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27/05/2008 - 10:44

Supermercados contribuem para o combate à inflação

Pesquisa aponta que o segmento dirige seu foco ao consumidor e busca alternativas para oferecer preços mais acessíveis.

A Pesquisa “Retrato do Varejo”, edição 2008, desenvolvida pela APAS (Associação Paulista de Supermercados) em parceria com as empresas Nielsen e LatinPanel, mostra que o setor supermercadista tem contribuído fortemente para controlar a inflação.

O Índice de Preço nos Supermercados (IPS/APAS)1 subiu menos que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC)2 e o Índice de Preços Atacado (IPA)3. Desde o Plano Real, o IPS registrou alta de 81%, contra 170% do IPC e 336% do IPA. Ao longo destes 14 anos, a concorrência entre os próprios supermercados e também com outros canais de venda e o foco direto no consumidor contribuíram para que o índice tivesse uma variação menor que a metade dos outros indicadores.

Nesse mesmo período, enquanto o número de lojas cresceu 98,9%, o faturamento cresceu 22,9%, o que evidencia a acirrada competição nesse setor. Nesse mesmo período, o segmento vem, a cada ano, ampliando a geração de empregos. Só em 2007, a oferta de postos de trabalho cresceu 3,6%, somando 868.023 trabalhadores.

O setor registrou outra marca histórica: bateu R$136,3 bilhões em faturamento. O valor representa um aumento 6,0% (descontada a inflação) em relação aos R$124,1 bilhões, verificados em 2006.

A pesquisa, que tem como referência o mercado brasileiro no ano de 2007, foi feita para dimensionar as tendências do segmento supermercadista e de comportamento do consumidor. “A APAS tem trabalhado para conhecer mais o consumidor com o objetivo de melhor atendê-lo e representá-lo”, explica o presidente da APAS, João Sanzovo Neto.

Conforme o estudo da APAS, houve uma mudança na tendência verificada em anos anteriores, com um desempenho melhor em estabelecimentos com mais de 5 check-outs (caixas). O faturamento em lojas com 5 a 19 check-outs (9,8%) foi maior, seguido pelas unidades com mais de 20 check-outs (6,4%). Em 2006, estabelecimentos com até quatro check-outs registraram o maior incremento (3,9%) no faturamento em relação a 2005.

1 – Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o IPS acompanha a evolução dos preços dos produtos da cesta básica, além de alimentação e bebidas, alimentos industrializados, bebidas não alcoólicas e alcoólicas, artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza.

2 - Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o IPC indica a evolução do custo de vida das famílias paulistanas desde 1939.

3 - Calculado pela FGV, desde 1944, o IPA mede a evolução dos preços nas transações interempresariais e abrange várias etapas do processo produtivo, anteriores às vendas no varejo.

Com a estabilização econômica, a melhoria de renda, mais emprego, mais acesso a crédito, o brasileiro mais do que ir às compras vai em busca de melhores condições de vida. Depois de 2005, com a popularização do crédito, os consumidores conseguiram estabilizar o orçamento em 2006. Com renda maior em 2007, aumentou o consumo: além de gastos essenciais, o brasileiro passou a investir em habitação (+9%), saúde (+8%), vestuário (+11%), alimentação fora do lar (+8%) e lazer (+7%). Já a alimentação dentro de casa registrou queda de 11% em relação ao mesmo período no ano anterior, mas ainda corresponde a 17,8% do orçamento familiar.

Para melhor aproveitar o seu dinheiro, o brasileiro tem procurado alternativas: 32% dos consumidores compram em hipermercados (acima de 50 check-outs), 94% no varejo tradicional, 73% em porta a porta e 18% em atacado de auto-serviço.

Atentos a preocupação do consumidor, que valorizam empresas que praticam programas de responsabilidade social, os supermercadistas estão investindo em ações de sustentabilidade. De acordo com a pesquisa, 93% dos consumidores valorizam empresas que praticam programas de responsabilidade sociais e 46% optam por uma marca que pratica ações de cunho social, mesmo com preços superiores ao dos concorrentes. Em 2005, esse índice era de 35%.

Neste ano, a APAS 2008 trouxe para o debate o tema sustentabilidade, que vem ganhando espaço no segmento: ações sociais que beneficiam as comunidades, programas de conscientização com os funcionários, controle de desperdícios de insumos, desenvolvimento de embalagens ecológicas são alguns dos principais investimentos realizados pelos supermercadistas.

O estudo, no entanto, aponta que os supermercadistas reconhecem que o atributo mais valorizado pelo consumidor na sua loja preferida é o preço, por isso, o segmento continua trabalhando para a redução dos custos. “Estamos atentos as prioridades da sociedade brasileira como um todo e por isso convocamos a cadeia de abastecimento para compartilhar sugestões e alternativas. O foco central de todas as ações é o consumidor “, salienta Sanzovo.

Perfil da APAS – A APAS representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento e promover a melhoria do setor. A entidade tem 1.200 associados, somando 2.200 lojas.

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