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14/04/2021 - 09:00

Venda de barcos cresce na pandemia e impulsiona setor de seguros, afirma CEO da Essor Seguros


Por ser especializada na venda de apólices para embarcações, seguradora dobrou as vendas em 2020, para R$ 22,6 milhões.

Enquanto muitos adaptam a casa para home office, outros preferem trabalhar no mar e compram barcos. Assim como a venda de seguro residencial, o de embarcações também cresceu durante a pandemia, ao contrário de segmentos como automóveis ou riscos empresariais. A Essor Seguros, especializada neste seleto nicho de barcos e motos aquáticas, dobrou suas vendas de seguros em 2020 e cresce a dois dígitos no primeiro trimestre de 2021. — Muitas pessoas deixaram de viajar para o exterior neste período pelas restrições de mobilidade e decidiram comprar barco, que passou a ser uma ilha segura nestes tempos de pandemia — comenta Fabio Pinho, CEO da seguradora.

A venda de barcos novos e usados está aquecida no Brasil e no exterior e é um comportamento que traz reflexos para toda a cadeia náutica, inclusive seguros. Além de visível o aumento de embarcações de passeio na costa brasileira, alguns números evidenciam o crescimento. Segundo a organização do evento virtual Bombarco Show, que acontece entre 16 e 19 de abril, são esperados mais de 60 mil acessos, o dobro de público em relação à edição anterior. Dados do setor marítimo informam que o Brasil tem cerca e 900 mil barcos de lazer navegando e cresceu 20% no ano passado, de acordo com a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Implementos.

Além do lazer seguro em tempos de isolamento social com a pandemia, as restrições de viagens internacionais e a diferença cambial foram alguns dos fatores que impulsionaram o mercado náutico como forma de lazer seguro com a família, argumenta o corretor Fábio Fiori Avellar, proprietário da corretora Brancante Corretora de Seguros, uma das poucas especializadas em embarcações e que está há mais de 25 anos neste mercado. — Muitos clientes comentam que passaram uma vida inteira se programando para comprar um barco quando se aposentassem e com a pandemia decidiram antecipar o sonho—.

Segundo Pedro Simões, especialista da Essor em embarcações, o mercado náutico oscila muito com a entrada e saída de seguradoras. — Este é um mercado específico e é preciso ter muita experiência para fazer uma subscrição de risco adequada. É preciso ser especialista e ter programas de gerenciamento e mitigação para oferecer aos clientes a assessoria e a tranquilidade que eles buscam ao comprar um seguro— acrescenta.

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), as vendas de seguros para embarcações, incluindo o risco de responsabilidade civil, ultrapassou R$ 346 milhões em 2020, 62% acima dos R$ 215 milhões de 2019. — Nestes números estão incluídos outros ramos, como barcos de pescas, por exemplo, o que distorce a estatística de barcos de passeio. O que sabemos, com base nos dados nossos e dos concorrentes, é que seguro para barco de passeio registrou crescimento de 20% em 2020 — informou. São cerca de dez companhias que atuam no segmento náutico como um todo.

A Essor atua no segmento de embarcação de recreio há quatro anos e vem se especializando ano a ano. Segundo os executivos, as coberturas são praticamente padronizadas entre as seguradoras do setor. — O que diferencia a Essor é a subscrição detalhada para não ter problemas na hora da indenização. Algumas seguradoras limitam dar cobertura pela idade da embarcação. Nós não. Avaliamos caso a caso. E nos diferenciamos ainda pela agilidade no atendimento ao cliente, que tem uma resposta em até 48 horas para cotações, por termos investido em um sistema operacional digitalizado — afirma Simões.

Avellar acrescenta que poucos clientes sabem o valor do barco, que oscila com a oferta e demanda e com o câmbio. — Não é como seguro automóvel, que tem uma tabela Fipe para guiar os preços. Em embarcações de recreio o preço tem de ser balizado por um especialista, pois oscila com a conservação, variação cambial e modificações feitas pelos proprietários— explica.

O histórico do proprietário é tão importante quanto o da embarcação na hora de calcular o preço do seguro. Segundo ele, a média de uso de um barco de passeio gira entre 50 a 70 horas por ano. No entanto, com a pandemia muitos barcos passaram a ser compartilhados, o que elevou substancialmente o número de horas navegadas e o risco de acidentes. — Além do maior período de uso, há outros condutores da embarcação e isto tem de estar bem claro no contrato. Seguradora que não conhece o segmento, nem percebe essas mudanças e acaba assustada com o volume de acidentes e pedidos de indenizações e deixa o setor — ressalta Simões.

Apesar de todos os riscos de sair de barco por aí, não são todos que têm seguro. Em média, o custo para manter um barco oscila entre 10% a 20% do preço de aquisição, considerando-se marina, manutenção, combustível e seguro. Segundo os especialistas, o preço do seguro gira em torno de 0,5% e 2% do valor do barco. — É o menor custo considerando todos os custos de manutenção da embarcação — acrescenta Avellar.

Apesar do custo e da recessão econômica brasileira, Pinho avisa: — Há fila de espera nos estaleiros para pessoas que querem aproveitar a temporada de verão 2021/2022. E nós estamos atentos a este movimento, com produtos que visam proteger o proprietário não só de riscos para a sua embarcação como também de danos que acidentalmente possa causar a terceiros— finaliza o CEO da Essor, que estima manter o ritmo de crescimento em dois dígitos em 2021, aproveitando o bom momento do setor e por ter investido em especialistas neste segmento.

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