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21/05/2008 - 10:31

Não fumem e não deixem fumar perto de mim!

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Cerca de um em cada três brasileiros irá morrer ou de doença das coronárias como o infarto do miocárdio ou de derrame cerebral. Dos fatores de risco para essa doença como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, entre outros, o tabagismo é o único onde realmente podemos fazer uma escolha: sofrer ou não as suas conseqüências nefastas. Fumamos ou por vontade própria ou por que deixamos os outros fumarem perto da gente.

A fumaça do cigarro, além de cheirar mal, aumenta o risco de formação de coágulos em nosso sangue, oxida o colesterol circulante e agride a capa interna dos vasos, levando os mesmos a se contraírem, ao invés de se dilatarem. Além de atacar os vasos sanguíneos do coração, cérebro, aorta e membros inferiores, ocasionando a formação de placas de gordura que os entupirão, o cigarro também ataca os dentes, pulmões, estômago e a bexiga. Nesses três últimos, o fumo é um dos principais responsáveis pelo câncer!

Vários estudos científicos já comprovaram que, quanto maior o número de cigarros, pior; contudo, fumar apenas um cigarro por mês já é considerado pelos médicos como fator de risco para doenças do coração. Mesmo o fumo passivo prejudica os vasos sanguíneos e deve ser proibido.

No Brasil, houve queda significativa, de cerca de 35%, no número de fumantes de 1989 para 2003. Porém, ainda 22% da população fumam. Pior: há um incremento de mulheres jovens fumando.

O cigarro brasileiro é um dos mais baratos do mundo, além do contrabando abundante, fato que estimula o seu consumo. É muito fácil uma pessoa comprar cigarros, mesmo uma criança ou adolescente. Essa história de área reservada para fumantes é uma balela. É muito difícil o ar contaminado não chegar à área de não fumantes. Os donos de restaurantes falam em harmonia entre fumantes e não fumantes. Nada disso! Quem quiser fumar que o faça na sua casa, ou melhor, não o faça.

Cerca de 80% dos fumantes gostariam de parar. Os médicos têm que ajudá-los a largar esse mal. Educação, tanto da população como de médicos, disseminação de técnicas e medicamentos para o tabagismo, clínicas que ofereçam apoio ao fumante, associados à lei severa contra o fumo em lugar fechado e em lugar público e ao custo elevado do cigarro são a solução para esse mal.

Só para estimular: quem pára de fumar reduz seu risco de infarto em 50% em apenas seis meses. Os outros 50% levam de cinco a dez anos para desaparecer.

Vamos à luta abaixo o fumo, nesse Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio. O Brasil é um dos maiores exportadores de fumo do mundo, o baque econômico dessa diminuição pode ser sentido. A minha sugestão é que plantemos alimentos ao invés de fumo, afinal não está faltando alimento no mundo?

. Por: Raul Dias dos Santos Filho, diretor Científico do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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