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01/12/2020 - 06:42

A retomada da economia e o abastecimento de aço ao mercado doméstico, diz IABr


O setor espera que as vendas de aço no país cresçam 0,5% em 2020, para 18,9 milhões de toneladas, avançado para 19,9 milhões em 2021, informou o Instituto Aço Brasil a jornalistas.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu no dia 27 de novembro (sexta-feira), o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Marcos Faraco (Gerdau) e o presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, acompanhados por conselheiros do Instituto Aço Brasil(IABr). A governança do Aço Brasil transmitiu ao Presidente o reconhecimento em relação às precisas e corajosas medidas adotadas pelo Governo no enfrentamento da pandemia que permitiram a retomada rápida e vigorosa da economia. Reforçaram a capacidade da indústria brasileira do aço de abastecer plenamente o mercado interno e informaram que, no momento, ajustes ainda estão sendo realizados no mercado face a necessidade da reposição de estoques na distribuição e consumidores. Além disso, os representantes do Aço Brasil levaram ao presidente as previsões de desempenho do setor para o ano que vem. Estiveram presentes na audiência o ministro chefe da Casa Civil, Braga Neto, ministro da Economia, Paulo Guedes e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

No ápice da pandemia de Covid-19 no Brasil, houve forte queda de consumo e a indústria brasileira do aço teve que abafar altos fornos e paralisar outras unidades de produção, chegando a operar com apenas 45% de sua capacidade instalada. Os prognósticos de queda do PIB eram então sombrios não só no Brasil como na grande maioria dos países. Logo que os sinais de recuperação da demanda de aço surgiram, o setor do aço religou seus equipamentos e reativou sua produção, para atender o retorno dos pedidos dos clientes. Hoje, a utilização da capacidade instalada (68,4%) já ultrapassou a de janeiro deste ano.

A vigorosa recuperação do mercado interno permitiu que as estimativas do Instituto para este ano em relação a 2019 sejam de relativa estabilidade nas vendas internas (0,5%), atingindo 18,9 milhões de toneladas, queda de apenas 01% no consumo aparente, que deve atingir 20,8 milhões de toneladas. No tocante à produção, a indústria brasileira do aço deve decrescer 5,6%, atingindo 30,7 milhões de toneladas este ano. As importações devem cair 17,4% em relação a 2019, totalizando 2 Mt e as exportações devem ter queda de 16,3%, atingindo 10,7 Mt.

O olhar da indústria brasileira do aço para 2021 é de otimismo, porque acredita na retomada do crescimento econômico sustentado. A expectativa é de aumento de 5,3% nas vendas internas e 5,8% no consumo de produtos siderúrgicos no próximo ano em comparação com 2020. Esse otimismo baseia-se na expectativa de um maior consumo de aço na construção civil, nas obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável.

A necessidade da indústria de transformação, nela inserida a indústria do aço, de recuperar a sua competitividade, tanto na concorrência dos produtos importados quanto nas exportações foi levada também ao Presidente da República e aos ministros presentes. Para tanto é necessário que a abertura comercial da economia brasileira seja vinculada à correção das assimetrias competitivas (Custo Brasil), assim como sejam tomadas medidas de isonomia de tratamento entre o produto nacional e o importado. Na exportação, é preciso que a indústria tenha pelo menos ressarcimento de seus resíduos tributários (Reintegra).

— Não há nenhuma possibilidade de desabastecimento, a prioridade é abastecer o mercado interno — disse o presidente-executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, em apresentação online a jornalistas.

— O país enfrentou um esgotamento dos estoques durante a pandemia e, quando a atividade econômica voltou a crescer, o consumo interno de aço foi exacerbado pela necessidade de reposição desses estoques, situação que — está caminhando para a normalidade— afirmou o exercutivo.

Segundo ele, a eleição do democrata Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos deve criar oportunidades para o Brasil negociar uma flexibilização no regime de cotas de importação imposto desde o início do governo de Donald Trump, — cuja expectativa é que, com a nova administração, poderemos ter espaço para renegociar, pelo menos que se retire o semiacabado (do regime de cotas) — disse Marco Pollo. Aços semiacabados são considerados uma matéria-prima da indústria da transformação e, segundo o Instituto Aço Brasil, o setor industrial norte-americano precisa do material produzido no país para se abastecer. O Brasil é o maior exportador de aço semiacabado para os Estados Unidos (EUA).

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