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13/11/2020 - 09:32

Secretário Especial de Comércio Exterior defende o mutilateralismo no 39º ENAEX


E alerta que pandemia pode trazer de volta o protecionismo. Roberto Fendt Jr. enfatizou a prioridade dada pelo governo brasileiro à entrada na OCDE e reafirmou o compromisso com a OMC.

O secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Roberto Fendt Junior, fez uma clara defesa das iniciativas e instituições multilaterais, bem como da integração entre as cadeias econômicas globais em sua palestra no 39ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX 2020). Fendt afirmou que os efeitos da pandemia fazem emergir o fantasma do protecionismo e das barreiras unilaterais, destacando que, segundo a OMC, o volume do comércio internacional recuará 9,2% em 2020 e deve crescer 7,2% em 2021, valor insuficiente para recuperar as perdas.

O secretário destacou, no entanto, a crença do governo brasileiro de que esse movimento negativo será passageiro. Segundo ele, essa visão se expressa nos diversos acordos multilaterais em curso, como o do Mercosul com a União Européia e o protocolo adicional ao Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (Atec), com os EUA, além do compromisso com fóruns multilaterais, como a OMC, dentre diversas outras medidas. Para o secretário, o Brasil tem muito a avançar nesse sentido, como evidenciam os números mostrando que o país fica à frente apenas de Cuba, Turcomenistão e Sudão na importação de bens e serviços em relação ao PIB, conforme dados de 2018.

Fendt ressaltou ainda a prioridade dada pelo governo brasileiro para a entrada na OCDE, elogiou a aprovação da autonomia do Banco Central no Senado e mostrou confiança na retomada em "V" da economia brasileira, o que já ficaria evidente nas previsões sobre a queda do PIB em 2021. O FMI, por exemplo, que estimou um recuo de até 9,1%, no início da pandemia, alterou suas projeções para 5,8%, enquanto outras instituições, como o Banco Mundial, indicam um número ainda menor, de 5,4%.

O secretário também chamou atenção para o trabalho do governo em prol das reformas, imprescindíveis para aumentar a produtividade da economia nacional, aliadas à responsabilidade fiscal. Nesse sentido, ele não vê prejuízo — nem contradição — com as medidas emergenciais tomadas durante a pandemia nem com os investimentos em infraestrutura, para os quais o governo conta com a participação da iniciativa privada. Na sua percepção, o país atuou — atuará — de forma responsável nessa esfera.

O ENAEX continua ao longo da quinta-feira, com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do vice-presdiente da República, Hamilton Mourão, que fará o encerramento do evento. Programação completa no https://enaex.com.br

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