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29/05/2021 - 07:35

50% das indústrias afirmam que telemedicina veio para ficar, diz CNI


E se veem parte dela, mostra pesquisa do SESI. Levantamento aponta ainda que 81% dos gestores ouvidos acreditam que programas de promoção da saúde estarão mais presentes nas empresas do setor. Entre as grandes empresas, esse percentual é de 93%.

Para metade das indústrias brasileiras, a telemedicina é uma tendência que veio para ficar e as empresas se enxergam fazendo parte dela. Entre as grandes empresas ouvidas em pesquisa do Serviço Social da Indústria (SESI), essa intenção se reflete em 58% delas. O levantamento ouviu 200 gestores de empresas contratantes de planos de saúde entre 11 de novembro e 2 de dezembro de 2020. Das empresas ouvidas, 55% são de pequeno porte, 25% médias e 20% grandes indústrias.

Entre as médias e pequenas empresas consultadas, apesar de a maioria considerar a telemedicina uma tendência, parte delas não se enxergam dentro dessa transformação. — O SESI está desenhando um modelo de uso da telessaúde para apoiar empresas de todos os portes na gestão de saúde corporativa e no acesso a serviços de saúde de qualidade pelo trabalhador, considerando as boas práticas já documentadas e o código de ética da atuação em saúde recomendado pelos conselhos profissionais — destaca o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.

Apesar da crise econômica, empresas mantém planos de saúde — A pesquisa também buscou mostrar eventuais impactos que a pandemia teve no sistema de saúde suplementar, sobretudo na relação entre empresas e os planos de saúde contratados. Apesar da crise na economia, somente 13% das empresas consultadas renegociaram contratos com as operadoras de planos de saúde para tentar reduzir ou conter os valores pagos pelos serviços médicos. — Isso demonstra que a questão da saúde dos trabalhadores é prioridade, ainda mais nesse período de pandemia — destaca Lucchesi.

O levantamento revelou também uma baixa percepção de aumento de sinistralidade. Para a maioria das empresas, houve tendência de manutenção ou redução dos níveis de sinistralidade dos planos de saúde no período. Somente 18% apresentaram aumento na sinistralidade. No entanto, 56% das empresas acredita no “efeito rebote”, que é o uso maior dos serviços médicos após a contenção da transmissão do coronavírus.

Maior cuidado com saúde mental é outra tendência no pós-pandemia — O levantamento mostra ainda que, embora 54% das empresas ouvidas não tenham programas de promoção à saúde, esse tipo de iniciativa deve estar cada vez mais presente nas indústrias, na visão de 81% dos gestores. O percentual de empresas que não têm programa de promoção da saúde é puxado, principalmente, pelas de pequeno (59%) e médio (62%) portes. Entre as grandes indústrias, apenas 28% não possuem essas iniciativas.

Entre as empresas que oferecem ações de promoção da saúde, 81% realizam campanhas de vacinação, 78% fazem acompanhamento médico de hipertensos, 78% estimulam a atividade física de trabalhadores e 72% acompanham trabalhadores com diabetes.

Outra tendência é o maior cuidado com a saúde mental dos trabalhadores. Durante a pandemia, 65% das empresas intensificaram iniciativas para melhorar a saúde mental e combater a depressão entre os trabalhadores. Entre as grandes indústrias, essas ações estão presentes em 93% delas.

A pesquisa traz ainda que, entre as ações mais adotadas pelas empresas para lidarem com os desafios da pandemia para o ambiente de trabalho estão antecipação de férias (64%), redução da jornada de trabalho (48%) e suspensão do contrato de trabalho (44%).

Preço é o principal aspecto que contratantes avaliam em um plano de saúde — A pesquisa também avaliou os modelos de planos de saúde adotados pelas empresas. Entre os aspectos que as empresas mais analisam para a contratação desses serviços são preço (43%) e a qualidade do atendimento e o tempo de relacionamento com a operadora (21%).

O pré-pagamento – modalidade composta por mensalidades fixas estabelecidas por ano de contrato e faixa etária – é a opção de 71% das indústrias. Já o pós-pagamento – valores pagos mensalmente de acordo com o uso – é o modelo usado por 27% das empresas. Somente 2% dos contratantes fazem uso das duas modalidades.

Em mais da metade das empresas consultadas (54%), há rateio da mensalidade com os beneficiários e, em 30%, a indústria paga integralmente as mensalidades. Em apenas 16%, os beneficiários pagam toda a mensalidade do plano. Em 73% das empresas, há um regime de coparticipação dos funcionários no pagamento pelo uso de alguns serviços de saúde, como consultas e exames, e, em média, os beneficiários arcam com 45,9% do valor de cada procedimento.

Entre as principais coberturas dos planos de saúde contratados pela indústria estão consultas e exames (98%), internação hospitalar (97%) e atendimento com obstetra e parto (89%).

SESI atende mais de 15 mil empresas com programas de promoção da saúde — O SESI atende 15.572 empresas com ações de promoção da saúde, totalizando 566.780 pessoas. Entre as principais frentes de atendimento estão atividade física que beneficia 325 mil trabalhadores, imunização contra a gripe com 118 mil vacinas aplicadas e prática alimentar saudável, que beneficia 176 mil pessoas.

A entidade também apoia indústrias no enfrentamento à pandemia, com serviços de telemedicina, vacinação contra H1N1, consultorias, entre outros. Até o momento, os serviços mais procurados foram imunização para contra a gripe para 1.256 empresas e operação de atenção primária à saúde no enfrentamento à Covid-19, que realizou mais de 52 mil testes de trabalhadores em 2 mil empresas e 1.459 serviços de teleatendimento em saúde para 175 empresas.

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