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11/06/2021 - 08:18

Vendas dos supermercados crescem 4% no 1Q21, diz ABRAS


Expectativa para o ano é de crescimento de 4,5%; pagamento do auxílio emergencial influencia a evolução positiva do setor.

O setor supermercadista registrou no primeiro quadrimestre de 2021 crescimento real (deflacionado pelo IPCA/IBGE) de 4% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2020, de acordo com o Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros Abras, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional de supermercados, divulgado no dia 10 de junho (quinta-feira) em coletiva de imprensa on-line. O resultado do mês de abril/2021 sobre abril/2020 aponta crescimento de 2,77%.

— A alta das vendas já reflete a volta do auxílio emergencial pago às famílias, e está em linha com as projeções da ABRAS. Na comparação de abril de 2021 com abril do ano passado, a evolução de 2,77% é sólida porque é calculada sobre um movimento intenso das famílias que buscaram abastecer as casas diante dos primeiros reflexos da pandemia — afirma o vice-presidente Administrativo e Institucional da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Marcio Milan.

Já em relação a março/21, a pesquisa aponta queda de 4,82%. Segundo o levantamento, março teve um dia a mais para compras em relação a abril. Além disso, pesou sobre o resultado a volta da alimentação fora do lar, por conta do retorno gradativo das atividades de trabalho presenciais. Os fechamentos temporários de lojas decretados por prefeituras (lockdowns) também influenciaram o resultado, e levaram os supermercados a enfrentar o problema inclusive com ações na Justiça para garantir o funcionamento dos estabelecimentos. — A alimentação é direito essencial e os supermercados estão trabalhando para garantir o acesso dos consumidores aos produtos com respeito aos protocolos de saúde e toda segurança — afirma Marcio Milan.

Abrasmercado — Em abril, o *Abrasmercado apresentou alta de 0,92% frente ao mês de março. A cesta Abrasmercado passou a valer R$ 643,67, contra R$ 637,82 do mês imediatamente anterior.

As maiores quedas nos preços da cesta em abril foram registradas nos produtos: batata, -7,92%, pernil, - 5,96%, extrato de tomate, -2,16%, arroz, -2,07% e queijo prato, - 1,95%. No acumulado do ano, o tomate tem baixa de -20,88%. E o pernil baixou -8,91%, tornando-se opção de substituição à carne bovina na mesa do consumidor.

As maiores altas foram margarina cremosa, +4,99%, tomate, +4,50%, biscoito cream cracker, +3,92%, cebola, +3,05%, e papel higiênico +2,96%.

Regiões — Em abril, a Região Sul foi a única que apresentou queda no valor da cesta Abrasmercado, - 0,11%, passando de R$ 695,74 para R$ 694,99. Dentre as demais regiões, a Sudeste foi a que apresentou maior variação positiva, 2,35%, saindo de R$ 608,55 para R$ 622,87.

.*A cesta Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.

Apostas: — O consumidor está ainda mais atento aos preços de seus produtos, faz pesquisa e tem buscado até substituir itens das compras que estejam mais caros, por alternativas de qualidade. É o caso da carne suína que, até pela baixa de preço, tem se apresentado como alternativa aos cortes bovinos. O frango congelado que agora teve nova baixa – 0,96% –, também é opção — avalia Marcio Milan. — E tem ainda o tomate que, apesar de apresentar alta em abril, acumula queda de preços de mais de 20,0% no intervalo de janeiro a abril deste ano — afirma Milan.

Expectativas — Os supermercados projetam crescimento de 4,5% para o fechamento do ano de 2021. Estimativa que será revisada ao final do mês de junho, segundo a ABRAS. —O pagamento antecipado da primeira parcela do décimo terceiro de aposentados e pensionistas, R$ 25,3 bilhões ao todo, e o primeiro lote de restituição do Imposto de Renda, R$ 6 bilhões, vão favorecer o consumo das famílias que destinam, aproximadamente, 60% de suas rendas para alimentação — garante o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). A possibilidade da prorrogação do auxílio emergencial até setembro é outro fator que irá influenciar os resultados, segundo a ABRAS.

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