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24/04/2021 - 09:11

Compartilhamento de risco na saúde

É cada vez maior o investimento de empresas estrangeiras no Brasil, especialmente no setor de saúde. O movimento de fusão e aquisição de grandes empresas - como Hapvida, Rede D’or, Grupo NotreDame Intermédica, entre outros - criam ambientes nos quais se ofertam serviços de alta qualidade em instalações físicas de alto luxo. No entanto, essa estratégia se destina a uma parcela mínima da população capaz de arcar com os custos deste atendimento.

Esse movimento também provoca a migração de médicos para os hospitais particulares de luxo, que oferecem a eles benefícios muito atrativos, deixando potencialmente deficitários o atendimento de menor custo destinado a população mais carente, especialmente em áreas remotas.

Para evitar um colapso, os planos de saúde precisam agir rápido, a fim de manter seus médicos cooperados e clientes. Após essa movimentação do mercado, que teve início em 2015, com a abertura para entrada de capital estrangeiro, importantes grupos de saúde suplementar vêm trabalhando para melhorar cada vez mais sua cartela de serviços. Ou seja, a concorrência tem forçado a mudança de estratégia.

Tradicionais operadoras brasileiras já estão se abrindo para a negociação e ajustando o “modus operandi” para garantir a permanência de clientes e prestadores de serviços, como as clínicas de saúde. E o grande desafio dessas clínicas é oferecer atendimento de alta qualidade ao paciente, a um custo atrativo às operadoras de planos de saúde.

Quando abertas à negociação e ao compartilhamento de risco, as clínicas têm destaque dentro desse universo. E é o que temos feito no Instituto de Radioterapia São Francisco, em Belo Horizonte. Atuando junto às operadoras, a diretoria do IRSF visa dividir o risco, oferecendo a essas empresas a possibilidade de custos mais atrativos pelos procedimentos, ao mesmo tempo em que entrega alta qualidade técnica.

Trata-se de um acordo vantajoso para todos: a operadora negocia com a clínica um plano que cubra todos procedimentos necessários a um custo menor e o paciente passa a ter acesso sem dificuldade aos tratamentos necessários.

E é importante destacar que ter plano de saúde está entre as prioridades do brasileiro, sendo seu terceiro maior desejo, segundo o Ibope. Esse fato, somado à preocupação com a saúde, motivada principalmente pela pandemia, pode ter sido o responsável pelo expressivo aumento nas adesões. Após cinco anos em queda, com perda de mais de 3 milhões de usuários, as operadoras viram, em 2020, o ano fechar com mais de 500 mil novas adesões em relação a 2019, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.

Quem busca um plano de saúde é regido pela visão de que o setor privado pode oferecer mais qualidade em relação ao Sistema Único de Saúde - SUS. O usuário quer pagar preço justo e ser bem atendido sem restrições em qualquer ocasião. Os atores desse processo são as clínicas, os hospitais e as operadoras, cujo papel, como visto aqui, vai muito além do bom atendimento!

. Por: Miguel Torres Teixeira Leite, médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (CRM: 9377-MG) e especialista em Radioterapia (RQE Nº: 2910). Atualmente é Presidente do Instituto de Radioterapia São Francisco e membro do Corpo Clínico do Centro de Radioterapia do Hospital Felício Rocho.

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