre a opinião pública e os investimentos internacionais nos últimos 10 anos no Brasil, China, Índia e Rússia, apresentado na 61ª Conferência da Associação Mundial de Pesquisa de Opinião Pública, que acontece esta semana em New Orleans, EUA.

O estudo foi realizado por Márcia Cavallari, diretora executiva, e Marcelo Coutinho, diretor de análise de mercado, ambos do IBOPE Inteligência. Eles analisaram o fluxo de investimento direto e os principais acontecimentos políticos e sociais nos quatro países entre 1996 e 2006, utilizaram diversas pesquisas internacionais para construir um índice de confiança nas instituições e entrevistaram gestores de fundos internacionais de investimento no Brasil. “Na maior parte dos casos, verificamos que o contexto internacional foi muito mais importante no fluxo de investimento direto nestes países que suas conjunturas político-sociais. Por exemplo, a crise da Ásia em 1998-1999 teve um impacto muito maior no fluxo de investimento de Brasil, Índia e Rússia que a primeira eleição de Lula, o conflito da Índia com o Paquistão ou a guerra da Chechênia”, assinala Márcia Cavallari.

No geral, os quatro países estudados responderam por 14% do investimento direto global em 2006, com a China liderando este total com aproximadamente 120 bilhões de dólares, seguida pela Rússia (27 bilhões de dólares), Brasil (17 bilhões) e Índia (16 bilhões). Apenas no caso da China o IBOPE encontrou uma forte correlação entre o aumento do investimento e a confiança da população nas instituições e sua percepção sobre a economia. Ao mesmo tempo que os chineses apresentam maior confiança e otimismo com o futuro, a China lidera em termos absolutos e proporcionais o investimento direto entre os quatro países estudados.

As entrevistas com os investidores mostraram que na hora de tomar suas decisões, as variáveis macro-econômicas (taxas de juros, câmbio, inflação) e de negócios (ausência de competidores, vantagens comparativas, barreiras de entrada, taxas de retorno) são muito mais importantes. “De maneira geral, os investidores internacionais não estão muito preocupados com as percepções da população em geral sobre o futuro do país. A decisão tende a ser mais pragmática. Nossos entrevistados mencionaram que apenas questões ambientais ou que impactem a opinião pública nos EUA ou Europa podem ter algum efeito na decisão final de investimento. Tudo o mais é acessório”, afirma a diretora do IBOPE Inteligência.

Índice Sintetizado de Confiança nas Instituições:

.............. Brasil | China | Índia | Rússia

Confia: 46% | 73% | 51% | 34%

Não Confia: 50% | 16% | 32% | 61%

Não Sabe: 4% | 11% | 17% | 5% || Fonte: IBOPE Inteligência

IBOPE Inteligência - Com unidades de atendimento e planejamento em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza e Buenos Aires, o IBOPE Inteligência é a empresa do grupo IBOPE responsável pela análise de mercados, acompanhamentos de tendências e recomendações estratégicas de apoio à decisão para organizações dos segmentos de mídia, sociedade, tecnologia, consumo e finanças no Brasil e na América Latina.

IBOPE - Fundado em 13 de maio de 1942, o IBOPE é uma multinacional brasileira de capital privado, líder na América Latina, que atua nas áreas de pesquisa de mídia e de mercado. O Grupo, que ocupa atualmente a 18ª posição entre as 25 maiores empresas de pesquisa do mundo, é composto por duas grandes empresas, IBOPE Mídia e IBOPE Inteligência, além de possuir participação acionária importante na Millward Brown Brasil. Em 2000 o IBOPE criou o Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos que atua de maneira focada e com prioridade definida no campo da educação. O Instituto desenvolve e dissemina projetos que têm como base o know-how em pesquisa das empresas do Grupo e a credibilidade conquistada ao longo de seus 65 anos de atividade.

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