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27/05/2008 - 11:07

Curadores da mostra Vistas do Brasil fazem palestra no MAES

Carlos Martins e Valéria Piccoli explicam o ineditismo da experiência da Coleção Brasiliana, dia 28 de maio, às 19 horas.

Os convidados da segunda edição do projeto ‘Ciclo de Palestras – Maes’ serão os curadores da Pinacoteca do Estado de São Paulo Carlos Martins e Valéria Piccoli. A palestra será no auditório do Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio del Santo (Maes), situado no Centro de Vitória, na próxima quarta-feira (28), às 19 horas. O título da palestra é o mesmo da exposição em cartaz no MAES até o dia 27 de julho: “Vistas do Brasil”, que apresenta no espaço cultural 36 obras da Coleção Brasiliana. A entrada é franca.

O projeto ‘Ciclo de Palestras – Maes’ começou no dia 13 de maio, recebendo o filósofo Fernando Pessoa. Estão programadas mais duas palestras mensais até julho. O projeto tem como objetivo divulgar e promover a troca de experiências e conhecimento. Todas as mesas serão compostas por estudiosos da arte do século XIX, que irão abordar temas relacionados com o que está exposto no espaço cultural, que é vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Os encontros vão possibilitar incrementar a produção artística e revitalizar aspectos conceituais e práticos da arte entre os participantes.

Coleção Brasiliana - O acervo de 500 obras da Coleção Brasiliana foi doado pela Fundação Educar a Pinacoteca, em outubro do ano passado. Carlos Martins, que conduziu, desde 1996, todo o processo de doação, vai relatar essa “experiência singular no contexto do colecionismo no Brasil”. Ele é também artista plástico e museólogo. Foi diretor dos Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro.

Martins explica que até o momento de sua doação, a Coleção Brasiliana era um acervo privado, mantido pela Fundação Estudar. Reunia pinturas, aquarelas, desenhos e gravuras de temática brasileira, datadas em sua maioria do século XIX, ainda que compreenda também algumas peças isoladas dos séculos XVII e XVIII. Entre seus autores, destacam-se os artistas europeus que estiveram de passagem pelo Brasil ou aqui residiram, assim como artistas brasileiros das primeiras gerações formadas pela Academia Imperial de Belas Artes.

Valéria Piccoli, pesquisadora e historiadora de arte, além de curadora adjunta da Coleção Brasiliana desde 1997, destaca como exemplos da diversidade de origem, formação e propósitos dos artistas presentes no acervo, o retrato “Marquesa de Belas”, de Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), pintor de formação acadêmica francesa, que chegou ao Brasil em 1816 integrando a Missão Artística, e viveu no Rio de Janeiro até 1821; um guache de Friedrich Hagedorn (1814-1889), artista alemão, cujos dados biográficos são ainda desconhecidos, autor deste curioso panorama do Rio de Janeiro tomado de Niterói; a “Natureza morta com flores”, do pintor brasileiro Agostinho José da Motta (1824-1878), aluno e posteriormente professor da Academia Imperial de Belas Artes; e “Enseada de Paquetá”, de Nicolau Facchinetti (1824-1900), pintor de paisagens de origem italiana, radicado no Rio de Janeiro a partir de 1849.

“Como é possível notar por essa breve amostra, o acervo possui exemplos significativos dos principais gêneros da arte oitocentista, como o retrato, a pintura de paisagem, a natureza morta, assim como a pintura histórica, representada na Coleção Brasiliana por tela de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), entre outras”, assinalam os curadores.

A Coleção Brasiliana teve origem num conjunto de obras adquirido em 1996 dos herdeiros do colecionador e antiquário Jacques Kugel (1912-1985), personalidade bastante conhecida do mercado de arte francês. Adquirida, portanto, na França em 1996, a coleção ainda inédita no Brasil, ingressou no país no ano seguinte em regime de comodato, sob responsabilidade da Fundação Estudar. Assim que as peças chegaram a São Paulo, deu-se início a uma série de procedimentos de caráter museológico, que visavam preparar a Coleção Brasiliana para ser apresentada ao público brasileiro. Ao conjunto inicial proveniente da coleção Kugel foram acrescidas, ao longo dos anos, outras obras para que, paulatinamente, as inevitáveis lacunas do acervo fossem preenchidas.

A exposição “Vistas do Brasil” tem organização geral da Expomus (Exposições, Museus e Projetos Culturais Ltda), patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.

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