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26/03/2021 - 08:31

Calçadistas brasileiros e argentinos unidos contra redução da TEC, diz Abicalçados


Diante da reunião do Mercosul marcada para ocorrer no dia 26 de março (sexta-feira) em Buenos Aires, os calçadistas brasileiros e argentinos deixaram os interesses individuais de lado para combater um inimigo em comum: uma possível redução da Tarifa Externa Comum (TEC). Conforme manifesto assinado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Cámara de la Industria del Calzado da Argentina (CIC), o bloco deve quantificar benefícios incertos antes de avançar na discussão da redução unilateral e gratuita da estrutura tarifária.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que a entidade é favorável ao livre mercado, mas que qualquer redução tarifária deve ocorrer em concomitância com a redução dos custos produtivos nos países signatários do Mercosul, muito mais elevados do que os praticados nos países asiáticos, por exemplo. — Hoje, em virtude do elevado Custo Brasil, não teríamos as mínimas condições de competir em par de igualdade com os produtores asiáticos. A redução da TEC provocaria uma invasão de produtos daquele continente a preços muito inferiores aos praticados no mercado interno. Seria um desastre para a indústria calçadista brasileira, que colocaria em risco milhares de empregos e minaria a retomada depois de um ano muito difícil — alerta Ferreira, ressaltando que, indiretamente, a redução unilateral afetaria ainda as exportações, diante da perda de competitividade das exportadoras brasileiras e argentinas. Atualmente, a TEC é, em média, 35% para entrada de calçados de fora do Mercosul.

Mercado — Com grande parcela brasileira, a indústria calçadista do Mercosul produz mais de 1 bilhão de pares de calçados por ano e gera mais de 300 mil postos de trabalhos diretos em 6,2 mil fábricas. “É uma indústria altamente geradora de empregos, intensiva em mão de obra e que passa por elos com as indústrias do couro, têxtil, plástico, borracha, metalurgia, bens de capital, embalagens, entre outras cadeias produtivas importantes. Enfraquecer essa cadeia traria graves consequências econômicas e sociais para os países signatários do Mercosul”, conclui o dirigente da Abicalçados.

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