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14/11/2020 - 07:49

Ministro Paulo Guedes: "O Brasil saiu oficialmente da recessão" em palestra no 39º ENAEX


Ele destaca a retomada econômica e a importância do mercado asiático para as exportações brasileiras. Guedes ressaltou a capacidade do país em atrair investimentos estrangeiros e a redução do Custo Brasil com as reformas e novos marcos setoriais. E pediu atenção para os mercados da Índia e Oriente Médio.

"O Brasil saiu oficialmente da recessão", foi esta a mensagem principal do ministro da Economia, Paulo Guedes, em sua palestra na manhã do dia 13 de novembro (sexta-feira), no 39º Encontro Nacional do Comércio Exterior (ENAEX). O ministro destacou a mudança na política econômica, lembrando que, além do corte de R$ 800 bilhões em gastos públicos com a reforma da Previdência, "o governo derrubou os juros, o que gera uma economia de R$ 400 bilhões em apenas quatro anos."

Para Guedes, a combinação de "juros em 2% e câmbio em pouco mais de R$5 possibilita exportações muito fortes, apesar da crise, explorando o novo eixo de crescimento mundial, que é a Ásia — principalmente China e Índia, os dois mercados do futuro, com quase metade da população mundial." Segundo ele, o Brasil tem hoje um superávit de R$ 40 bilhões com a Ásia. — Vamos exportar US$ 1 trilhão para a China nos próximos dez anos. Imagina se fizermos o mesmo com a Índia e o Oriente Médio? — ponderou o ministro.

A da redução global de 48% nos investimentos, Guedes afirmou que o Brasil se mantém como o quarto principal destino de investimentos diretos e pode passar para terceiro. — Com juros baixos, democratização do mercado de créditos, choque de energia barata, a partir da aprovação do marco do gás natural e da retomada dos leilões de petróleo, o novo marco da cabotagem e os investimentos em infraestrutura, vamos derrubar o Custo Brasil—.

Acordos multilaterais — Ainda sobre o comércio exterior, o ministro valorizou o aumento nos investimentos realizados pelo Banco dos BRICS, sob a presidência de Marcos Troyjo, que — estava há anos em R$ 700 milhões e já saltou para R$ 3 bilhões—. Enfatizou ainda o objetivo de inserir o Brasil nas cadeias produtivas globais, não somente com a prioridade para a entrada na OCDE, mas também por meio dos diversos acordos multilaterais, como o assinado entre o Mercosul e a União Européia, paralisado há 30 anos.

Internamente, o ministro da Economia chamou atenção para a criação de empregos nos últimos meses, que comprova a retomada econômica. — Foram 100 mil novos empregos criados em julho, 200 mil em agosto e 300 mil em setembro, um ritmo que acho até difícil de manter, mas que comprova a força da economia brasileira, que foi subestimada — rebateu o ministro.

Guedes teceu elogios ao Congresso pela aprovação da autonomia do Banco Central ("um sonho de 30 anos") e pelo compromisso com as reformas; defendeu a agenda de privatizações em 2021, lembrando que "o roteiro já está pronto: Eletrobras, Correios, Porto de Santos".

Por fim, fez uma defesa enfática tanto dos mecanismos de transferência de renda adotados durante a pandemia quanto do teto de gastos, que considera imprescindível para evitar o aumento de impostos enquanto as despesas do Estado estiverem indexadas. Também ressaltou a preocupação com a tributação da folha de pagamentos. — O imposto sobre salários é uma arma de destruição em massa de empregos — disparou. O ministro garantiu ainda que o Renda Brasil será criado com responsabilidade fiscal. "Não faremos populismo — sentenciou.

— Nosso desafio no fim deste ano e em 2021 é garantir que a recuperação cíclica, que já está contratada, se transforme em um caminho de crescimento econômico de longo prazo, com base no investimento e sem aumentar impostos, simplificando e reduzindo alguns — concluiu o ministro.

Realizado pela primeira vez online, o ENAEX é promovido pela AEB desde 1972 e, neste ano, celebra os 50 anos da entidade. O evento proporciona ocasião única para que empresários de todo o país, juntamente com representantes de instâncias de governo, alarguem e conciliem diálogo sobre o que fazer para ampliar a participação brasileira no comércio global.

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