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09/03/2021 - 07:56

Inadimplência segue em queda, diz CNC

Pesquisa de fevereiro aponta sexta queda consecutiva do índice referente a dívidas e contas em atraso, que volta ao patamar pré-pandemia.

A quantidade de famílias com dívidas no Brasil registrou novo aumento em fevereiro, chegando a 66,7% do total no País. O dado corresponde a uma alta de 0,2 ponto percentual em relação a janeiro de 2021 e de 1,6 ponto em comparação com fevereiro de 2020. A informação aparece na nova edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com o terceiro aumento seguido, o endividamento alcançou a maior proporção desde outubro de 2020.

Por outro lado, a proporção de famílias que declararam estar “muito endividadas” caiu para 13,9%, a menor parcela desde setembro de 2019. A comparação anual também mostra redução do indicador. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também caiu pelo sexto mês consecutivo, alcançando 24,5% em fevereiro, contra 24,8% em janeiro. A proporção é a menor registrada desde fevereiro de 2020 (24,1%), antes do início da pandemia.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os indicadores vêm confirmando o que foi observado nos últimos meses, mas ainda é cedo para uma avaliação concreta do orçamento dos brasileiros em 2021. — Vimos que não houve uma explosão de inadimplência até fevereiro deste ano, mesmo com mais famílias endividadas, mas o agravamento da crise sanitária e a demora da vacinação ainda vão desafiar a economia do País, principalmente neste primeiro trimestre. Ao mesmo tempo em que as condições de crédito podem funcionar para a recomposição de renda, o impacto da crise no mercado de trabalho deve impor maior rigor às famílias na hora de consumir — afirma Tadros.

A pesquisa da CNC mostra ainda que a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso também diminuiu pelo sexto mês consecutivo, passando de 10,9%, em janeiro, para 10,5%, em fevereiro. É o menor nível desde abril de 2020 (9,9%).

Famílias mais ricas se endividam mais — Em relação ao endividamento, para as famílias com renda de até 10 salários mínimos, o percentual das que se encontram endividadas manteve estabilidade na passagem mensal: 67,9% do total de famílias (em 2020, esse número foi de 66%). Já para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a proporção do endividamento teve nova e forte alta: de 60,7%, em janeiro, para 62,1%, em fevereiro (61,1% em 2020). A economista da CNC responsável pela pesquis dez salários mínimos mensais desde novembro do ano passado.

— As famílias consideradas mais ricas estão revertendo aos poucos a poupança acumulada durante a pandemia ao consumo. Já as famílias de menor renda, com o fim do auxílio emergencial, precisaram adotar maior rigor na organização dos orçamentos. Para este grupo, o endividamento manteve-se estável no primeiro bimestre do ano, mas pode voltar a subir, uma vez que o crédito pode suportar pequenas iniciativas de empreendedorismo, no contexto de evolução lenta do mercado de trabalho— alerta.

A proporção de famílias que utilizam o cartão de crédito como principal modalidade de dívida se manteve em 80% do total, após máxima histórica de 80,5%, em janeiro. Outros tipos de dívida que mostraram crescimento no mês foram o cheque pré-datado e o crédito consignado.

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