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03/12/2020 - 08:08

Vale vê alta de até 11,7% na produção de minério em 2021, e investimento de US$ 5,5 bi


A produção de minério de ferro da Vale poderá aumentar em até 11,7% em 2021, com a empresa encerrando 2020 abaixo da meta estimada, enquanto ainda lida para retomar capacidade em meio a efeitos do desastre de Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado.

Contudo, os volumes projetados para o próximo ano pela companhia no passado, a maior produtora global de minério de ferro, posto perdido para anglo-australiana Rio Tinto deverão ficar abaixo até mesmo do que a empresa havia estimado originalmente em 2019 para 2020.

A produção de minério de ferro da Vale em 2020 foi estimada no dia 02 de dezembro (quarta-feira) entre 300 milhões e 305 milhões de toneladas, contra uma meta mais recente de 310 milhões a 330 milhões de toneladas, com um número mais provavelmente “na extremidade inferior” da projeção.

Para 2021, a produção de minério de ferro da Vale deverá crescer para uma faixa de 315-335 milhões de toneladas, informou a companhia em fato relevante, antes do evento Vale Day, no dia 02 de dezembro (quarta-feira).

No Vale Day do ano passado, antes de revisar suas metas por efeitos climáticos e em meio à pandemia, a companhia havia projetado entre 340 milhões de 355 milhões de toneladas para 2020 e 375-395 milhões para 2021.

Ao final de outubro, o diretor-executivo de Ferrosos da Vale, Marcello Spinelli, havia dito que a companhia estava produzindo no quarto trimestre “na casa de 1 milhão de toneladas ao dia” de minério de ferro, o que seria suficiente para atingir o nível mais baixo da meta mais recente para o ano.

Mas ele citou também riscos de atrasos, como o caso do projeto Serra Leste.

A companhia anunciou apenas ao final de novembro a obtenção da licença para retomada e expansão de Serra Leste, no Pará, cujas operações ficaram paralisadas desde janeiro de 2019, depois de ter atingido o limite da área até então licenciada para a extração do minério de ferro.

Já a produção de cobre foi estimada em 390 mil toneladas em 2021 e em 455 mil toneladas na média de 2022 a 2024, enquanto a divisão de níquel terá 200 mil toneladas em média entre 2021 e 2023.

Por volta das 11:05 do dia, as ações da companhia caíam 3%, a R$ 78,78, apesar de o minério de ferro marcar uma nova máxima recorde na bolsa chinesa de Dalian. Na terça-feira, os papéis da mineradora fecharam em alta de mais de 4%, para a máxima histórica de fechamento a R$ 81,25. Em 2020, as ações acumulam elevação de mais de 50%.

Analistas do Bradesco BBI afirmaram que o guidance de produção inferior foi um pouco decepcionante, mas que não justificava nenhuma mudança estrutural na visão para a companhia. O Bradesco BBI tem recomendação ‘outperform’ para os papéis da Vale, com preço-alvo de 18 dólares para os ADRs.

Investimentos — A Vale estimou investimentos de US$ 4,2 bilhões, estável ante previsão revisada anteriormente, enquanto projetou um capex de US$ 5,8 bilhões em 2021.

Na média dos próximos cinco anos, o investimento anual será de US$ 5,5 bilhões. Dentro deste valor, a companhia espera investir US$ 4,5 bilhões em atividades de manutenção e US$ 1 bilhão para crescimento.

A Vale também apontou desembolsos de caixa para descaracterização de barragens de 400 milhões de dólares em 2021, 500 milhões em 2022 e 300 milhões de dólares nos próximos anos até 2025.

Devidos a ajustes nos projetos de descaracterização e obras para melhorias da segurança, a Vale espera registrar uma provisão adicional de aproximadamente US$ 670 milhões (valor nominal) para a execução do plano de descaracterização nas demonstrações financeiras do quarto trimestre, disse a companhia.

Com isso, o total dessas provisões totalizará aproximadamente US$ 2,7 bilhões(valor nominal) em 31 de dezembro de 2020, valor que está sujeito a revisão.

A dívida líquida expandida (considerando 100% da distribuição do fluxo de caixa) deverá fechar o ano em 10 bilhões de dólares, caindo para US$ 8,6 bilhõesno próximo ano e US$ 7,4 bilhões em 2022.

Para 2021, a Vale estimou impacto negativo no fluxo de caixa de US$ 640 milhões da divisão de carvão, ante 1,1 bilhão em 2020, enquanto vê outros US$ 350 milhões negativos com a unidade de níquel VNC, ante US$ 380 milhões neste ano.

Já a fundação Renova, criada para realizar reparações pelo desastre da Samarco, terá impacto negativo no fluxo de caixa de 550 milhões de dólares em 2021, ante 400 milhões em 2020. | Reuters.

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