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21/05/2008 - 09:18

Firjan detalha em estudo o impacto econômico do Comperj


Documento prevêque pólo deva atrair 724 indústrias e gerar 168 mil empregos no Rio.

Atração de 724 indústrias do setor de plásticos, 271 mil empregos (168 mil no Estado do Rio) e geração de valor adicionado anual para o País de R$ 13 bilhões (R$ 10,6bilhões no Rio). Este é um dos cenários possíveis detalhados no estudo “Comperj - Potencial de Desenvolvimento Produtivo”, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no dia 20 de maio (terça-feira).

O documento, encomenda do à Fundação Getúlio Vargas, analisa as variáveis deinfra-estrutura, recursos físicos e humanos, importância para cada município, impacto econômico e geração de empregos. E faz recomendações para que o estadoaproveite ao máximo os benefícios que serão gerados pelo empreendimento.

O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro está sendo construído desde 31 de marçoem uma área de 45 milhões de metros quadrados em Itaboraí, com investimentos deUS$ 8,4 bilhões. O início das operações está previsto para 2012, quando aprodução nacional de produtos petroquímicos deverá aumentar graças aop rocessamento de 150 mil barris por dia de óleo pesado.

O estudo prevê que a cadeia do plástico na região seja completada por até 724 indústrias do setor, 90% de micro e pequenas, atraídas pela disponibilidade dematéria-prima. Pelo cenário mais positivo, apenas essas empresas seriamr esponsáveis por investimentos de R$ 1,8 bilhão e faturamento anual de R$ 4,8bilhões. Em um cenário conservador, seriam pelo menos 362 novas indústrias, com investimentos de R$ 900 milhões e faturamento anual próximo a R$ 2,4 bilhões.

Segundo as estimativas, 46% das novas indústrias do setor deverão se instalar nos sete municípios queforam demarcados pelo estudo como região de influência direta (Cachoeira deMacacu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Rio Bonito, São Gonçalo e Tanguá). Está previsto também grande potencial de concentração nos municípios de Duque de Caxias (13,5%), Nova Iguaçu (9,0%) e Queimados (8,8%), considerados parte daregião de influência ampliada.

O pico da geração de empregos na fase de implantação do Comperj está previsto para oano de 2011, quando o complexo deverá estar em fase de finalização. Serão gerados173 mil postos de trabalho no Brasil, sendo 75 mil no Estado do Rio de Janeiro.Em um ano típico de operação, como 2015, a previsão cresce: no cenário otimista, seriam 271 mil empregos no país, sendo 168 mil no Rio – 63 mil delesnos sete municípios da região de influência direta.

Tambémna fase de operação, a geração anual de valor adicionado para a economiabrasileira pode chegar a R$ 13 bilhões, com 84% desse valor gerado no Estado do Rio. A concretização dessas estimativas poderá fazer com que o Comperj signifique, entre hoje e 2015, um crescimento de 39% do PIB da região de influência direta. Mesmo municípios que em tese receberão menos investimentospassarão por um salto econômico, como nos casos de Tanguá (35% do PIB) eGuapimirim (29%).

O estudo considerou os dois cenários previstos pela Petrobras ao elaborar o Estudo deImpacto Ambiental. No cenário otimista, as empresas do Estado do Rio consumiriam 600 mil toneladas anuais de resina termoplástica, correspondentes a27% da produção do Comperj. No cenário conservador, seriam 300 mil toneladasanuais, ou 13% da produção.

A divisão das regiões em influência direta e ampliada considerou distância,infra-estrutura e recursos humanos disponíveis. O segundo grupo incluimunicípios da Baixada Fluminense e das regiões Serrana e das BaixadasLitorâneas. A lista é composta por Casimiro de Abreu, Duque de Caxias, Marica,Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva Jardim,Teresópolis, Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e SãoJoão de Meriti.

Para esses municípios e também para o estado, o documento divulgado pela Firjan faz recomendações para que aproveitem melhor os grandes investimentos que passarão a receber. A primeira é investir na captação de indústrias consumidoras dematéria plástica; a segunda é investir na estratégia de pólos produtores, com ainfra-estrutura de logística que a atividade pede; e a terceira é montar um pacote de incentivos, financeiros ou não.

Sobre a preocupação das prefeituras com o aumento da demanda por serviços públicos provocados pela migração, o estudo alerta que o aumento de renda na região deinfluência do Comperj pode dar origem a uma “exportação de desempregados”. Se20% dos trabalhadores desocupados da área de influência ampliada migrarem paraa região direta em busca de oportunidades não-concretizadas, a taxa de desemprego na região direta dobraria, com impactos graves sobre a qualidade devida.

Em umcenário conservador, segundo o estudo, a qualificação de trabalhadores desempregados da região de influência direta seria suficiente, em termos absolutos, para atender a demanda por mão-de-obra no momento de pico de geração de empregosdurante as obras do Comperj, por volta de 2011. A taxa de desemprego na região direta, hoje, é de 7%. Num cenário otimista e já com a capacidade produtiva em utilização, aí sim a migração se tornaria necessária.

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