Consumidores consideram as redes de drogarias regionais com o melhor custo-benefício

Revela novo estudo da CVA Solutions. Coop, São João e Venâncio são líderes em Valor Percebido. Em Força da Marca, as redes Drogasil, Pague Menos, Raia e São Paulo são os destaques. Em relação a 2019, aumentaram problemas de saúde nos lares brasileiros.

Uma nova pesquisa da CVA Solutions sobre o segmento de Drogarias, revela que os consumidores consideram as redes de drogarias regionais com o melhor Valor Percebido (custo-benefício), mas que as grandes redes continuam sendo as líderes em Força da Marca (a atração menos a rejeição perante clientes e não clientes). Paralelamente, novas questões relativas à pandemia revelaram que a saúde do brasileiro, em geral, piorou, em comparação a 2019.

O isolamento social, fundamental para que se evite o contágio pelo coronavírus, também trouxe o recrudescimento de outros problemas de saúde nos lares. A depressão e a ansiedade aumentaram em 24%, a obesidade em 4%, a hipertensão arterial em 7% e houve um aumento de 9% dos tabagistas.

Nesse período de pandemia, a pesquisa também observou uma diminuição de idas mensais à drogaria física e um aumento das compras online. Ou seja, também no setor de Drogarias houve uma aceleração digital.

O novo estudo Drogarias foi realizado em março de 2021 e é o décimo realizado desde 2012 pela CVA Solutions, empresa de consultoria e pesquisa de mercado, subsidiária da CVM Inc. dos Estados Unidos. Foram entrevistadas, 5.340 pessoas de todo o Brasil.

— Os medicamentos representam ser a categoria destino (que define a escolha da drogaria) para 70% dos consumidores. No entanto está havendo um aumento da procura por produtos de higiene e beleza. Em 2018 esses produtos eram categoria destino para 14% dos consumidores e agora o número atingiu 16%, ou seja, um aumento de 14% — afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions.

Objetivo do estudo — O estudo mostra o comportamento e hábitos dos clientes do varejo de drogarias. Os estudos da CVA Solutions têm por objetivo entender a estrutura de Valor Percebido (custo-benefício percebido pelos clientes) no mercado, a partir do ponto de vista do shopper. Além de medir a posição competitiva dos principais players e diagnosticar possibilidades de criação de vantagem competitiva sustentável. Os estudos avaliam ainda a Força da Marca das principais drogarias, calculada pela atração menos rejeição perante clientes e não clientes do estabelecimento.

Drogarias citadas — Foram citadas na pesquisa mais de 44 nomes de redes de Drogarias de todo o país, entre elas: A Nossa Drogaria, Agafarma, Araujo, Bifarma, Carrefour, Catarinense, Coop, Droga Clara, Droga Raia, Drogafarma, Drogal, Drogaria 24 horas, Drogaria do Povo, Drogasil, Extra (supermercados), Extrafarma, Farmaponte, Farmabem, Farmácias de Bairro, Farmácia do Povo, Farmaconde, Farmais, Globo, Indiana, Nissei, Onofre, Pacheco, Pague Menos, Panvel, Permanente, Popular (governo federal), Poupafarma, Preço Baixo, Preço Popular, Redefarma, Redepharma, Santa Marta, Santo Remédio, São João, São Paulo, Tamoio, Ultra Popular, Ultrafarma, Venâncio e outras.

Nota muito boa entre 51 segmentos da economia — As Drogarias são muito bem avaliadas pelos consumidores. O segmento aparece na 8ª posição entre os 51 pesquisados pela CVA Solutions. Sua nota é 8,62, em uma escala de 1 a 10. O Valor Percebido para os segmentos pesquisados se baseia na nota de custo-benefício percebido e tem como melhor segmento o de Micro-ondas (nota 8,87) e o pior o de Planos de Saúde (6,93).

Valor Percebido — As drogarias regionais lideram em Valor Percebido (custo-benefício percebido pelos clientes). O melhor índice foi atribuído à Coop (da região do Grande ABC e interior de São Paulo) – 1,05. São João (Sul), Venâncio (RJ), Drogaria 24 Horas (Região Sudeste) e Ultrafarma (Nacional) vem a seguir. Os consumidores estão muito satisfeitos com preços, variedade de produtos, qualidade do estabelecimento, atenção dos balconistas, entre outros.

Força da Marca — A maior Força da Marca (a atração menos rejeição perante clientes e não clientes) é da Drogasil, com 9,6%, seguida pela Pague Menos, Droga Raia e Drogaria São Paulo.

Doenças nos lares — O importante distanciamento social, necessário para evitar o contágio pelo Coronavírus, acabou trazendo uma piora na saúde geral e de algumas doenças ligadas ao sedentarismo e ao estresse.

Os entrevistados foram solicitados a responder: “Informe quais doenças você ou alguém de seu domicílio têm”. Em comparação aos números da pesquisa de 2019, “alguma doença” aumentou em 2%. Mas doenças específicas como Depressão e Ansiedade, aumentaram 24%; Asma, Bronquite e Doença Pulmonar, 10%; Hipertensão arterial, 7%; e Obesidade, 4%. O número de fumantes nos lares aumentou em 9% e de quem está fazendo dieta 12%.

Genéricos continuam em alta — A compra de medicamentos genéricos está bem solidificada entre os consumidores, 88% usam. A maioria dos entrevistados (67,6%) afirmam que quando não encontram a marca de genéricos que costumam usar, eles fazem a troca entre as marcas disponíveis. Em relação à preferência de laboratório de genéricos, Medley (27,7%), EMS, Neo Química, Eurofarma, Cimed, Teuto, Biosintética, Germed, Prati-Donaduzzi e Nova Química são os preferidos.

Aceleração Digital nas Drogarias — Durante a pandemia as compras online e feitas por aplicativos aumentaram bastante. A adesão dos consumidores à essa facilidade aumentou de 21,4% (2019) para 25,9%. O Sudeste concentra os consumidores que costumam utilizar a internet para comprar produtos nas drogarias (32,9%) e a capital de São Paulo lidera com 47,4%.

As visitas mensais às drogarias físicas também diminuíram em 2021, agora são menos de duas vezes (1,9), sendo que em 2019 a média era duz vezes e em 2018 era de 2,04. O comportamento é resultado do distanciamento social imposto pela pandemia e também pela facilidade de realizar as compras mensais de medicamentos e de higiene e beleza pela internet.

Os programas de Fidelidade das drogarias aumentaram de 31,2% para 34,2% de penetração, já que os consumidores precisam saber de ofertas e facilidades no período da pandemia. Também o recebimento de e-mail marketing e impulso para a compra através dele aumentou. 24% recebem e-mail de drogarias e destes, 57% já compraram produtos ofertados por eles.

— Na pandemia as pessoas vão menos às lojas físicas, realizam suas compras online, buscam ofertas nos programas de fidelidade e estão atentas aos e-mails promocionais recebidos. Ou seja, houve uma importante aceleração digital no segmento de Drogarias — observa Sandro Cimatti.

Serviços e Balconista — O uso de serviços nas Drogarias aumentou bastante entre 2019 e 2021: de 41% para 48%. Os clientes costumam tirar a pressão, tomar injeção, fazer teste de glicemia e testes para Covid. Dessa forma, o Valor Percebido para quem se utiliza dos serviços é melhor do que os que não usam. Quem utiliza considera o Valor Percebido do estabelecimento 1,01. Para quem não utiliza é 0,99.

— Serviço é muito bom para as Drogarias. Ajuda a fidelizar o cliente e melhora a avaliação. Também a atenção do balconista e do farmacêutico ajudam a melhorar a experiência e a satisfação do consumidor — explica Cimatti.

Ranking 2021: Valor Percebido e Força da Marca | Valor Percebido (custo-benefício percebido): 1º Coop, 2º São João, 3º Venâncio, 4° Drogaria 24 Horas, 5° Ultrafarma, 6° Panvel, 7° Farmais, 8° Nissei, 9° Drogasil, 10° Globo, 11° Preço Popular, 12° Droga Raia, 13° São Paulo, 14° Santa Marta, 15° Pague Menos, 16° A Nossa Drogaria, 17° Indiana, 18° Popular (Governo Federal), 19° Extrafarma, 20° Pacheco.

Força da Marca (% de Melhor Drogaria - % Pior Drogaria): 1° Drogasil, 2° Pague Menos, 3° Droga Raia, 4° São Paulo, 5° Ultrafarma, 6° Pacheco, 7° Preço Popular, 8° Panvel, 9° Araújo, 10° Nissei, 11° Ultra Popular, 12° Extrafarma, 13° São João, 14° Venâncio, 15° Santa Marta, 16° Drogaria 24 Horas, 17° Indiana, 18° Permanente, 19° Preço Baixo, 20° Bifarma.