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27/01/2021 - 09:39

IPCA-15 fica em 0,78% em janeiro, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) cresceu 0,78% em janeiro, contra 1,06% em dezembro. É o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o índice foi de 0,92%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a taxa foi de 0,71%., de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 26 de janeiro (terça-feira).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em janeiro. O maior impacto (0,32 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,53%), que desacelerou em relação ao resultado de dezembro (2,00%). Na sequência, veio Habitação, com alta de 1,44% e 0,22 p.p. de contribuição. Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 69% do índice de janeiro. A terceira maior variação veio dos itens de Vestuário (0,85%), que apresentaram deflação no mês anterior (-0,44%). Outros destaques foram as altas de Artigos de residência (0,81%) e Saúde e cuidados pessoais (0,66%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01% em Comunicação e a alta de 0,40% em Despesas Pessoais.

A desaceleração em Alimentação e bebidas (1,53%) ocorreu principalmente por conta dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 2,57% em dezembro para 1,73% em janeiro. As carnes (1,18%), o arroz (2,00%) e a batata-inglesa (12,34%) apresentaram altas menos intensas na comparação com o mês anterior (quando variaram 5,53%, 4,96% e 17,96%, respectivamente). Já as frutas subiram 5,68%, frente à alta de 3,62% no mês anterior, e contribuíram com o maior impacto (0,06 p.p.) entre os itens pesquisados. No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços do tomate (-4,14%).

Segundo o IBGE, os alimentos para consumo fora do domicílio seguiram movimento inverso, acelerando de 0,58% para 1,02% na passagem de dezembro para janeiro. Enquanto a refeição (0,81%) apresentou variação próxima à do mês anterior (0,86%), o lanche passou de um recuo de 0,11% para alta de 1,45%, contribuindo decisivamente para o resultado observado em janeiro.

No grupo Habitação (1,44%), a energia elétrica (3,14%) exerceu novamente o maior impacto individual (0,14 p.p.) no IPCA-15, embora a variação tenha sido menor que a do mês anterior (4,08%). Após a vigência da bandeira vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira tarifária amarela, em que há acréscimo de R$ 1,34 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. As áreas apresentaram variações que foram desde o 1,18% de Goiânia até os 4,68% de Fortaleza. O segundo maior impacto no grupo (0,03 p.p.) veio do gás de botijão (2,42%), cujos preços subiram pelo oitavo mês consecutivo.

Ainda em Habitação, cabe ressaltar que a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,03%) se deve ao reajuste de 2,40% nas tarifas no Recife (0,83%), vigente desde 3 de janeiro.

Nos Transportes, grupo com o segundo maior peso no IPCA-15, a desaceleração de 1,43% em dezembro para 0,14% em janeiro ocorreu principalmente por conta da queda nos preços das passagens aéreas (-20,49%), que haviam subido 28,31% no mês anterior; e da alta menos intensa da gasolina, que passou de 2,19% em dezembro para 0,95% em janeiro. Destacam-se, ainda, as variações positivas dos automóveis novos (0,92%) e usados (0,88%), bem como dos transportes por aplicativo (8,72%).

No grupo Vestuário (0,85%), houve alta nos preços das roupas masculinas (1,17%), femininas (0,89%) e infantis (0,63%), bem como dos calçados e acessórios (0,58%). Todos esses itens haviam apresentado variação negativa em dezembro.

Em Artigos de residência (0,81%), as maiores contribuições vieram dos eletrodomésticos e equipamentos (1,51%) e de mobiliário (0,69%), com 0,01 p.p. em ambos os casos.

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,66%), o destaque foi a alta dos itens de higiene pessoal (1,20%), que contribuíram com 0,05 p.p. no resultado do mês. Além disso, no item plano de saúde (0,66%), foi incorporada, pela primeira vez, a fração mensal do reajuste anual suspenso em 2020.

No que diz respeito aos índices regionais, todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em janeiro. O maior índice foi observado na região metropolitana do Recife (1,45%), especialmente por conta das altas nos preços da gasolina (5,85%) e da energia elétrica (4,55%). Já o menor resultado foi verificado em Brasília (0,33%), onde pesou a queda nos preços das passagens aéreas (-29,20%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de dezembro de 2020 a 14 de janeiro de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 11 de dezembro de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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