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Que venha agora o crescimento e a paz!

Com o fim das eleições, entidades de classe, empresários, trabalhadores e toda a sociedade anseiam o desenvolvimento que nos outorgue a paz!

Brilhante é o adjetivo mais modesto para qualificar o pronunciamento da vietnamita-canadenese Kim Bolduc, representante da Organização das Nações Unidas no Brasil. Ao discursar em evento comemorativo aos 61 anos da ONU, transcorridos em outubro, ela salientou que “paz representa a superação da pobreza, a justiça, direitos humanos, educação, saúde e governabilidade".

Em outro texto de sua autoria, publicado no portal das Nações Unidas na internet, Kim Bolduc observa o seguinte: “Os 61 anos da ONU oferecem um ponto de inflexão a partir do qual devemos analisar e projetar o trabalho da organização. O mundo atual apresenta características diferentes daquelas que marcaram a sua criação, em 1945. Os três principais desafios que se apresentavam à comunidade internacional naquela época continuam vigentes: direitos humanos, desenvolvimento e segurança. Contudo, seria um erro não perceber que tais desafios tomaram formas distintas, que demandam uma ação renovada”.

Mais adiante, no mesmo texto, ela salienta que, “na área econômica, o crescimento global tem experimentado notável aumento, especificamente na região asiática. Tal melhora tem tirado milhões de pessoas da extrema pobreza, mas esse crescimento não é compartilhado da mesma forma por toda a população do Planeta. A desigualdade - seja entre países ou dentro deles – tem-se constituído em um dos principais problemas mundiais”.

Perante tão lúcido diagnóstico, é triste e preocupante para nós, brasileiros, constatarmos que, ao cabo de 2006, nosso país segue na contramão do avanço apontado pela representante da ONU. Em contraste com o crescimento econômico internacional, dos asiáticos, dos emergentes e dos latino-americanos, continuamos patinando no terreno lamacento de nossos próprios erros. Mais um ano de juros exagerados, denúncias de corrupção, câmbio irreal, gastos públicos excessivos, postergação das reformas relativas ao arcabouço legal da economia, criminalidade e desemprego coroam com espinhos o esforço imenso dos setores produtivos.

Está muito correta dra. Kim Bolduc ao definir paz como a conjugação harmoniosa de fatores como justiça, distribuição de renda, governabilidade, educação e saúde. Acrescente-se que tais conquistas são inviáveis sem crescimento econômico substantivo, capaz de promover a inclusão social por meio do trabalho e renda e não apenas do assistencialismo, paternalismo e esforço voluntário de pessoas físicas e jurídicas dedicadas à promoção do bem comum. Considerando essas premissas, podemos afirmar que o Brasil vive verdadeira guerra, declarada pelas distorções de uma política econômica retrógrada, cujas conseqüências podem ser observadas a olho nu no baixo crescimento do PIB, no quadro social exposto em cada esquina, nas estatísticas de mortalidade das empresas, na violência do crime e na poeira que as nações concorrentes vão deixando no horizonte de nossas desventuras.

Acabamos de assistir à campanha relativa ao segundo turno da eleição à Presidência da República. Na retórica da situação, a propaganda “vendeu-nos” um país muito parecido com aqueles que a representante da ONU diagnostica como protagonistas de grande avanço; no discurso da oposição, alinhamo-nos ao mais atrasado grotão do mundo subdesenvolvido. Entre os dois extremos da ficção eleitoral está a realidade de um povo que espera do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reeleito para seu segundo mandato com mais de 58 milhões de votos, uma atitude de verdadeiro estadista, capaz de inserir a Nação num fluxo duradouro e consistente de prosperidade. Entidades de classe, empresários, trabalhadores e toda a sociedade anseiam que o desenvolvimento nos outorgue a paz!

. Alfried Plöger é presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

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