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06/03/2021 - 08:38

Dia Internacional da Mulher: vamos falar sobre etarismo?

Muito tem se falado sobre diversidade nas empresas. Mas a discussão não foca na questão do profissional de meia idade, sobretudo da mulher. Menos debatido, mas muito frequente, o Etarismo - ou a discriminação pela idade - atinge muitas mulheres maduras no dia a dia de trabalho.

As mulheres vivem mais, mas têm carreiras mais curtas e ascendem menos à liderança. A competência, experiência e a formação acadêmica, no entanto, não impedem de serem discriminadas depois que entram nos 50 anos. São acostumadas a ouvir piadas cotidianas sobre sexo, menopausa, aparência e outros aspectos ligados ao envelhecimento.

Com a chegada massiva do mundo digital, essas profissionais se depararam com mais um desafio: se adaptar à velocidade imposta pela tecnologia para não se tornarem 100% “analógicas”.

Como lidar com essas questões e usar a idade a favor da mulher nesse cenário? Tudo começa pela aceitação e pelo autoconhecimento. A profissional 50+ precisa entender seu novo momento de vida, aceitar as mudanças, sentir-se bem e segura para tirar proveito das vantagens que ela traz na vida pessoal e profissional. E ir em busca de atualização e aprendizado constante, incluindo uma troca de conhecimento com as novas gerações.

Muitas vezes o etarismo começa na fase de recrutamento e seleção. As empresas precisam perceber que formar times com diferentes gerações é benéfico para todos. Por ter mais experiência, segurança, vivência, a profissional madura pode ser um ponto de equilíbrio em times com jovens ansiosos em ganhar o mundo. Habilidades como humildade, empatia, paciência, gestão de conflitos e um maior poder de observação são inerentes aos profissionais maduros e essenciais para o bom desenvolvimento de trabalho em equipe.

Superar piadas de mau gosto num universo corporativo ainda machista faz parte do dia a dia da profissional 50+. Desenvolver habilidades soft skills, como resiliência e empatia, ajudam a profissional a “driblar” essas inconveniências com inteligência emocional e segurança para seguir em frente. A inclusão pela idade é um tema que ainda não ganhou a devida importância dentro da tão falada “diversidade”, como a inclusão pela raça ou orientação sexual. Até porque, muitas vezes acontece de forma subliminar.

Durante anos fomos acostumadas a achar normal esse tipo de comportamento machista. Hoje com mulheres liderando empresas, entidades e presidindo nações começa-se a prestar mais atenção. Falta um olhar empático por parte dos colegas e das chefias a essas profissionais. Temos que entender que todos vamos envelhecer e passar por essa transição. Nos treinamentos de RH Ágil da K21 o tema vem ganhando cada vez mais espaço e levando empresas a olhar para as necessidades desse público interno, antes desvalorizado.

Principais habilidades para combater o etarismo feminino no trabalho: Autoconhecimento: comece aceitando sua idade, identifique prós e contras e aproveite o que a maturidade tem de positivo a oferecer.

Encontre seu propósito: vá em busca do que te motiva e te faz feliz. Isso pode significar até uma transição de carreira, muito comum a partir da meia idade.

Ausência de julgamento: entenda o cenário e o mundo do qual todos fazemos parte, atitudes muito críticas não agregam.

Empatia: use essa habilidade para compreender o outro e se fazer ser compreendido.

Escuta ativa: ouça atentamente o outro, seja generoso na comunicação e esteja disponível para prestar atenção de verdade (o que hoje se faz raro).

Aprendizado contínuo: vá em busca de ferramentas para se manter atualizada profissionalmente, nunca desista de aprender. Isso oxigena a carreira.

Resiliência: a capacidade de cair e levantar, de superar obstáculos e se manter inteiro é fundamental nessa fase delicada da vida profissional da mulher.

. Por: Karen Monterlei e Fernanda Magalhães, especialistas da K21.

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