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21/05/2008 - 08:50

“Cursos piratas” em ITIL não garantem melhores práticas

O itSMF, fórum responsável pela disseminação da cultura ITIL, aponta os perigos de se contratar treinamento em empresas não acreditadas pela APM Group e seus agentes; conteúdo não oficial provoca discrepâncias na formação do profissional, levando a baixas taxas de aprovação nos exames

São Paulo – O itSMF Brasil, capítulo brasileiro do fórum internacional que desenvolve e divulga as melhores práticas em TI por meio da disseminação do padrão ITIL®, alerta sobre ofertas de treinamentos em ITIL não acreditados, os chamados “cursos piratas”. “Identificamos um aumento na oferta de cursos de gestão de serviços de TI que não são acreditados pela APM Group (APMG) e seus agentes; esse fato prejudica todo o mercado, maculando os valores por trás da bandeira das Melhores Práticas”, afirma Sérgio Rubinato Filho, presidente do itSMF Brasil.

Interessadas em conquistar ganhos imediatos e sem preocupação com a qualidade do conteúdo a ser oferecido aos alunos, empresas formam turmas preparatórias para ITIL Foundation V2 e V3 e até para ITIL V3 Manager Bridging. “O itSMF acha essencial alertar os profissionais que buscam esse tipo de curso; tratam-se de pessoas que investem recursos em sua especialização mas, infelizmente, saem dos cursos sem a preparação adequada ou até mesmo os pré-requisitos necessários para poder prestar o exame. No final, o barato sai caro”, ressalta Rubinato. No Brasil, apenas as instituições credenciadas junto a APMG ou seus agentes têm o direito de aplicar as provas em português, espanhol e inglês.

Confiança nas acreditadas - Todos os cursos oficiais devem seguir o conteúdo programático estabelecido em um documento chamado "syllabus", da APMG, órgão reconhecido pelo OGC (Office of Government Commerce) que confere às empresas o título de acreditada oficial para oferecer os cursos e certificações em ITIL®. É com base nessa coletânea que as questões dos exames de certificação são elaboradas. “As melhores práticas são conceitos, não são uma commodity, um produto. Quando a pessoa escolhe fazer um treinamento com uma empresa não reconhecida, ela pode estar adquirindo os conceitos errados, mesmo achando que estão corretos”, analisa Luis Mirtilo, diretor executivo da Kalendae.

O "syllabus" de cada curso é produzido pela APMG e disponibilizado, por exemplo, para as empresas de treinamento credenciadas junto ao próprio orgão ou a agentes como o EXIN (Examination Institute for Information Science), instituto holandês certificador e provedor global de exames da biblioteca de melhores práticas. “O processo de certificação segue um procedimento muito bem estabelecido, com parâmetros de qualidade objetivos e mensuráveis. Isso garante à empresa de treinamento acreditada uma evidência clara de seu compromisso em oferecer aos profissionais de mercado um curso de alta qualidade”, conta Bruno Aguirre, sócio-diretor da Ilumna. “Somos o tempo todo auditados, em um processo que exige muita qualidade e ética. O reflexo disso é que as pessoas não vêm apenas atrás de um diploma, elas aperfeiçoam a capacidade profissional”, compara César Monteiro, CEO da IT Partners.

Profissional pirata - Ao adquirir um treinamento não-oficial, o profissional está sujeito a cursos com conteúdo de baixa qualidade, instrutores despreparados, instalações precárias e materiais sem critérios de revisão. “Participar de um curso pirata representa uma incerteza muito grande para o profissional, principalmente na hora de realizar a prova; está comprovado que cursos alternativos produzem turmas com baixas taxas de aprovação”, destaca Clebert Mattos, diretor geral da Pink Elephant Brasil. Na Kalendae, as provas só são aplicadas àqueles que fizerem o treinamento na empresa. “Adotamos essa postura em 2006, pois o número de reprovações ‘externas’ era muito alto”, lembra Mirtilo.

Parceiras nessa iniciativa, as empresas de treinamento acreditadas tentam conscientizar os interessados em ingressar no universo ITIL e alertam sobre os cuidados em escolher empresas sérias, que tenham compromisso com o itSMF, a APMG, o EXIN, o ISEB e a OGC, e que constantemente investem nesse mercado, mantendo o material atualizado e os consultores treinados e capacitados. “O EXIN audita os cursos, ajuda a encontrar e corrigir pontos fracos. Tudo isso significa qualidade e segurança para os profissionais que participam dos nossos treinamentos. É com este diferencial que enfrentamos a prática dos cursos ‘piratas’”, resume Bruno Aguirre, sócio-diretor da Ilumna.

Perfil do itSMF Brasil - O itSMF Brasil - IT Service Management Forum - é uma organização independente, sem fins lucrativos, reconhecida internacionalmente e dedicada a disseminar as melhores práticas em gerenciamento de serviços de TI - conjunto de regras definido na Biblioteca de Infra-estrutura de TI (sigla ITIL, em inglês). Fundado no Reino Unido em 1991, hoje o itSMF existe em 50 países. O fórum é composto por vários tipos de associados: multinacionais, empresas de pequeno e médio portes nos setores público e privado, prestadores de serviço, fornecedores de soluções em gerenciamento de serviços em TI, consultores independentes e associados individuais. Presente no país há quatro anos, o itSMF Brasil já conta, entre fornecedores, corporações e consultores, com cerca de 850 associados, entre eles empresas como, CA, Caterpillar, Exceda, IBM, HP, Microsoft, Procergs, Serasa, Serpro, Senai-RJ, Siemens, Unilever, Unisys. | www.itsmf.com.br.

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