Brasil vai buscar 2 milhões de doses de vacina na Índia

Missão parte no dia 14 de janeiro (quinta-feira) do Recife com destino a Mumbai.

Uma missão coordenada pelo Ministério da Saúde vai até a Índia para buscar dois milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo consórcio da farmacêutica britânica AstraZeneca e da Universidade de Oxford. O lote foi fabricado pelo laboratório indiano Serum.

O voo da empresa aérea Azul sairá do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 13 horas do dia 14 de janeiro (quinta-feira) com destino ao Recife (PE), e fará uma viagem de 15 horas de duração até a cidade indiana de Mumbai. As vacinas estão previstas para chegar ao Brasil no dia 16 de janeiro (sábado) pelo RIOgaleão — Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério da Saúde, os documentos de importação já estão prontos. O procedimento compreenderá apenas a chegada ao país e o carregamento das doses. A carga está estimada em 15 toneladas.

O Airbus A330neo é a maior aeronave da frota da companhia e estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses de acordo com as recomendações do fabricante.

A distribuição da vacina, contudo, só poderá ocorrer após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dar a autorização em caráter emergencial. O órgão avalia o pedido feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que firmou parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

A Anvisa informou que a reunião para tomada da decisão sobre a concessão ou não da autorização em caráter emergencial está prevista para o dia 17 de janeiro (domingo). A agência também decidirá sobre a solicitação feita pelo Instituto Butantan.

Caso a Anvisa dê a autorização, a previsão do Ministério da Saúde é que em até cinco dias as vacinas sejam distribuídas aos estados. Para além das duas milhões de doses da vacina da AstraZeneca, o governo informou que estariam disponíveis também, caso a Anvisa permita, mais seis milhões de doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.