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16/03/2021 - 08:28

Interfarma alerta sobre queda na cobertura vacinal


E promove campanha de vacinação nacional. Doenças controladas ou já erradicadas podem avançar e causar novos surtos e epidemias no País.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Imunização em 2020. Há quem aponte a pandemia do Coronavírus como responsável pela baixa taxa de imunização, mas este não é um problema novo. 2015 foi o último ano em que a cobertura vacinal atingiu os 90% de imunizações infantis. Para ajudar a levar conhecimento sobre o assunto, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Interfarma, com apoio da SBMF (Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica), inicia neste mês “Esquadrão da Vacina”, uma campanha de vacinação de abrangência nacional.

A primeira ação do movimento contará com informações enviadas via WhatsApp, além de uma equipe para responder dúvidas da população. Contará ainda com a participação da Central Única das Favelas(CUFA) para realização de ações em 12 comunidades do país, com uso de outdoor, panfletagem, spots nas rádios comunitárias, carros de som e displays em 120 pontos comerciais. A campanha tem também a participação da atriz e cantora Roberta Rodrigues, que cresceu na comunidade do Vidigal, Rio de Janeiro. Ela usará suas redes sociais para ajudar na conscientização da população sobre a importância da vacinação, e também fará parte do webinar, mais uma ação prevista a ser realizada pela Interfarma em abril.

— A queda no índice de vacinação deveria ser uma preocupação de todos, pois há possibilidade de doenças, que até então estavam erradicadas ou controladas, reaparecerem. A vacinação é crucial para termos um país mais saudável, livre de surtos e epidemias. Este é o fator principal que nos fez realizar a campanha Esquadrão da Vacina — explica Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Interfarma. — O sarampo, por exemplo, tinha sido declarado eliminado do País e das Américas pela Opas e OMS (Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial da Saúde) em 2016, mas em 2018 o Brasil voltou a registrar surtos da doença — continua.

Segundo o Ministério da Saúde, em 1930 as doenças infecciosas e parasitárias representavam 45,7% dos óbitos do Brasil, índice que caiu para 4,3% em 2010. Na década de 1980, sarampo, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita, meningite, tétano, coqueluche e difteria causaram 5,5 mil óbitos em crianças de até 5 anos no país, enquanto em 2009, foram 50 óbitos.

Apesar dos números inegáveis que demonstram a eficácia e importância da vacina, há muitos pais que se recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode colocar em risco a vida das crianças e trazer de volta tais doenças. Os motivos são diversos, desde questionarem a segurança, por temerem os efeitos colaterais, ou por acreditarem que não estão suscetíveis a elas, já que muitos nem chegaram a conhecê-las, graças à chegada das vacinas no Brasil e no mundo.

Segurança — Até chegar aos cidadãos, toda vacina licenciada para uso passa antes por um rigoroso processo de produção e avaliação, desde estudos e pesquisas, passando por inúmeros testes até ser validada e disponibilizada nos postos de saúde. Além disso, no Brasil, elas são avaliadas e aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. E mesmo depois de licenciadas, o acompanhamento de eventos adversos é constante, permitindo a continuidade de monitoramento da segurança do produto. — Um dos maiores avanços contra as doenças são as vacinas, que revolucionaram o combate às doenças infecciosas e derrubaram a mortalidade infantil. Sua segurança e eficácia, mesmo sendo questionadas, continuam sendo a principal ação sanitária de imunização de massa. Queremos conscientizar as pessoas que elas salvam vidas — afirma Elizabeth.

O Programa Nacional de Imunizações do Brasil é um dos maiores do mundo e disponibiliza na rotina de imunização 19 vacinas, cuja proteção inicia nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. Tal como ocorre nos países desenvolvidos, o Calendário Nacional de Vacinação do Brasil contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas.

— As vacinas são oferecidas de graça e as pessoas não precisam ter medo de saírem de casa para se vacinarem. Dá pra ir de máscara e usar álcool gel para se proteger. As unidades básicas de saúde estão preparadas e seguindo protocolos para o atendimento. O mundo está preocupado com a vacina da Covid-19, mas não podemos esquecer que temos outras 19 vacinas disponíveis nos postos de saúde para evitar outras doenças —diz o infectologista Dr. Eduardo Motti, da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF).

Interfarma — Fundada em 1990, a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) representa no Brasil 50 farmacêuticas responsáveis pela inovação em saúde, com viés científico e tecnológico. A Associação atua propondo soluções conjuntas para a sustentabilidade dos sistemas de saúde, e ainda é responsável por produzir materiais para os servidores e técnicos públicos para muni-los com o máximo de informações e tendências mundiais sobre o setor. Hoje, por meio de suas associadas, a Interfarma contribui para trazer para o Brasil tecnologias capazes de acelerar novos tratamentos e incorporá-los aos Sistemas de Saúde (SUS e Suplementar), proporcionando longevidade e qualidade de vida aos pacientes.

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