Cetesb alerta para o aumento da concentração de ozônio no ar

Para o gerente da divisão de engenharia e fiscalização de veículos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do governo do Estado de São Paulo), Homero de Carvalho, entre 2006 e 2007 o órgão registrou um aumento de 2% na emissão de material particulado e de NOx na região metropolitana de São Paulo. Isso gerou maior concentração de ozônio no ar, o que pode intensificar doenças respiratórias já existentes e até aumentar a incidência de câncer de pele.

Segundo Carvalho, os dois principais vilões do problema são o grande crescimento da frota – de 800 veículos/dia – e a qualidade dos combustíveis. Ele destacou a importância de respeitar as fases do Proconve e da produção do diesel com baixo teor de enxofre para que sejam mantidos todos os ganhos ambientais das fases anteriores do programa.

Carvalho afirmou que “nunca o setor vendeu tanto, e, no entanto ainda continuamos com muitos problemas. Não podemos esquecer que a questão ambiental e a saúde pública têm que ser mais respeitada dentro do espetáculo do crescimento do país”.

Quem concorda com a afirmação de Carvalho é Volf Steinbaum, assessor técnico do gabinete da Prefeitura da Cidade de São Paulo. “Cerca de 90% de todo o monóxido de carbono emitido vem de veículos automotores”, explicou.

De acordo com estudos do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, dias de alta contaminação do ar em São Paulo, podem elevar em até 12% o risco de morte por doenças respiratórias e cardiovasculares.