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20/07/2021 - 07:42

Adenomiose: doença falada nos últimos meses afeta uma a cada 10 mulheres de todo o mundo

Nos últimos meses o debate em torno da adenomiose veio à tona. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a patologia está presente em uma a cada dez mulheres no mundo. Conhecida por causar dores e inchaço, a adenomiose surge através de uma infiltração do miométrio, ou seja, na parede uterina, por meio do endométrio — tecido que reveste a parte interna do útero. Dr. Alexandre Stadnick, Coordenador de Ginecologia da Perinatal/ Rede D’Or, explica que mulheres que possuem com adenomiose costumam ter um sangramento maior durante o período menstrual, além de sentirem dores durante a relação sexual. — A doença pode causar também infertilidade ou dificuldade para engravidar — explica.

Para os leigos, a doença pode ser confundida com endometriose, pois ambas tem como característica o crescimento do endométrio fora da cavidade uterina, mas Dr. Alexandre faz um alerta. — É importante procurar seu médico para não haver dúvidas, pois na adenomiose esse crescimento se restringe ao miométrio, camada que reveste toda a cavidade uterina. Já na endometriose o desenvolvimento do tecido acontece fora do útero, como exemplo no intestino, ovário e bexiga — pontua. O diagnóstico inicial pode ser realizado durante a consulta médica, por meio do toque vaginal. — Um útero aumentado, globoso, doloroso a mobilização e de consistência mais amolecida são alguns indícios”. Segundo Dr. Alexandre a ultrassonografia ou a histeroscopia, são exames geralmente solicitados, mas a melhor opção para o diagnóstico final é a ressonância magnética.

Muitas mulheres, ao receber o diagnóstico da doença, acreditam que não poderão mais engravidar ou realizar tratamentos de fertilização, mas nem sempre esse é o desfecho. O Coordenador de Ginecologia da Perinatal/ Rede D’Or, Dr. Alexandre, não descarta esse risco, mas explica que o tratamento é absolutamente individualizado, direcionado para cada caso. Isso ocorre porque as lesões ocasionadas pela adenomiose podem ser focais, em parte da parede útero, ou difusas, distribuídas por todo o miométrio. — Algumas pacientes são tratadas com medicação, como DIU de Mirena, para o controle de dor e sangramento. Outras, de fato, necessitam realizar a histerectomia, retirada do útero. No entanto, há casos em que a cirurgia é apenas executada para retirada das lesões locais provenientes da doença. Dependendo da paciente, é possível utilizar tratamentos especializados de infertilidade como a fertilização in vitro. O importante é obter um diagnóstico preciso e, de preferência, precoce — finaliza.

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