Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

10/04/2021 - 08:36

Fiocruz prevê entrega de vacinas com insumo nacional em setembro


Ministro da Saúde Marcelo Queiroga e presidente da Fiocruz, Nísia Trindade

A previsão é do diretor da Bio-Manguinhos, Maurício Zuma.

As primeiras doses de vacinas produzidas com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional, fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), devem ser entregues ao Ministério da Saúde a partir de setembro. A previsão é do diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma. Ele participou, juntamente com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, da assinatura de um memorando científico e tecnológico entre a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fiocruz, na sede da entidade, no Rio.

— A produção de um lote demora pelo menos 45 dias. Depois tem todo o processo de controle de qualidade e caracterização. Nós vamos ter que produzir alguns lotes, para que tenha validação. A gente acredita que setembro e outubro a gente possa receber essa autorização da Anvisa e poder liberar doses para o Ministério da Saúde — disse Zuma.

Segundo ele, o prazo é longo porque há um processo obrigatório a ser seguido que inclui adequações nas instalações de Bio-Manguinhos. — Para que a Anvisa possa vir, na última semana de abril, nos conceder as condições técnico-operacionais. Só aí é que nós poderemos manipular agentes biológicos nessa área. A nossa expectativa é que maio ou junho a gente já esteja começando a produção do IFA nacional. Isto é um processo, leva um tempo—.

Brasil — O ministro Queiroga lembrou que a produção de vacinas no Brasil está aumentando e que o país já é um dos que mais imunizam a população contra a Covid-19 em todo o mundo.

— Nós teremos, só em agosto, mais de 30 milhões de doses produzidas na Fiocruz e no Butantan. [Sendo] 18 milhões de doses com IFA importado da China. Isso já é um grande avanço. O Brasil é o quinto país que mais vacina, com o maior número de doses aplicadas. É uma conquista das nossas duas instituições, Fiocruz e Butantan. Isso assegura o cumprimento da meta de um milhão de vacinados por dia. E vamos ampliar. Com a autonomia na produção do IFA, vamos ter mais vacinas ainda na Fiocruz e outras vacinas, que temos acordos internacionais, que vão se juntar ao nosso programa — disse Queiroga.

Perguntado sobre a intenção de empresas em importar vacinas para imunizar seus empregados e familiares, o ministro disse que se tratava de legislação aprovada no Congresso, que deve ser cumprida por todos os cidadãos.

— Como ministro da Saúde, compete a mim gerir o Programa Nacional de Imunizações. Desde que haja vacinas suficientes, nós temos condições de imunizar toda a sociedade brasileira. Mas vivemos num regime democrático. O Congresso aprovou uma lei. Todos nós temos que nos submeter ao regime da lei. Se o Congresso aprovou uma lei e ela foi sancionada, todos nós temos que cumprir — disse Queiroga.

Convênio — Também participaram da assinatura de convênio a reitora da Unifesp, Soraya Soubhi Smaili, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. A duas instituições têm grande destaque em pesquisas e na produção científica nas áreas médica, biomédica, farmacêutica e de saúde coletiva, formam recursos humanos para o Sistema Único de Saúde e atuam em áreas como ensino técnico e de pós-graduação em saúde.

Ambas mantêm um complexo de saúde constituído por hospitais, dispõem de uma rede de assistência, pesquisa clínica, observatórios de monitoramento epidemiológico e laboratórios, além de investirem em programas de inovação.

Diretor do Bio-Manguinhos, Maurício Zuma

Fiocruz recebe ministro da Saúde e firma parceria com Unifesp — A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fiocruz assinam, no dia 09 de abril (sexta-feira), um memorando de interesse científico e tecnológico com o objetivo de produzir conhecimento e formular propostas para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuir para solucionar os graves problemas surgidos em decorrência da pandemia. Entre as áreas incluídas nessa parceria estratégica e que serão objeto de estudos estão a efetividade de vacinas, a Atenção Básica em Saúde, as variantes de preocupação do novo coronavírus e seus impactos sobre o SUS, a epidemiologia da Covid-19 em relação às consequências em ambientes escolares e a pesquisa & desenvolvimento na inovação tecnológica e social, entre outras.

O evento, foi realizado na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, conheceu as ações da Fundação para o enfrentamento da pandemia e visitar as instalações de produção da vacina Fiocruz/Oxford/Astrazeneca. O memorando que estabelece a parceria foi assinado pela reitora da Unifesp, Soraya Soubhi Smaili, e pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Unifesp e Fiocruz decidiram unir esforços tendo em vista a situação da grave crise sanitária, para coordenar ações e recursos, com foco na busca de soluções emergenciais e estruturantes para o enfrentamento da pandemia, com base em evidências científicas. Recentemente ambas as instituições se aproximaram mais e atuaram juntas em relação à vacina de Oxford, já que a Unifesp conduziu as pesquisas clínicas no Brasil e a Fiocruz pediu o registro à Agência Nacional de Vigilância Saúde (Anvisa) e agora está produzindo o imunizante.

Áreas da parceria — Estudos de efetividade das vacinas: a partir dos trabalhos realizados nos estudos de fase 3 da vacina de Oxford/Fiocruz e da produção em maior escala, o que possibilitará a vacinação de um número maior de pessoas e de diferentes grupos sociais, o objetivo é acompanhar a efetividade da vacina nos diferentes extratos e faixas etárias, tanto na proteção contra as formas graves da doença, quanto na comparação com outros imunizantes. A intenção é que os estudos tenham abrangência nacional, para que também seja possível a verificação de alterações regionais.

Estudos relacionados à Atenção Básica em Saúde: Unifesp e Fiocruz vão desenvolver estratégias para a realização de pesquisas que analisem os arranjos tecnológicos de gestão de cuidado em rede, com ênfase na atenção primária, bem como os relativos às sequelas pós-Covid-19, especialmente em populações de maior vulnerabilidade e no campo da saúde mental.

Estudos das variantes de preocupação do coronavírus e seus impactos sobre o SUS: envolverá o estudo de possíveis variantes e os impactos nos diferentes estágios da doença após uma investigação mais detalhada das variantes surgidas, bem como os efeitos dos tratamentos sobre os vírus e possíveis impactos.

Estudos da epidemiologia do Covid-19 em relação ao potencial impacto em ambientes escolares na ausência de outras intervenções farmacológicas: a partir do retorno progressivo dos estudantes à escola, a meta é analisar tendências demográficas, regionais, em pré-escolas, escolas primárias e secundárias. As duas instituições querem avaliar a vigilância de síndrome gripal e as intervenções locais instituídas e promover uma educação continuada, visando monitorar e retroalimentar dados para um plano de promoção de saúde da população escolar, dentro do ambiente de ensino e nos diferentes das comunidades.

Pesquisa & desenvolvimento em inovação tecnológica e social: Unifesp e Fiocruz se comprometem a trabalhar para obter avanços em P&D que possam gerar produtos para a população.

Estruturação de biobancos: novos e existentes, para os diferentes estudos e compartilhamento de dados entre as diferentes pesquisas experimentais e clínicas. O objetivo é investigar os processos de infecção em indivíduos vacinados. Para isso, a parceria pretende constituir rede de biobancos com amostras de diferentes grupos de vacinados, para a realização de estudos genômicos e proteômicos. Esses materiais poderão fazer parte de um acervo que servirá a pesquisadores de diferentes instituições nacionais e internacionais.

A Unifesp e a Fiocruz têm grande destaque em pesquisas e na produção científica nas áreas médica, biomédica, farmacêutica e de saúde coletiva, formam recursos humanos para o SUS e atuam em áreas como ensino técnico e de pós-graduação em saúde. Ambas mantêm um complexo de saúde constituído por hospitais, dispõem de uma rede de assistência, pesquisa clínica, observatórios de monitoramento epidemiológico e laboratórios e investem em programas de inovação. Além disso, a Fiocruz tem forte atuação no Complexo Econômico e Industrial da Saúde, além de produzir medicamentos e vacinas para os programas do Ministério da Saúde. Todo esse vasto campo de atuação favorece a parceria.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira