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14/11/2020 - 07:49

O potencial multiplicador da indústria de Defesa para o comércio exterior

Tema de debate no 39º ENAEX.

A importância da indústria de Defesa para o desenvolvimento econômico, o avanço tecnológico e a capacidade de inovação foi o tema central do painel "A economia de defesa, o arrasto tecnológico e comércio internacional", realizado durante o 39º Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). O potencial econômico do setor e seu efeito multiplicador tanto para as exportações quanto para toda a economia brasileira foi ressaltado pela secretária de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Juliana Larenas, ao destacar que cada R? 1 investido na indústria de Defesa tem um fator multiplicador de 9,8 em valor de PIB.

A secretária salientou ainda, corroborada pelo brigadeiro Marcelo Brasil Carvalho da Fonseca, do Estado-Maior da Aeronáutica, que o comércio exterior é imprescindível para o desenvolvimento dessa economia. As compras nacionais por si só, ela afirmou, levando-se em conta as restrições orçamentárias, não seriam suficientes para manter a sustentabilidade das empresas ligadas ao setor.

Apesar dos grandes desafios a serem enfrentados em termos de desburocratização e ganhos de escala, fatores também destacados pelo almirante Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira, presidente da Ccompanhia Docas do Rio de Janeiro, os números apresentam crescimento significativo. As exportações brasileiras passaram de US? 160 milhões em 2013 para US$ 1,9 bilhão em 2019. E, em 2020, apesar das pesadas restrições ocasionadas pela pandemia, que levou ao fechamento de fronteiras em diversos mercados estratégicos, esse valor alcança, até o momento, os US$ 800 milhões.

Já em relação ao incentivo à inovação, que transcende o setor de Defesa, o brigadeiro Marcelo Brasil chamou atenção para a decisiva transferência de tecnologia e a inserção brasileira nas cadeias produtivas internacionais, possibilitadas pela aquisição dos caças Gripen junto à empresa sueca Saab. Ele lembrou que as duas subsidiárias criadas pela Saab no Brasil fabricarão peças para toda a linha global de produção da empresa. Além disso, dos 36 caças comprados, apenas os 13 primeiros foram totalmente fabricados na Suécia. Os oito seguintes tiveram sua montagem realizada no Brasil e os 15 últimos têm fabricação nacional.

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