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30/06/2021 - 08:21

Maternidade Escola da UFRJ revela nova forma de tratar câncer de placenta


Que pode impactar o mundo. Descoberta científica é fruto de parceria que envolve UFRJ, Harvard Medical School e Imperial College of London.

A Maternidade Escola da UFRJ, situada na Zona Sul do Rio de Janeiro, é referência no tratamento da doença trofoblástica gestacional, um tipo de tumor que pode evoluir para o câncer de placenta. A plataforma Expertscape posiciona a UFRJ como o terceiro maior centro no tratamento desse tipo de doença no planeta. A novidade é que um estudo do professor e pesquisador Antonio Rodrigues Braga Neto, publicado no periódico Lancet Oncology na última sexta-feira (25/6), revela uma nova forma de tratar a doença – descoberta que pode impactar o mundo.

A Universidade recebe todo mês, em média, 30 novos casos de gestantes com a enfermidade, vindas de todo o estado do Rio. Três em cada quatro casos têm apresentado cura, índice alcançado pela adoção de um novo tratamento que se baseia em uma quimioterapia mais leve. A inovação é a redução drástica dos efeitos colaterais.

— A quimioterapia apontada pelo estudo utiliza apenas o medicamento Methotrexate e em uma dose mais baixa. Por isso, há uma redução importante dos efeitos colaterais. Já a quimioterapia mais agressiva utiliza uma combinação de cinco medicamentos e uma dose mais alta — destaca Antonio Braga, que também é coordenador da linha de Cuidado da Mulher com Doença Trofoblástica Gestacional na Maternidade Escola da UFRJ.

O atendimento às pacientes ocorre 24 horas por dia na área de plantão da Maternidade Escola. As mulheres que necessitam de acompanhamento ambulatorial são atendidas entre terça e sexta-feira. As novas pacientes e as que já estão em tratamento de quimioterapia são atendidas na quarta-feira no turno da tarde.

— Um determinado grupo de mulheres estava recebendo uma quimioterapia muito agressiva que provoca uma série de efeitos indesejáveis, como o vômito e a queda de cabelo. Agora, elas passarão a receber uma quimioterapia quase sem efeitos colaterais. Este estudo mudará a forma com que o mundo tratará o câncer de placenta — explica o cientista.

Além da pesquisa, a atuação da UFRJ no tratamento do câncer de placenta abrange também o campo do ensino. Os alunos de graduação e de pós-graduação dos cursos da área médica têm a oportunidade de prestar auxílio nas consultas e oferecer acolhimento psicológico às pacientes. O estudo teve como coautores Gabriela Paiva, Ana Paula Esteves, Fernanda Freitas, Jorge Rezende Filho e Joffre Amim Junior (Maternidade Escola/UFRJ) e contou com a parceria da Harvard Medical School (Estados Unidos) e do Imperial College of London (Inglaterra).

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